DN Presidenciais 96

12-01-1997
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Silêncios e cautelas no PSD

O PSD espera com expectativa o desfecho das presidenciais e o período pós-eleições. A antecipação do congresso continua a ser possível, mas é significativo que os dirigentes sociais- -democratas sejam cautelosos quanto a cenários para depois de 14 de Janeiro. Sinais mais claros poderão surgir uma semana depois na reunião do Conselho Nacional.

O próximo domingo é uma data marcante para o PSD, independentemente do resultado do seu ex-líder Cavaco Silva nas presidenciais. O início de um novo ciclo para um partido que esteve durante 10 anos no Governo sob a liderança forte do candidato presidencial que apoia. Agora é o maior partido da oposição e é legítimo perguntar de que forma Cavaco Silva irá influenciar o partido. Quer esteja em Belém ou apenascomo «simples» militante.

Um sintoma da expectativa nas hostes sociais-democratas é a cautela colocada pelos dirigentes do partido em construírem cenários para o pós-14 de Janeiro. O Conselho Nacional do PSD marcado para o dia 20, uma semana depois das eleições, poderia ser um palco para Fernando Nogueira começar a dar os primeiros sinais para o interior do partido.

Atravessado por duas campanhas eleitorais, uma derrota nas legislativas de 1 de Outubro, os sociais-democratas precisam de recuperar e fixar votos. Neste caso, numa eleição presidencial em que os votos vão para o homem que foi o rosto dos sociais-democratas durante dez anos e a pensar já em próximas eleições.

Nos últimos dias, e à medida que a campanha de Cavaco Silva foi ganhando ânimo, cresce também o entusiasmo e confiança dos sociais-democratas quanto ao resultado de domingo, apesar de ser reconhecida, em conversa de corredores, a desvantagem do candidato em relação ao socialista Jorge Sampaio.

A antecipação do congresso, para já ou para o final do ano, continua a ser um cenário possível, apesar das diferentes leituras a nível interno.

Continuando Fernando Nogueira na presidência dos sociais-democratas, um congresso antecipado, a breve prazo, serviria para clarificar a situação interna e saber quem avançaria para disputar a liderança. Durão Barroso, derrotado por poucos votos no Congresso de Fevereiro do ano passado, é um nome incontornável quando se pensa em eventuais candidatos, apesar dos sinais de aparente distanciamento. Entre os que apoiaram o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, há outros nomes possíveis. Entre eles o também antigo ministro das Obras Públicas Ferreira do Amaral, apesar de o agora deputado não fechar as portas ou manter em dúvida uma candidatura à Câmara de Lisboa dentro de um ano.

Mota Amaral, que deixou a presidência do Governo Regional e do PSD/Açores, é um candidato que volta a ser falado, caso Nogueira opte por deixar a liderança.

Mas mais uma vez, a cautela impera entre os sociais-democratas quando se fala de candidatos, face ao clima de incerteza e alguma expectativa.

Domingo é um dia determinante para o PSD. A oposição social-democrata ao Governo socialista, em «águas mornas» para não retirar protagonismo à campanha presidencial de Cavaco Silva, poderá então começar a ser mais actuante. O primeiro teste é o debate do Orçamento de Estado de 1996, para o qual o PSD começa a dar indícios de um voto contra. Na Assembleia da República não são poucos os deputados «laranjas» ansiosos por segunda-feira.

Silêncios e cautelas no PSD

O PSD espera com expectativa o desfecho das presidenciais e o período pós-eleições. A antecipação do congresso continua a ser possível, mas é significativo que os dirigentes sociais- -democratas sejam cautelosos quanto a cenários para depois de 14 de Janeiro. Sinais mais claros poderão surgir uma semana depois na reunião do Conselho Nacional.

O próximo domingo é uma data marcante para o PSD, independentemente do resultado do seu ex-líder Cavaco Silva nas presidenciais. O início de um novo ciclo para um partido que esteve durante 10 anos no Governo sob a liderança forte do candidato presidencial que apoia. Agora é o maior partido da oposição e é legítimo perguntar de que forma Cavaco Silva irá influenciar o partido. Quer esteja em Belém ou apenascomo «simples» militante.

Um sintoma da expectativa nas hostes sociais-democratas é a cautela colocada pelos dirigentes do partido em construírem cenários para o pós-14 de Janeiro. O Conselho Nacional do PSD marcado para o dia 20, uma semana depois das eleições, poderia ser um palco para Fernando Nogueira começar a dar os primeiros sinais para o interior do partido.

Atravessado por duas campanhas eleitorais, uma derrota nas legislativas de 1 de Outubro, os sociais-democratas precisam de recuperar e fixar votos. Neste caso, numa eleição presidencial em que os votos vão para o homem que foi o rosto dos sociais-democratas durante dez anos e a pensar já em próximas eleições.

Nos últimos dias, e à medida que a campanha de Cavaco Silva foi ganhando ânimo, cresce também o entusiasmo e confiança dos sociais-democratas quanto ao resultado de domingo, apesar de ser reconhecida, em conversa de corredores, a desvantagem do candidato em relação ao socialista Jorge Sampaio.

A antecipação do congresso, para já ou para o final do ano, continua a ser um cenário possível, apesar das diferentes leituras a nível interno.

Continuando Fernando Nogueira na presidência dos sociais-democratas, um congresso antecipado, a breve prazo, serviria para clarificar a situação interna e saber quem avançaria para disputar a liderança. Durão Barroso, derrotado por poucos votos no Congresso de Fevereiro do ano passado, é um nome incontornável quando se pensa em eventuais candidatos, apesar dos sinais de aparente distanciamento. Entre os que apoiaram o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, há outros nomes possíveis. Entre eles o também antigo ministro das Obras Públicas Ferreira do Amaral, apesar de o agora deputado não fechar as portas ou manter em dúvida uma candidatura à Câmara de Lisboa dentro de um ano.

Mota Amaral, que deixou a presidência do Governo Regional e do PSD/Açores, é um candidato que volta a ser falado, caso Nogueira opte por deixar a liderança.

Mas mais uma vez, a cautela impera entre os sociais-democratas quando se fala de candidatos, face ao clima de incerteza e alguma expectativa.

Domingo é um dia determinante para o PSD. A oposição social-democrata ao Governo socialista, em «águas mornas» para não retirar protagonismo à campanha presidencial de Cavaco Silva, poderá então começar a ser mais actuante. O primeiro teste é o debate do Orçamento de Estado de 1996, para o qual o PSD começa a dar indícios de um voto contra. Na Assembleia da República não são poucos os deputados «laranjas» ansiosos por segunda-feira.

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