JORNAL PUBLICO: Contra "intimidação dos jornalistas"

13-10-1999
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22/09/95

Na apresentação de manifesto em Coimbra

Contra "intimidação dos jornalistas"

O PS/Coimbra convocou ontem de manhã a "imprensa independente" para apresentar o manifesto eleitoral para o distrito. Mas Fausto Correia, o líder da federação socialista, depressa saltou as linhas do documento para num instante apontar baterias ao PSD e fazer charme aos jornalistas. "O PS não tem qualquer razão de queixa e reconhece a isenção dos jornais" na cobertura destas eleições, sublinhou.

Um tom em tudo diferente do discurso adquirido nos últimos dias por vários dirigentes sociais-democratas. "A tese do ataque da comunicação social social ao PSD é já oficial", insistiu na sua intervenção Vital Moreira que, sentado ao lado de Fausto, considerou esta ideia "ridícula, descabida, totalmente ensandecida mas perceptível na sua motivação. É uma tentativa de intimidação dos jornalistas", afirmou Vital. O PSD "pretende criar um bode expiatório para o seu insucesso eleitoral". E numa breve ronda pela comunicação social não se coibiu de chamar à RTP "a criada de servir de pantalha do PSD".

Numa mesa onde se notou a ausência de Manuel Alegre, cabeça-de-lista socialista por Coimbra, Vital Moreira aproveitou para retomar as críticas "à confusão dos dirigentes do PSD entre Estado e partido". Lembrou a propósito o caso do ministro da Saúde, Paulo Mendo, que esta semana em Setúbal visitou as obras de ampliação do Hospital local "por razões eleitorais" acompanhado por dois candidatos do PSD por aquele círculo (ver pág. 7). "Isto é crime", sentenciou Võtal com a autoridade de constitucionalista. "È crime à luz da lei eleitoral". "Afinal esta é a verdade do PSD, um espectáculo próprio dos tempos de confusão entre partido único e Estado". E numa tirada assassina pediu aos sociais democratas ""fair-play"".

A regionalização foi outro dos temas utilizados ontem pelos dirigentes socialistas no contra-ataque às propostas "laranjas". "O PSD não deve furtar-se a este debate. Os cidadãos de Coimbra têm de saber qual o futuro da cidade e da região". E sem mais ficou o desafio "pessoal" de Vital Moreira a Barbosa de Melo para debater "concretamente" a regionalização. "Faço disto uma questão-chave", afirmou.

Os socialistas, evidentemente animados com as últimas sondagens, reiteraram ainda o objectivo de eleger seis deputados por Coimbra desprezando qualquer cenário mais cinzento. "O ideal era elegermos onze. Assim até eu era eleito", ironizou Vital.

Carlos Picassinos

22/09/95

Na apresentação de manifesto em Coimbra

Contra "intimidação dos jornalistas"

O PS/Coimbra convocou ontem de manhã a "imprensa independente" para apresentar o manifesto eleitoral para o distrito. Mas Fausto Correia, o líder da federação socialista, depressa saltou as linhas do documento para num instante apontar baterias ao PSD e fazer charme aos jornalistas. "O PS não tem qualquer razão de queixa e reconhece a isenção dos jornais" na cobertura destas eleições, sublinhou.

Um tom em tudo diferente do discurso adquirido nos últimos dias por vários dirigentes sociais-democratas. "A tese do ataque da comunicação social social ao PSD é já oficial", insistiu na sua intervenção Vital Moreira que, sentado ao lado de Fausto, considerou esta ideia "ridícula, descabida, totalmente ensandecida mas perceptível na sua motivação. É uma tentativa de intimidação dos jornalistas", afirmou Vital. O PSD "pretende criar um bode expiatório para o seu insucesso eleitoral". E numa breve ronda pela comunicação social não se coibiu de chamar à RTP "a criada de servir de pantalha do PSD".

Numa mesa onde se notou a ausência de Manuel Alegre, cabeça-de-lista socialista por Coimbra, Vital Moreira aproveitou para retomar as críticas "à confusão dos dirigentes do PSD entre Estado e partido". Lembrou a propósito o caso do ministro da Saúde, Paulo Mendo, que esta semana em Setúbal visitou as obras de ampliação do Hospital local "por razões eleitorais" acompanhado por dois candidatos do PSD por aquele círculo (ver pág. 7). "Isto é crime", sentenciou Võtal com a autoridade de constitucionalista. "È crime à luz da lei eleitoral". "Afinal esta é a verdade do PSD, um espectáculo próprio dos tempos de confusão entre partido único e Estado". E numa tirada assassina pediu aos sociais democratas ""fair-play"".

A regionalização foi outro dos temas utilizados ontem pelos dirigentes socialistas no contra-ataque às propostas "laranjas". "O PSD não deve furtar-se a este debate. Os cidadãos de Coimbra têm de saber qual o futuro da cidade e da região". E sem mais ficou o desafio "pessoal" de Vital Moreira a Barbosa de Melo para debater "concretamente" a regionalização. "Faço disto uma questão-chave", afirmou.

Os socialistas, evidentemente animados com as últimas sondagens, reiteraram ainda o objectivo de eleger seis deputados por Coimbra desprezando qualquer cenário mais cinzento. "O ideal era elegermos onze. Assim até eu era eleito", ironizou Vital.

Carlos Picassinos

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