Carlos Carvalhas

11-11-1997
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EM FOCO

Carlos Carvalhas visita

Algarve e Litoral Alentejano

PS e PSD convergem nas questões essenciais

No fim de semana passado o Secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, deslocou-se ao Algarve e Litoral Alentejano, onde teve ocasião de conhecer a realidade e contactar o povo do Sul do país e de confraternizar com militantes e simpatizantes do PCP na região.

A visita de Carvalhas teve início, na sexta-feira, em Vila Real de Santo António, com uma visita à zona industrial da cidade, às obras do porto e à Associação dos Reformados. Daí, o Secretário-geral do PCP seguiu para Faro, onde teve um encontro com a Direcção da União dos Sindicatos do Algarve. Um mega-jantar, realizado na FISSUL, em Silves, para apresentação dos cabeças de lista da CDU, encerrou o dia com chave de ouro.

No sábado, logo de manhã em Odemira, Carlos Carvalhas, depois de um breve encontro com o executivo autárquico, passeou pela vila, assistindo, ainda de manhã, à apresentação de cabeças de lista da CDU aos órgãos autárquicos, no Jardim dos Patos.

Após o almoço-convívio que se realizou em S. Teotónio, nos pavilhões da FACECO, Carlos Carvalhas participou na inauguração do Centro de Trabalho do PCP também em S. Teotónio. E à tarde, depois de uma visita à Feira Agrícola de Santiago do Cacém, o Secretário-geral do PCP assistiu à inauguração da sede concelhia da CDU, junto ao Mercado.

Um animado jantar-convívio em Alvalade-Sado, no Centro de Trabalho do PCP, antecedeu o comício promovido pela CDU em Sines, em que também participou Carlos Carvalhas. Um comício que encheu completamente o Salão do Povo e foi marcado pelo entusiasmo e confiança.

A "D. Branca" da EDP

Nos vários locais que visitou, Carvalhas proferiu breves intervenções, aproveitando para denunciar a política do Governo PS que, «em vez de dar resposta aos graves problemas do desemprego, do trabalho precário e da desvitalização do aparelho produtivo» prefere «encenar dramatizações, chantagens e manobras de diversão».

Trata-se, disse, de uma «tentativa de desviar as atenções da opinião pública em relação às graves questões sociais e às convergências sobre as questões mais essenciais e estruturantes entre o PS e o PSD» designadamente em relação às privatizações, à política europeia e ao «vergonhoso acordo de Revisão Constitucional».

«Agora ensaiam grandes divergências sobre o secundário e fazem grande gritaria... O presidente do PSD denomina o PS de "virgens mentirosas" e o porta-voz do PS a acusa o presidente do PSD de ser "descompensado". É um debate de grande elevação...» ironizou Carvalhas, prosseguindo: «As questões do ensino, da saúde, os problemas da agricultura, do envelhecimento e desertificação do interior podem continuar a esperar pelo desfecho da política politiqueira entre as tais ditas "virgens" e os tais ditos "descompensados"».

A privatização da EDP mereceu especial crítica a Carlos Carvalhas, que a considerou «uma vergonha». «Estamos perante uma empresa básica e estratégica», disse, e «o clima que se criou em relação à sua venda é de pura especulação. É um clima de "D.Branca", em que inclusivamente o Ministério das Finanças não quis ficar atrás com a divulgação (pasme-se) em papel timbrado das condições oferecidas por um Banco (BCI).»

«Será que a "Polícia da Bolsa" também vai critcar o Ministério das Finanças? E o que é que diz o ministro das Finanças? Vai ficar calado? Quais são as relações entre o Ministério das Finanças e o BCI?». Estas foram algumas perguntas que o Secretário-geral do PCP deixou no ar...

Mega-jantar em Silves

Confiança na obra feita

afirmada a mil vozes

Em maioria, mesmo que relativa, ou ainda que trabalhando na oposição, o mais forte trunfo dos comunistas e dos seus aliados nas autarquias é o trabalho desenvolvido para o progresso local e para o bem-estar das populações. Esta foi a tónica comum das intervenções do secretário-geral do PCP, do responsável da Organização Regional do Partido e do actual presidente da Câmara Municipal de Silves, de novo candidato nas listas da CDU, no final do jantar-convívio de sexta-feira, que reuniu mais de um milhar de pessoas nas instalações da FISSUL e se tornou, assim, a mais concorrida iniciativa política dos últimos tempos no concelho.

Um justificado ambiente de confiança fica desde já a marcar a preparação das eleições autárquicas, em Silves e no Algarve. Carlos Luís Figueira, da Comissão Política do PCP, referiu o trabalho desenvolvido pela CDU nos três concelhos onde esta conquistou a presidência das câmaras, em 1993 (Silves, Vila Real de Santo António e Aljezur), e recordou ainda, como confirmação da confiança acrescida que as populações depositam na coligação, a reconquista do lugar de vereador nas eleições intercalares para a CM de Albufeira.

José Viola, numa intervenção marcada pelo optimismo e a confiança no futuro do concelho, apresentou um balanço do trabalho realizado neste mandato, começando por recordar que, quando a equipa da CDU tomou posse, herdou do PS uma Câmara «muito endividada e com imagem péssima».

Com natural orgulho

Hoje, «é com natural orgulho que podemos olhar em redor e constatar como tantas coisas foram alteradas»; o rol de exemplos da obra da CDU é um facto, apesar dos entraves colocados pela oposição, «que vai deixando fazer, mas retardando o máximo possível», referiu o presidente da CM de Silves.

José Viola colocou Marcelo Rebelo de Sousa, por declarações deste recentemente produzidas numa visita ao concelho, entre aqueles que «mostram dificuldades em se aperceber da dinâmica de progresso que a CDU trouxe». O recandidato da CDU reconheceu que «há muito por fazer», mas sublinhou que «há décadas que a cidade não conhecia uma tão grande transformação como a que está a viver». Endereçou uma forte crítica também ao Ministério do Ambiente e ao «Governo do diálogo», de quem a autarquia aguarda, há mais de um ano, uma qualquer resposta ao importante projecto de desassoreamento do Rio Arade.

Presentes no jantar e especialmente saudados por todos os presentes, diversos eleitos e candidatos da CDU de outros concelhos algarvios afirmaram em Silves o seu empenho em alcançar um bom resultado na batalha autárquica do final deste ano, culminando a actividade desenvolvida em prol das populações: Manuel Marreiros, presidente da CM de Aljezur; Romeu Brito, candidato à CM de Albufeira; Sebastião Coelho e Joaquim Elias, candidatos à CM e à AM, respectivamente, de Olhão; Rui Sacramento e Luís Catarino, candidatos à CM e à AM de Portimão; António Romeira, candidato à CM de Tavira.

A iniciativa permitiu ainda apresentar publicamente os primeiros nomes da CDU nas listas para a Assembleia Municipal (Soledade Reis, actual eleita na AM) e para as oito assembleias de freguesia silvenses: Alcantarilha (Maria Paula Lopes), Algoz (José Manuel Ramos), Armação de Pêra (Leonel Fernando Sousa), Pêra (Maria Manuela Silva), São Bartolomeu de Messines (José Piçarra, actual vereador da CM de Silves), São Marcos da Serra (Manuel Duarte Tomé), Silves (Mário Godinho, actual presidente da Junta de Freguesia) e Tunes (José Belarmino Costa, actual vogal da JF). Os candidatos foram apresentados por José Leal, mandatário concelhio da CDU e membro da Assembleia Municipal.

Ao lado dos candidatos de Silves e dos dirigentes comunistas que usaram da palavra, sentaram-se também os camaradas José Vitoriano e Carlos Costa, membros de organismos executivos do Comité Central do PCP, que pela sua actividade e por fortes laços familiares estiveram e continuam ligados ao concelho e ao Algarve.

Escândalo agravado

na privatização da EDP

Centrando a sua intervenção nos temas da política nacional e nas tarefas que os comunistas têm pela frente nos próximos meses, Carlos Carvalhas acusou o Governo de estar a promover um escândalo e uma vergonha, com sérios prejuízos para o País e a economia nacional, devido à política de privatizações e, em particular, ao que se está a passar com a primeira fase da venda de acções da Electricidade de Portugal.

A agravar este escândalo, denunciou o dirigente comunista, o director distrital de Finanças de Lisboa fez distribuir aos directores de Finanças, chefes de divisão, chefes de secretaria do Tribunal Tributário de 1ª Instância, chefes de repartição e tesoureiros da Fazenda Pública um ofício do Banco de Comércio e Indústria em que este oferece os seus préstimos «para mais informação e para participar nesta operação de privatização da EDP».

Mais, no documento que o responsável das Finanças do distrito de Lisboa remeteu aos seus subordinados o BCI propõe mesmo um negócio: «No caso de no momento não lhe ser conveniente dispor do montante necessário ao investimento pretendido, o BCI disponibiliza-lhe uma linha de crédito especial em condições excepcionais».

A bem da verdade, deve dizer-se ainda que, no ofício enviado ao director distrital de Finanças, o BCI não faz nem sequer insinua qualquer pedido de reenvio da missiva, como por vezes sucede com umas charlatanices que nos poluem as caixas do correio, prometendo mil felicidades se mandarmos mais dez cartinhas ou o fim do mundo se rasgarmos o papel.

Ao princípio da noite de segunda-feira, a Agência Lusa revelava que o ministro das Finanças decidiu instaurar um inquérito para averiguar as circunstâncias em que ocorreu o caso denunciado no Algarve por Carlos Carvalhas.

Graves problemas sociais

A elevada taxa de desemprego do distrito de Faro — que coloca o Algarve em segundo lugar na lista das regiões com mais desempregados a nível nacional —, a forte precariedade do emprego e a degradação do nível de vida dos trabalhadores por conta de outrem sobressaíram entre os mais graves problemas expostos a Carlos Carvalhas durante o encontro que o secretário-geral do PCP teve com sindicalistas, na capital algarvia.

Sexta-feira à tarde, na sede da União dos Sindicatos do Algarve, Carlos Carvalhas e Carlos Luís Figueira ouviram dirigentes de vários sectores (como as pescas, a hotelaria, a saúde, a educação, a administração pública, a construção civil) falar sobre os problemas específicos mais sentidos pelos trabalhadores e ficaram a saber, nomeadamente, que no Tribunal de Trabalho de Faro há 350 processos que aguardam resolução há meses...

Em Vila Real

Na sua deslocação a Vila Real de Santo António, o Secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, fez a sua primeira paragem junto ao portão da Fábrica Comalpe. Nesta unidade de conservas de peixe tem havido alguma perturbação. Verifica-se a dispensa de umas trabalhadoras com indemnizações, seguindo-se a contratação de outras trabalhadoras - que não ficam a integrar o quadro da empresa -, por empresas de mão de obra.

No contacto directo com as trabalhadoras conserveiras, Carlos Carvalhas teve oportunidade de esclarecer aspectos relacionados com a interpretação da lei das 40 horas e da luta do PCP pelo cumprimento da lei.

Depois, tomou conhecimento do estado de desenvolvimento das obras lançadas pela Câmara Municipal de maioria CDU, em especial da obra de valorização paisagística da marginal da Praia de Monte Gordo, que observou no local, a qual se encontra em fase adiantada de execução.

EM FOCO

Carlos Carvalhas visita

Algarve e Litoral Alentejano

PS e PSD convergem nas questões essenciais

No fim de semana passado o Secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, deslocou-se ao Algarve e Litoral Alentejano, onde teve ocasião de conhecer a realidade e contactar o povo do Sul do país e de confraternizar com militantes e simpatizantes do PCP na região.

A visita de Carvalhas teve início, na sexta-feira, em Vila Real de Santo António, com uma visita à zona industrial da cidade, às obras do porto e à Associação dos Reformados. Daí, o Secretário-geral do PCP seguiu para Faro, onde teve um encontro com a Direcção da União dos Sindicatos do Algarve. Um mega-jantar, realizado na FISSUL, em Silves, para apresentação dos cabeças de lista da CDU, encerrou o dia com chave de ouro.

No sábado, logo de manhã em Odemira, Carlos Carvalhas, depois de um breve encontro com o executivo autárquico, passeou pela vila, assistindo, ainda de manhã, à apresentação de cabeças de lista da CDU aos órgãos autárquicos, no Jardim dos Patos.

Após o almoço-convívio que se realizou em S. Teotónio, nos pavilhões da FACECO, Carlos Carvalhas participou na inauguração do Centro de Trabalho do PCP também em S. Teotónio. E à tarde, depois de uma visita à Feira Agrícola de Santiago do Cacém, o Secretário-geral do PCP assistiu à inauguração da sede concelhia da CDU, junto ao Mercado.

Um animado jantar-convívio em Alvalade-Sado, no Centro de Trabalho do PCP, antecedeu o comício promovido pela CDU em Sines, em que também participou Carlos Carvalhas. Um comício que encheu completamente o Salão do Povo e foi marcado pelo entusiasmo e confiança.

A "D. Branca" da EDP

Nos vários locais que visitou, Carvalhas proferiu breves intervenções, aproveitando para denunciar a política do Governo PS que, «em vez de dar resposta aos graves problemas do desemprego, do trabalho precário e da desvitalização do aparelho produtivo» prefere «encenar dramatizações, chantagens e manobras de diversão».

Trata-se, disse, de uma «tentativa de desviar as atenções da opinião pública em relação às graves questões sociais e às convergências sobre as questões mais essenciais e estruturantes entre o PS e o PSD» designadamente em relação às privatizações, à política europeia e ao «vergonhoso acordo de Revisão Constitucional».

«Agora ensaiam grandes divergências sobre o secundário e fazem grande gritaria... O presidente do PSD denomina o PS de "virgens mentirosas" e o porta-voz do PS a acusa o presidente do PSD de ser "descompensado". É um debate de grande elevação...» ironizou Carvalhas, prosseguindo: «As questões do ensino, da saúde, os problemas da agricultura, do envelhecimento e desertificação do interior podem continuar a esperar pelo desfecho da política politiqueira entre as tais ditas "virgens" e os tais ditos "descompensados"».

A privatização da EDP mereceu especial crítica a Carlos Carvalhas, que a considerou «uma vergonha». «Estamos perante uma empresa básica e estratégica», disse, e «o clima que se criou em relação à sua venda é de pura especulação. É um clima de "D.Branca", em que inclusivamente o Ministério das Finanças não quis ficar atrás com a divulgação (pasme-se) em papel timbrado das condições oferecidas por um Banco (BCI).»

«Será que a "Polícia da Bolsa" também vai critcar o Ministério das Finanças? E o que é que diz o ministro das Finanças? Vai ficar calado? Quais são as relações entre o Ministério das Finanças e o BCI?». Estas foram algumas perguntas que o Secretário-geral do PCP deixou no ar...

Mega-jantar em Silves

Confiança na obra feita

afirmada a mil vozes

Em maioria, mesmo que relativa, ou ainda que trabalhando na oposição, o mais forte trunfo dos comunistas e dos seus aliados nas autarquias é o trabalho desenvolvido para o progresso local e para o bem-estar das populações. Esta foi a tónica comum das intervenções do secretário-geral do PCP, do responsável da Organização Regional do Partido e do actual presidente da Câmara Municipal de Silves, de novo candidato nas listas da CDU, no final do jantar-convívio de sexta-feira, que reuniu mais de um milhar de pessoas nas instalações da FISSUL e se tornou, assim, a mais concorrida iniciativa política dos últimos tempos no concelho.

Um justificado ambiente de confiança fica desde já a marcar a preparação das eleições autárquicas, em Silves e no Algarve. Carlos Luís Figueira, da Comissão Política do PCP, referiu o trabalho desenvolvido pela CDU nos três concelhos onde esta conquistou a presidência das câmaras, em 1993 (Silves, Vila Real de Santo António e Aljezur), e recordou ainda, como confirmação da confiança acrescida que as populações depositam na coligação, a reconquista do lugar de vereador nas eleições intercalares para a CM de Albufeira.

José Viola, numa intervenção marcada pelo optimismo e a confiança no futuro do concelho, apresentou um balanço do trabalho realizado neste mandato, começando por recordar que, quando a equipa da CDU tomou posse, herdou do PS uma Câmara «muito endividada e com imagem péssima».

Com natural orgulho

Hoje, «é com natural orgulho que podemos olhar em redor e constatar como tantas coisas foram alteradas»; o rol de exemplos da obra da CDU é um facto, apesar dos entraves colocados pela oposição, «que vai deixando fazer, mas retardando o máximo possível», referiu o presidente da CM de Silves.

José Viola colocou Marcelo Rebelo de Sousa, por declarações deste recentemente produzidas numa visita ao concelho, entre aqueles que «mostram dificuldades em se aperceber da dinâmica de progresso que a CDU trouxe». O recandidato da CDU reconheceu que «há muito por fazer», mas sublinhou que «há décadas que a cidade não conhecia uma tão grande transformação como a que está a viver». Endereçou uma forte crítica também ao Ministério do Ambiente e ao «Governo do diálogo», de quem a autarquia aguarda, há mais de um ano, uma qualquer resposta ao importante projecto de desassoreamento do Rio Arade.

Presentes no jantar e especialmente saudados por todos os presentes, diversos eleitos e candidatos da CDU de outros concelhos algarvios afirmaram em Silves o seu empenho em alcançar um bom resultado na batalha autárquica do final deste ano, culminando a actividade desenvolvida em prol das populações: Manuel Marreiros, presidente da CM de Aljezur; Romeu Brito, candidato à CM de Albufeira; Sebastião Coelho e Joaquim Elias, candidatos à CM e à AM, respectivamente, de Olhão; Rui Sacramento e Luís Catarino, candidatos à CM e à AM de Portimão; António Romeira, candidato à CM de Tavira.

A iniciativa permitiu ainda apresentar publicamente os primeiros nomes da CDU nas listas para a Assembleia Municipal (Soledade Reis, actual eleita na AM) e para as oito assembleias de freguesia silvenses: Alcantarilha (Maria Paula Lopes), Algoz (José Manuel Ramos), Armação de Pêra (Leonel Fernando Sousa), Pêra (Maria Manuela Silva), São Bartolomeu de Messines (José Piçarra, actual vereador da CM de Silves), São Marcos da Serra (Manuel Duarte Tomé), Silves (Mário Godinho, actual presidente da Junta de Freguesia) e Tunes (José Belarmino Costa, actual vogal da JF). Os candidatos foram apresentados por José Leal, mandatário concelhio da CDU e membro da Assembleia Municipal.

Ao lado dos candidatos de Silves e dos dirigentes comunistas que usaram da palavra, sentaram-se também os camaradas José Vitoriano e Carlos Costa, membros de organismos executivos do Comité Central do PCP, que pela sua actividade e por fortes laços familiares estiveram e continuam ligados ao concelho e ao Algarve.

Escândalo agravado

na privatização da EDP

Centrando a sua intervenção nos temas da política nacional e nas tarefas que os comunistas têm pela frente nos próximos meses, Carlos Carvalhas acusou o Governo de estar a promover um escândalo e uma vergonha, com sérios prejuízos para o País e a economia nacional, devido à política de privatizações e, em particular, ao que se está a passar com a primeira fase da venda de acções da Electricidade de Portugal.

A agravar este escândalo, denunciou o dirigente comunista, o director distrital de Finanças de Lisboa fez distribuir aos directores de Finanças, chefes de divisão, chefes de secretaria do Tribunal Tributário de 1ª Instância, chefes de repartição e tesoureiros da Fazenda Pública um ofício do Banco de Comércio e Indústria em que este oferece os seus préstimos «para mais informação e para participar nesta operação de privatização da EDP».

Mais, no documento que o responsável das Finanças do distrito de Lisboa remeteu aos seus subordinados o BCI propõe mesmo um negócio: «No caso de no momento não lhe ser conveniente dispor do montante necessário ao investimento pretendido, o BCI disponibiliza-lhe uma linha de crédito especial em condições excepcionais».

A bem da verdade, deve dizer-se ainda que, no ofício enviado ao director distrital de Finanças, o BCI não faz nem sequer insinua qualquer pedido de reenvio da missiva, como por vezes sucede com umas charlatanices que nos poluem as caixas do correio, prometendo mil felicidades se mandarmos mais dez cartinhas ou o fim do mundo se rasgarmos o papel.

Ao princípio da noite de segunda-feira, a Agência Lusa revelava que o ministro das Finanças decidiu instaurar um inquérito para averiguar as circunstâncias em que ocorreu o caso denunciado no Algarve por Carlos Carvalhas.

Graves problemas sociais

A elevada taxa de desemprego do distrito de Faro — que coloca o Algarve em segundo lugar na lista das regiões com mais desempregados a nível nacional —, a forte precariedade do emprego e a degradação do nível de vida dos trabalhadores por conta de outrem sobressaíram entre os mais graves problemas expostos a Carlos Carvalhas durante o encontro que o secretário-geral do PCP teve com sindicalistas, na capital algarvia.

Sexta-feira à tarde, na sede da União dos Sindicatos do Algarve, Carlos Carvalhas e Carlos Luís Figueira ouviram dirigentes de vários sectores (como as pescas, a hotelaria, a saúde, a educação, a administração pública, a construção civil) falar sobre os problemas específicos mais sentidos pelos trabalhadores e ficaram a saber, nomeadamente, que no Tribunal de Trabalho de Faro há 350 processos que aguardam resolução há meses...

Em Vila Real

Na sua deslocação a Vila Real de Santo António, o Secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, fez a sua primeira paragem junto ao portão da Fábrica Comalpe. Nesta unidade de conservas de peixe tem havido alguma perturbação. Verifica-se a dispensa de umas trabalhadoras com indemnizações, seguindo-se a contratação de outras trabalhadoras - que não ficam a integrar o quadro da empresa -, por empresas de mão de obra.

No contacto directo com as trabalhadoras conserveiras, Carlos Carvalhas teve oportunidade de esclarecer aspectos relacionados com a interpretação da lei das 40 horas e da luta do PCP pelo cumprimento da lei.

Depois, tomou conhecimento do estado de desenvolvimento das obras lançadas pela Câmara Municipal de maioria CDU, em especial da obra de valorização paisagística da marginal da Praia de Monte Gordo, que observou no local, a qual se encontra em fase adiantada de execução.

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