As inconfidências de Fausto Correia

24-08-1999
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A tal ponto que Jorge Coelho foi «obrigado» a enviar uma mensagem a Mesquita Machado, enquanto anfitrião do encontro de autarcas socialistas nortenhos pró-regionalização, reafirmando a sua solidariedade e empenhamento no avanço do processo da regionalização.

Em entrevista ao «Diário Económico», esta semana, Fausto Correia admitiu como preferível adiar a realização do referendo sobre as regiões do que sujeitar o partido às consequências que poderiam advir de uma hipotética derrota na consulta popular. E disse mesmo: «A regionalização não pode pôr em causa a vitória do PS em 1999.»

Perante esta afirmação, vinda de um dos mais próximos colaboradores de Jorge Coelho, os protestos dos regionalistas do PS fizeram-se logo ouvir. Como disse ao EXPRESSO um colaborador do ministro-adjunto e da Administração Interna, «se não fosse a proposta do PSD (admitindo a simultaneidade dos referendos da Europa e da regionalização), Fausto poderia ter sido vítima de ter tido razão antes de tempo».

O EXPRESSO não conseguiu obter qualquer comentário do presidente da Distrital de Coimbra do PS, que se encontra em Macau. Mas uma fonte próxima disse que Fausto Correia não defendeu a inviabilização da regionalização ou outra posição contrária à corrente dominante no partido. Antes terá querido «apenas alertar os que defendem o avanço da regionalização a todo o vapor de que tal posição poderia implicar graves prejuízos para o partido nas legislativas».

Um evidente «recado» no sentido de travar as «teses» pró-aceleramento da regionalização dos socialistas nortenhos - com Fernando Gomes à cabeça -, que, segundo fonte governamental, terá sido da sua «exclusiva iniciativa pessoal». Iniciativa que, de acordo com a mesma fonte, «vai ter de esclarecer melhor quando voltar».

Mário Ramires

A tal ponto que Jorge Coelho foi «obrigado» a enviar uma mensagem a Mesquita Machado, enquanto anfitrião do encontro de autarcas socialistas nortenhos pró-regionalização, reafirmando a sua solidariedade e empenhamento no avanço do processo da regionalização.

Em entrevista ao «Diário Económico», esta semana, Fausto Correia admitiu como preferível adiar a realização do referendo sobre as regiões do que sujeitar o partido às consequências que poderiam advir de uma hipotética derrota na consulta popular. E disse mesmo: «A regionalização não pode pôr em causa a vitória do PS em 1999.»

Perante esta afirmação, vinda de um dos mais próximos colaboradores de Jorge Coelho, os protestos dos regionalistas do PS fizeram-se logo ouvir. Como disse ao EXPRESSO um colaborador do ministro-adjunto e da Administração Interna, «se não fosse a proposta do PSD (admitindo a simultaneidade dos referendos da Europa e da regionalização), Fausto poderia ter sido vítima de ter tido razão antes de tempo».

O EXPRESSO não conseguiu obter qualquer comentário do presidente da Distrital de Coimbra do PS, que se encontra em Macau. Mas uma fonte próxima disse que Fausto Correia não defendeu a inviabilização da regionalização ou outra posição contrária à corrente dominante no partido. Antes terá querido «apenas alertar os que defendem o avanço da regionalização a todo o vapor de que tal posição poderia implicar graves prejuízos para o partido nas legislativas».

Um evidente «recado» no sentido de travar as «teses» pró-aceleramento da regionalização dos socialistas nortenhos - com Fernando Gomes à cabeça -, que, segundo fonte governamental, terá sido da sua «exclusiva iniciativa pessoal». Iniciativa que, de acordo com a mesma fonte, «vai ter de esclarecer melhor quando voltar».

Mário Ramires

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