JORNAL PUBLICO: A excepção de Fernando Nogueira

09-10-1999
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28/07/95

A excepção de Fernando Nogueira

Julho não foi mês de deixar grandes recordações aos principais dirigentes políticos: todos registaram quebras neste nosso barómetro da popularidade, com excepção de um, Fernando Nogueira.

Uma boa parte das quebras foram quase insignificantes e, virtualmente, nem têm significado estatístico. Foi o que sucedeu com Mário Soares (caiu 0,5 por cento), António Guterres (idem) e Jorge Sampaio (0,9 por cento). Mas outras quedas houve que mais se pareceram com trambolhões. Duas delas são especialmente significativas, as de Cavaco Silva e Manuel Monteiro.

O primeiro-ministro tinha conseguido, o mês passado, colocar a cabeça de fora de água e apresentava um saldo positivo no balanço das opiniões determinado nessa sondagem. Este mês voltou a submergir já que caiu cinco pontos no total das opiniões positivas, de 53,2 para 48,2 por cento. Mesmo assim, Cavaco Silva continua a estar melhor cotado neste barómetro que o seu sucessor à frente do PSD e que o líder da oposição, António Guterres.

Manuel Monteiro caiu quase seis pontos, o que pode traduzir o empalidecer da boa estrela a que, no último mês, tínhamos feito referência. Continua, porém, a ser o mais popular dos líderes partidários e o único com um saldo positivo na opinião dos nossos inquiridos.

Queda igualmente importante foi a de Carlos Carvalhas, que perdeu oito pontos e voltou ao seu lugar habitual, isto é, o de menos popular dos líderes políticos (no barómetro anterior estava à frente de Nogueira e Guterres).

Perante este quadro todo em tons de cinzento e negro, acaba por destacar-se ligeiramente Fernando Nogueira que, apesar duma evolução tímida (mais 1,1 por cento), beneficia do recuo dos seus adversários políticos para os ultrapassar, se bem que ligeiramente. A luta com António Guterres continua ombro a ombro.

Quanto aos presidentes socialistas das câmaras municipais de Lisboa e Porto, mantêm a sua boa aura, apesar de ligeiras quebras, maior a de Fernando Gomes. Os mais de cinco pontos que o líder portuense perdeu permitiram mesmo a sua ultrapassagem por Sampaio, por uns tangenciais 0,8 pontos.

J.M.F.

28/07/95

A excepção de Fernando Nogueira

Julho não foi mês de deixar grandes recordações aos principais dirigentes políticos: todos registaram quebras neste nosso barómetro da popularidade, com excepção de um, Fernando Nogueira.

Uma boa parte das quebras foram quase insignificantes e, virtualmente, nem têm significado estatístico. Foi o que sucedeu com Mário Soares (caiu 0,5 por cento), António Guterres (idem) e Jorge Sampaio (0,9 por cento). Mas outras quedas houve que mais se pareceram com trambolhões. Duas delas são especialmente significativas, as de Cavaco Silva e Manuel Monteiro.

O primeiro-ministro tinha conseguido, o mês passado, colocar a cabeça de fora de água e apresentava um saldo positivo no balanço das opiniões determinado nessa sondagem. Este mês voltou a submergir já que caiu cinco pontos no total das opiniões positivas, de 53,2 para 48,2 por cento. Mesmo assim, Cavaco Silva continua a estar melhor cotado neste barómetro que o seu sucessor à frente do PSD e que o líder da oposição, António Guterres.

Manuel Monteiro caiu quase seis pontos, o que pode traduzir o empalidecer da boa estrela a que, no último mês, tínhamos feito referência. Continua, porém, a ser o mais popular dos líderes partidários e o único com um saldo positivo na opinião dos nossos inquiridos.

Queda igualmente importante foi a de Carlos Carvalhas, que perdeu oito pontos e voltou ao seu lugar habitual, isto é, o de menos popular dos líderes políticos (no barómetro anterior estava à frente de Nogueira e Guterres).

Perante este quadro todo em tons de cinzento e negro, acaba por destacar-se ligeiramente Fernando Nogueira que, apesar duma evolução tímida (mais 1,1 por cento), beneficia do recuo dos seus adversários políticos para os ultrapassar, se bem que ligeiramente. A luta com António Guterres continua ombro a ombro.

Quanto aos presidentes socialistas das câmaras municipais de Lisboa e Porto, mantêm a sua boa aura, apesar de ligeiras quebras, maior a de Fernando Gomes. Os mais de cinco pontos que o líder portuense perdeu permitiram mesmo a sua ultrapassagem por Sampaio, por uns tangenciais 0,8 pontos.

J.M.F.

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