Comunistas nas listas "Mais Lisboa"

12-11-1997
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CDU

Apresentados os candidatos comunistas

PCP reafirma empenho

na coligação «Mais Lisboa»

«Na base de linhas claras e de responsabilidades definidas, pela nossa parte tudo faremos para que a Coligação tenha êxito e para garantir à população de Lisboa trabalho, honestidade, competência e criatividade», asseverou Carlos Carvalhas na passada sexta-feira, na apresentação pública dos candidatos que, indicados pelo PCP, vão integrar as listas da coligação «Mais Lisboa» nas eleições de Dezembro.

O acto solene teve lugar no terraço do Centro de Trabalho Vitória, onde compareceram actuais eleitos, candidatos, militantes e dirigentes do Partido com intervenção em diferentes áreas na cidade, personalidades independentes e figuras públicas.

Luís Fernandes, do Comité Central e da DORL, que apresentou os candidatos, salientou que a coligação de esquerda que tem gerido os destinos do maior município do País «tem sido uma solução enriquecedora do ponto de vista político e eficaz do ponto de vista prático». «Cientes das exigências políticas que se vão colocar num próximo mandato, a Direcção de Lisboa do PCP procurou fazer um trabalho profundo e participado, com uma ampla auscultação de organismos, militantes e amigos», «sempre com o objectivo de dar expressão e identificação a equipas que, na tradição do prestígio e valor demonstrado pelo trabalho dos comunistas nas autarquias, possam mais uma vez corresponder às aspirações das populações», disse, ao explicar o processo de formação destas «equipas reforçadas, que procuram a renovação e rejuvenescimento, não perdendo a continuidade do trabalho, a experiência adquirida, a imagem afirmada».

Em nome dos candidatos a presidentes de Junta, Vítor Agostinho sublinhou que em Lisboa «sente-se a diferença por o PCP estar na Câmara e nas freguesias». Rui Godinho, o primeiro dos candidatos comunistas na lista para o executivo municipal, teceu fortes críticas à candidatura da direita, frisando que «não há alternativa à esquerda na cidade». João Amaral, que encabeça a lista para a Assembleia Municipal, acusou Ferreira do Amaral de ser o candidato que lembra Abecasis e a sua ruinosa gestão municipal, e o ministro de Cavaco responsável pelos aumentos de portagens e a repressão sobre os utentes da Ponte 25 de Abril.

Inegável contributo

Carlos Carvalhas realçou que «é inegável a contribuição que os eleitos do PCP têm dado para o trabalho realizado na cidade no quadro da coligação», pelo que «podemos afirmar com verdade e orgulho que estamos associados ao que de melhor se tem feito em Lisboa».

Os candidatos anunciados dia 20 «garantem a continuidade dessa contribuição e asseguram uma qualidade e rigor de trabalho nas importantes áreas de gestão que têm à sua responsabilidade».

O dirigente comunista salientou que «a afirmação da identidade e posições próprias do PCP, de que esta iniciativa é expressão, não reduz o indiscutível empenhamento e inteira disponibilidade para prosseguir, num quadro de lealdade e respeito mútuo que tem caracterizado a Coligação e o trabalho realizado».

O PCP «participa desde o primeiro momento de corpo inteiro na coligação», «com a convicção de que o prosseguimento da sua actividade corresponde aos interesses gerais da cidade e da sua população», recordou o secretário-geral.

«Com as coligações "Por Lisboa" e "Com Lisboa", não só se rompeu uma ruinosa gestão de uma década de responsabilidade da direita, como também se lançou, na base de um novo projecto e programa, as bases de uma inadiável renovação e modernização urbana de que a cidade carecia», destacou Carlos Carvalhas.

Deixando presente que «não temos a pretensão de tudo se ter resolvido» e que «nunca deixámos de ser exigentes e críticos nos sítios próprios sobre o trabalho concretizado e a concretizar», o secretário-geral do PCP considerou indiscutíveis as profundas transformações operadas na cidade de Lisboa, «não apenas num novo estilo de gestão mas nos resultados da sua acção».

Firmado o acordo da coligação

O acordo de constituição da coligação «Mais Lisboa» foi assinado anteontem, ao fim da tarde, numa cerimónia que reuniu várias centenas de dirigentes políticos, sindicais e associativos, autarcas e personalidades sem filiação partidária mas com intervenção de relevo e posições de prestígio na vida da capital.

Em nome dos partidos políticos que integram a coligação, assinaram o acordo Jorge Coelho (PS), José Casanova (PCP), Carlos Marques (UDP) e Isabel Castro (PEV). A estes quatro partidos juntaram-se também o Movimento Partido da Terra e o PPM, através de acordos firmados com a coligação para «prosseguir a obra de renovação e transofrmação iniciada em 1990».

Depois de reafirmar «o empenhamento e inteira disponibilidade do PCP para prosseguir, no quadro de lealdade e respeito mútuo que tem caracterizado a coligação, a acção e o trabalho realizado», José Casanova considerou que «esta coligação — "Por Lisboa", "Com Lisboa", "Mais Lisboa" — é a demonstração concreta da possibilidade de vencer a direita e de fazer uma política autárquica de esquerda». «Com a consciência do muito que de positivo foi feito nestes quase dois mandatos; com a consciência do muito, mais e melhor que sabemos ser necessário e queremos fazer; com um respeito muito grande pelos compromissos que assumimos; com o respeito pela inteligência, pela sensibilidade, pelos direitos e pelos anseios dos lisboetas — assumimos frontalmente o que nos distingue da coligação e do projecto da direita», disse o membro da Comissão Política do PCP, frisando que «é nisto, essencialmente, que reside a nossa determinação para fazermos uma grande e forte campanha eleitoral» e que assenta «a enorme confiança com que encaramos os resultados das próximas eleições autárquicas».

João Amaral, deputado e dirigente comunista que preside à Assembleia Municipal de Lisboa e de novo encabeça a lista da coligação de esquerda para este órgão, recordou a «desastrosa gestão da cidade, da responsabilidade da coligação PSD/CDS», durante a década de 80, em que «os negócios sacrificaram as pessoas». Referindo as «verdadeiras revoluções» em curso em Lisboa, desde que foi posto termo àquele ciclo, destacou quatro pressupostos de trabalho incluídos no programa da coligação «Mais Lisboa»: a descentralização de competências e meios para as freguesias, a participação popular na transformação da cidade, o contributo dos trabalhadores do município, e o apoio à população residente, particularmente nos bairros históricos.

«Queremos que nos conheçam pela honestidade, competência, trabalho, rigor e criatividade com que encaramos o exercício do poder local por parte dos eleitos locais», disse João Amaral, referindo-se à intervenção do PCP na «Mais Lisboa».

João Soares, o candidato da coligação à presidência da CML, afirmou as suas convicções de esquerda e, reconhecendo as diversas posições políticas dos candidatos e apoiantes da «Mais Lisboa», salientou que «estamos unidos por um sentimento comum»: a «paixão por Lisboa», a «convicção no bom senso e no sentimento solidário das suas gentes», a «serena determinação para o combate político em torno de ideiais humanistas e solidários». O actual presidente da Câmara de Lisboa declarou a disposição de, no futuro mandato, fazer com que o trabalho da coligação se caracterize por uma inovação na resposta aos problemas das populações, na continuidade da acção desenvolvida desde 1990.

Nomes para eleger

Foram divulgados os nomes dos cabeças-de-lista das 26 freguesias onde, conforme o acordo da coligação, cabe ao PCP indicar o primeiro candidato (nas restantes 27, o cabeça-de-lista cabe ao PS): Joaquim Granadeiro (Ajuda), José Godinho (Alcântara), José Figueiredo (Alto do Pina), Raúl Boaventura (Ameixoeira), Joaquim Cunha (Beato), José Araújo (Carnide), Jaime Salomão (Castelo), David Castro (Charneca), Júlio Castro (Lapa), Jorge Ferreira (Madalena), António Augusto Pereira (Marvila), Carlos Vicente (Pena), Manuel da Silva (Prazeres), Cabrita Longo (S. Domingos de Benfica), Virgílio Lopes (S. João), José Godinho (Arroios), Joaquim Oliveira (S. José), Virgílio Teixeira (S. Miguel), Vítor Agostinho (S. Vicente), Manuel Gama (Sacramento), Luís Filipe Sousa (Santiago), Isilda Neto (Santa Engrácia), Vitor Castelinho (Santa Isabel), Ramiro Nelson (Santa Justa), Lourenço Bernardino (Santo Condestável) e João Constantino (Santo Estevão). Há 14 novas candidaturas e 12 actuais presidentes que se recandidatam.

Para a Assembleia Municipal, o PCP apresentou os 20 primeiros nomes (dos quais, 8 não figuraram na anterior lista): João Amaral (cabeça-de-lista e actual presidente da AM), Rego Mendes (actualmente vereador), Jorge Cordeiro, Manuel Lopes, Graça Mexia, Silva Dias, Blasco Hugo Fernandes, Modesto Navarro, José Fidalgo, Susana Silvestre, Feliciano David, Carlos Carvalho, Carlos Pereira, Alfredo Marques, Isabel Quintas, Amaral Gomes, Vítor Neves, Rogério Gonçalves, Leonor Barão e Maria Amélia Guerra.

CDU

Apresentados os candidatos comunistas

PCP reafirma empenho

na coligação «Mais Lisboa»

«Na base de linhas claras e de responsabilidades definidas, pela nossa parte tudo faremos para que a Coligação tenha êxito e para garantir à população de Lisboa trabalho, honestidade, competência e criatividade», asseverou Carlos Carvalhas na passada sexta-feira, na apresentação pública dos candidatos que, indicados pelo PCP, vão integrar as listas da coligação «Mais Lisboa» nas eleições de Dezembro.

O acto solene teve lugar no terraço do Centro de Trabalho Vitória, onde compareceram actuais eleitos, candidatos, militantes e dirigentes do Partido com intervenção em diferentes áreas na cidade, personalidades independentes e figuras públicas.

Luís Fernandes, do Comité Central e da DORL, que apresentou os candidatos, salientou que a coligação de esquerda que tem gerido os destinos do maior município do País «tem sido uma solução enriquecedora do ponto de vista político e eficaz do ponto de vista prático». «Cientes das exigências políticas que se vão colocar num próximo mandato, a Direcção de Lisboa do PCP procurou fazer um trabalho profundo e participado, com uma ampla auscultação de organismos, militantes e amigos», «sempre com o objectivo de dar expressão e identificação a equipas que, na tradição do prestígio e valor demonstrado pelo trabalho dos comunistas nas autarquias, possam mais uma vez corresponder às aspirações das populações», disse, ao explicar o processo de formação destas «equipas reforçadas, que procuram a renovação e rejuvenescimento, não perdendo a continuidade do trabalho, a experiência adquirida, a imagem afirmada».

Em nome dos candidatos a presidentes de Junta, Vítor Agostinho sublinhou que em Lisboa «sente-se a diferença por o PCP estar na Câmara e nas freguesias». Rui Godinho, o primeiro dos candidatos comunistas na lista para o executivo municipal, teceu fortes críticas à candidatura da direita, frisando que «não há alternativa à esquerda na cidade». João Amaral, que encabeça a lista para a Assembleia Municipal, acusou Ferreira do Amaral de ser o candidato que lembra Abecasis e a sua ruinosa gestão municipal, e o ministro de Cavaco responsável pelos aumentos de portagens e a repressão sobre os utentes da Ponte 25 de Abril.

Inegável contributo

Carlos Carvalhas realçou que «é inegável a contribuição que os eleitos do PCP têm dado para o trabalho realizado na cidade no quadro da coligação», pelo que «podemos afirmar com verdade e orgulho que estamos associados ao que de melhor se tem feito em Lisboa».

Os candidatos anunciados dia 20 «garantem a continuidade dessa contribuição e asseguram uma qualidade e rigor de trabalho nas importantes áreas de gestão que têm à sua responsabilidade».

O dirigente comunista salientou que «a afirmação da identidade e posições próprias do PCP, de que esta iniciativa é expressão, não reduz o indiscutível empenhamento e inteira disponibilidade para prosseguir, num quadro de lealdade e respeito mútuo que tem caracterizado a Coligação e o trabalho realizado».

O PCP «participa desde o primeiro momento de corpo inteiro na coligação», «com a convicção de que o prosseguimento da sua actividade corresponde aos interesses gerais da cidade e da sua população», recordou o secretário-geral.

«Com as coligações "Por Lisboa" e "Com Lisboa", não só se rompeu uma ruinosa gestão de uma década de responsabilidade da direita, como também se lançou, na base de um novo projecto e programa, as bases de uma inadiável renovação e modernização urbana de que a cidade carecia», destacou Carlos Carvalhas.

Deixando presente que «não temos a pretensão de tudo se ter resolvido» e que «nunca deixámos de ser exigentes e críticos nos sítios próprios sobre o trabalho concretizado e a concretizar», o secretário-geral do PCP considerou indiscutíveis as profundas transformações operadas na cidade de Lisboa, «não apenas num novo estilo de gestão mas nos resultados da sua acção».

Firmado o acordo da coligação

O acordo de constituição da coligação «Mais Lisboa» foi assinado anteontem, ao fim da tarde, numa cerimónia que reuniu várias centenas de dirigentes políticos, sindicais e associativos, autarcas e personalidades sem filiação partidária mas com intervenção de relevo e posições de prestígio na vida da capital.

Em nome dos partidos políticos que integram a coligação, assinaram o acordo Jorge Coelho (PS), José Casanova (PCP), Carlos Marques (UDP) e Isabel Castro (PEV). A estes quatro partidos juntaram-se também o Movimento Partido da Terra e o PPM, através de acordos firmados com a coligação para «prosseguir a obra de renovação e transofrmação iniciada em 1990».

Depois de reafirmar «o empenhamento e inteira disponibilidade do PCP para prosseguir, no quadro de lealdade e respeito mútuo que tem caracterizado a coligação, a acção e o trabalho realizado», José Casanova considerou que «esta coligação — "Por Lisboa", "Com Lisboa", "Mais Lisboa" — é a demonstração concreta da possibilidade de vencer a direita e de fazer uma política autárquica de esquerda». «Com a consciência do muito que de positivo foi feito nestes quase dois mandatos; com a consciência do muito, mais e melhor que sabemos ser necessário e queremos fazer; com um respeito muito grande pelos compromissos que assumimos; com o respeito pela inteligência, pela sensibilidade, pelos direitos e pelos anseios dos lisboetas — assumimos frontalmente o que nos distingue da coligação e do projecto da direita», disse o membro da Comissão Política do PCP, frisando que «é nisto, essencialmente, que reside a nossa determinação para fazermos uma grande e forte campanha eleitoral» e que assenta «a enorme confiança com que encaramos os resultados das próximas eleições autárquicas».

João Amaral, deputado e dirigente comunista que preside à Assembleia Municipal de Lisboa e de novo encabeça a lista da coligação de esquerda para este órgão, recordou a «desastrosa gestão da cidade, da responsabilidade da coligação PSD/CDS», durante a década de 80, em que «os negócios sacrificaram as pessoas». Referindo as «verdadeiras revoluções» em curso em Lisboa, desde que foi posto termo àquele ciclo, destacou quatro pressupostos de trabalho incluídos no programa da coligação «Mais Lisboa»: a descentralização de competências e meios para as freguesias, a participação popular na transformação da cidade, o contributo dos trabalhadores do município, e o apoio à população residente, particularmente nos bairros históricos.

«Queremos que nos conheçam pela honestidade, competência, trabalho, rigor e criatividade com que encaramos o exercício do poder local por parte dos eleitos locais», disse João Amaral, referindo-se à intervenção do PCP na «Mais Lisboa».

João Soares, o candidato da coligação à presidência da CML, afirmou as suas convicções de esquerda e, reconhecendo as diversas posições políticas dos candidatos e apoiantes da «Mais Lisboa», salientou que «estamos unidos por um sentimento comum»: a «paixão por Lisboa», a «convicção no bom senso e no sentimento solidário das suas gentes», a «serena determinação para o combate político em torno de ideiais humanistas e solidários». O actual presidente da Câmara de Lisboa declarou a disposição de, no futuro mandato, fazer com que o trabalho da coligação se caracterize por uma inovação na resposta aos problemas das populações, na continuidade da acção desenvolvida desde 1990.

Nomes para eleger

Foram divulgados os nomes dos cabeças-de-lista das 26 freguesias onde, conforme o acordo da coligação, cabe ao PCP indicar o primeiro candidato (nas restantes 27, o cabeça-de-lista cabe ao PS): Joaquim Granadeiro (Ajuda), José Godinho (Alcântara), José Figueiredo (Alto do Pina), Raúl Boaventura (Ameixoeira), Joaquim Cunha (Beato), José Araújo (Carnide), Jaime Salomão (Castelo), David Castro (Charneca), Júlio Castro (Lapa), Jorge Ferreira (Madalena), António Augusto Pereira (Marvila), Carlos Vicente (Pena), Manuel da Silva (Prazeres), Cabrita Longo (S. Domingos de Benfica), Virgílio Lopes (S. João), José Godinho (Arroios), Joaquim Oliveira (S. José), Virgílio Teixeira (S. Miguel), Vítor Agostinho (S. Vicente), Manuel Gama (Sacramento), Luís Filipe Sousa (Santiago), Isilda Neto (Santa Engrácia), Vitor Castelinho (Santa Isabel), Ramiro Nelson (Santa Justa), Lourenço Bernardino (Santo Condestável) e João Constantino (Santo Estevão). Há 14 novas candidaturas e 12 actuais presidentes que se recandidatam.

Para a Assembleia Municipal, o PCP apresentou os 20 primeiros nomes (dos quais, 8 não figuraram na anterior lista): João Amaral (cabeça-de-lista e actual presidente da AM), Rego Mendes (actualmente vereador), Jorge Cordeiro, Manuel Lopes, Graça Mexia, Silva Dias, Blasco Hugo Fernandes, Modesto Navarro, José Fidalgo, Susana Silvestre, Feliciano David, Carlos Carvalho, Carlos Pereira, Alfredo Marques, Isabel Quintas, Amaral Gomes, Vítor Neves, Rogério Gonçalves, Leonor Barão e Maria Amélia Guerra.

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