Controlo anti-doping
Inércia do Governo põe em causa
verdade desportiva
O Grupo Parlamentar do PCP acusou o Governo de "falta de vontade de política e de capacidade" para resolver os "verdadeiros problemas do desporto nacional".
Bernardino Soares, que falava em nome da formação comunista, foi mesmo mais longe e considerou que esta atitude contrasta em absoluto com o afã com que o Executivo procede no que ao "futebol profissional diz respeito, em prejuízo de tudo o resto". Estava-se no debate requerido com carácter de urgência pelo PSD sobre a alteração da acreditação do laboratório de análises ao "doping" de Lisboa pelo Comité Olímpico Internacional.
Para Castro de Almeida (PSD), estão agora "criadas as condições para que pessoas menos escrupulosas introduzam dados que vão contra a verdade desportiva, o que contribuirá para desacreditar ainda mais o laboratório de Lisboa".
Bernardino Soares opinou no mesmo sentido, sublinhando concretamente que a situação criada com a alteração da acreditação do nosso laboratório, para além de ter uma "marca de desprestígio internacional que atinge todo o desporto nacional", põe em causa o "cumprimento cabal da função de controlo anti-doping no nosso País e nas nossas competições desportivas".
Nessa medida, segundo o parlamentar comunista, pese embora este seja um problema que vem já do tempo dos governos do PSD - e também por essa razão -, impunha-se que o Governo tivesse já adoptado medidas "para resolver atempadamente os problemas de equipamentos e recursos humanos qualificados" que justificaram a decisão do Comité Olímpico Internacional.
"Houve tempo para dividir o INDESP em três organismos e rever todas a orgânica funcional e orçamental dos serviços públicos que operam na área desportiva. Mas não houve para resolver o problema, reconhecido e recenseado, do laboratório de análises ao doping de Lisboa", concluiu Bernardino Soares.
«Avante!» Nº 1264 - 19.Fevereiro1998
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Inércia do Governo põe em causa
verdade desportiva
O Grupo Parlamentar do PCP acusou o Governo de "falta de vontade de política e de capacidade" para resolver os "verdadeiros problemas do desporto nacional".
Bernardino Soares, que falava em nome da formação comunista, foi mesmo mais longe e considerou que esta atitude contrasta em absoluto com o afã com que o Executivo procede no que ao "futebol profissional diz respeito, em prejuízo de tudo o resto". Estava-se no debate requerido com carácter de urgência pelo PSD sobre a alteração da acreditação do laboratório de análises ao "doping" de Lisboa pelo Comité Olímpico Internacional.
Para Castro de Almeida (PSD), estão agora "criadas as condições para que pessoas menos escrupulosas introduzam dados que vão contra a verdade desportiva, o que contribuirá para desacreditar ainda mais o laboratório de Lisboa".
Bernardino Soares opinou no mesmo sentido, sublinhando concretamente que a situação criada com a alteração da acreditação do nosso laboratório, para além de ter uma "marca de desprestígio internacional que atinge todo o desporto nacional", põe em causa o "cumprimento cabal da função de controlo anti-doping no nosso País e nas nossas competições desportivas".
Nessa medida, segundo o parlamentar comunista, pese embora este seja um problema que vem já do tempo dos governos do PSD - e também por essa razão -, impunha-se que o Governo tivesse já adoptado medidas "para resolver atempadamente os problemas de equipamentos e recursos humanos qualificados" que justificaram a decisão do Comité Olímpico Internacional.
"Houve tempo para dividir o INDESP em três organismos e rever todas a orgânica funcional e orçamental dos serviços públicos que operam na área desportiva. Mas não houve para resolver o problema, reconhecido e recenseado, do laboratório de análises ao doping de Lisboa", concluiu Bernardino Soares.
«Avante!» Nº 1264 - 19.Fevereiro1998