CABUL Crescer sobre ruínas
Fotografias de STEPHEN DUPONT/FERIAQU
Texto de FERNANDO GASPAR
ESCOMBROS, entulho, ruínas, tudo o que resta de Cabul, a capital do Afeganistão, depois de quase 20 anos de guerra, vividos sofridos, será mais correcto dizer - como o desfolhar, página a página, de um infindável catálogo de devastação e horror.
ISLÃO A luz do Ocidente
Texto de RUI ROCHA
Fotografias de ANTÓNIO PEDRO FERREIRA
Abriu no Museu Nacional de Arqueologia, em Belém, a exposição «Portugal Islâmico» - numa sequência que já nos mostrou o Portugal Romano, a Idade do Bronze e a do Ferro, surge agora o passado árabe do Ocidente peninsular, revelado pelo trabalho de Cláudio Torres e Santiago Macías.
Caminhos do Islão
Texto de MÁRIO ROBALO
A SÉ Velha de Coimbra esconde uma inscrição árabe contemporânea da construção da catedral, sagrada em 1184. Num dos blocos que compõem a cantaria do muro norte do templo, um artífice anónimo deixou gravado o seguinte lamento: «Escrevi isto como recordação permanente do meu sofrimento. A minha mão perecerá um dia, mas a grandeza ficará.»
CAPA Rei, capitão, soldado, burlão...
Texto de FELÍCIA CABRITA
Fotografias de JORGE SIMÃO
Pensa-se um rei, diz ter sido capitão, mas nunca passou de soldado. Se alguma actividade teve ao longo dos seus 55 anos bem vividos, foi a arte de burlar o próximo; ou, mais exactamente, a próxima. Aqui fica a primeira parte da história inédita de Jorge Manuel Veríssimo Monteiro, «capitão Roby» por autobaptismo.
Na pista do verdadeiro D. Juan
Texto de FÁTIMA MALDONADO
Tirso de Molina inventou o mito - D. Juan, burlador de Sevilla, nobre sem escrúpulos, pujança plena. Os que se seguem perdem em genica mas ganham no cálculo. O de Molière só sabe fazer contas e lábia não lhe falta. Com D. Giovanni, a revolução já alterou a velha ordem. Ao conquistador só resta trocar a força pela palavra.
Fitas e técnicas de engate
Texto de ANTÓNIO CABRITA
A MIM, o que me interessa mais particularmente é a botânica, começo por convencê-las de que as flores carnívoras são de corda e depois encaminho-as para a estufa, para verificarmos 'in loco' ... E elas acreditam que as flores carnívoras são de corda?
De Mozart a Bartók
Texto de LUCIANA LEIDERFARB
DON Giovanni e Barbazul seriam, muito provavelmente, bons amigos caso se conhecessem. Filhos de pais que nem sequer a época histórica partilharam, ambos reproduzem um mito milenar; ambos traduzem para a linguagem multifacetada da ópera uma fábula sem moral - ou com a moral fraca, inconsistente, que cai por si própria, da mulher enganada por um homem que, ao mesmo tempo, engana outras mulheres.
ENTREVISTA MARIA CRISTINA LINO PIMENTEL
«A música encheu a minha vida»
Entrevista de MARIA JOSÉ MAUPERRIN
Fotografias de ANTÓNIO PEDRO FERREIRA
MARIA Cristina Lino Pimentel tem 90 anos. Vive em Lisboa, na Graça, numa casa projectada pelo pai, o arquitecto Raul Lino. As janelas da sala de trabalho abrem-se para o Tejo e para a cidade que emerge entre as colinas. Maria Cristina é uma mulher de estatura meã, rosto pouco envelhecido, cabelo apenas grisalho, e de sorriso afável.
TEATRO A missão da Cornucópia
Entrevista de CRISTINA PERES
e JOÃO CARNEIRO
A Cornucópia completa, em Outubro, 25 anos de actividade. Os directores da companhia, Luís Miguel Cintra e Cristina Reis, nem abrandaram para um balanço. Mas arranjaram tempo para falar destes anos de experiência. E de como isso é feito todos os dias.
Terra à vista
Texto de NUNO CRATO
Durante anos, pensou-se que seria impossível fazer muito mais do que inferir a sua existência, mas o impensável aconteceu. Os telescópios começaram a fornecer-nos imagens de planetas extraterrestres.
CABUL Crescer sobre ruínas
Fotografias de STEPHEN DUPONT/FERIAQU
Texto de FERNANDO GASPAR
ESCOMBROS, entulho, ruínas, tudo o que resta de Cabul, a capital do Afeganistão, depois de quase 20 anos de guerra, vividos sofridos, será mais correcto dizer - como o desfolhar, página a página, de um infindável catálogo de devastação e horror.
ISLÃO A luz do Ocidente
Texto de RUI ROCHA
Fotografias de ANTÓNIO PEDRO FERREIRA
Abriu no Museu Nacional de Arqueologia, em Belém, a exposição «Portugal Islâmico» - numa sequência que já nos mostrou o Portugal Romano, a Idade do Bronze e a do Ferro, surge agora o passado árabe do Ocidente peninsular, revelado pelo trabalho de Cláudio Torres e Santiago Macías.
Caminhos do Islão
Texto de MÁRIO ROBALO
A SÉ Velha de Coimbra esconde uma inscrição árabe contemporânea da construção da catedral, sagrada em 1184. Num dos blocos que compõem a cantaria do muro norte do templo, um artífice anónimo deixou gravado o seguinte lamento: «Escrevi isto como recordação permanente do meu sofrimento. A minha mão perecerá um dia, mas a grandeza ficará.»
CAPA Rei, capitão, soldado, burlão...
Texto de FELÍCIA CABRITA
Fotografias de JORGE SIMÃO
Pensa-se um rei, diz ter sido capitão, mas nunca passou de soldado. Se alguma actividade teve ao longo dos seus 55 anos bem vividos, foi a arte de burlar o próximo; ou, mais exactamente, a próxima. Aqui fica a primeira parte da história inédita de Jorge Manuel Veríssimo Monteiro, «capitão Roby» por autobaptismo.
Na pista do verdadeiro D. Juan
Texto de FÁTIMA MALDONADO
Tirso de Molina inventou o mito - D. Juan, burlador de Sevilla, nobre sem escrúpulos, pujança plena. Os que se seguem perdem em genica mas ganham no cálculo. O de Molière só sabe fazer contas e lábia não lhe falta. Com D. Giovanni, a revolução já alterou a velha ordem. Ao conquistador só resta trocar a força pela palavra.
Fitas e técnicas de engate
Texto de ANTÓNIO CABRITA
A MIM, o que me interessa mais particularmente é a botânica, começo por convencê-las de que as flores carnívoras são de corda e depois encaminho-as para a estufa, para verificarmos 'in loco' ... E elas acreditam que as flores carnívoras são de corda?
De Mozart a Bartók
Texto de LUCIANA LEIDERFARB
DON Giovanni e Barbazul seriam, muito provavelmente, bons amigos caso se conhecessem. Filhos de pais que nem sequer a época histórica partilharam, ambos reproduzem um mito milenar; ambos traduzem para a linguagem multifacetada da ópera uma fábula sem moral - ou com a moral fraca, inconsistente, que cai por si própria, da mulher enganada por um homem que, ao mesmo tempo, engana outras mulheres.
ENTREVISTA MARIA CRISTINA LINO PIMENTEL
«A música encheu a minha vida»
Entrevista de MARIA JOSÉ MAUPERRIN
Fotografias de ANTÓNIO PEDRO FERREIRA
MARIA Cristina Lino Pimentel tem 90 anos. Vive em Lisboa, na Graça, numa casa projectada pelo pai, o arquitecto Raul Lino. As janelas da sala de trabalho abrem-se para o Tejo e para a cidade que emerge entre as colinas. Maria Cristina é uma mulher de estatura meã, rosto pouco envelhecido, cabelo apenas grisalho, e de sorriso afável.
TEATRO A missão da Cornucópia
Entrevista de CRISTINA PERES
e JOÃO CARNEIRO
A Cornucópia completa, em Outubro, 25 anos de actividade. Os directores da companhia, Luís Miguel Cintra e Cristina Reis, nem abrandaram para um balanço. Mas arranjaram tempo para falar destes anos de experiência. E de como isso é feito todos os dias.
Terra à vista
Texto de NUNO CRATO
Durante anos, pensou-se que seria impossível fazer muito mais do que inferir a sua existência, mas o impensável aconteceu. Os telescópios começaram a fornecer-nos imagens de planetas extraterrestres.