DN-Politica

09-05-1997
marcar artigo

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

Esta foi a posição defendida pelo dirigente do Porto na reunião da distrital de terça-feira. Um encontro pautado pela diversidade de opiniões: houve quem defendesse a demissão agora e em força e quem advogasse a demissão seguida de recandidatura.

Porém, o entendimento do presidente da distrital foi outro. Decidiu manter a defesa firme e até ao fim do acordo que protagonizou e se apenas este for objecto de criticas, não pôr em causa a sua liderança.

Ontem, fontes próximas de Monteiro diziam ao DN que «era bom que surgisse um entendimento para salvar o acordo, de forma ao PP não sair prejudicado». Essa solução passará por Avelino Ferreira Torres tentar um entendimento com Cervan.

Não poderia ser outra a postura do autarca de Marco de Canaveses que sempre elogiou o acordo do Porto sobretudo a questão da paridade alcançada. Ontem Avelino esteve reunido no Caldas com Manuel Monteiro e a conversa passou pela serenidade e «moderação» que é preciso criar no próximo conselho nacional para que não se deite tudo a perder.

O DN apurou que Ferreira Torres não hostilizará Silvio Cervan, apostando antes numa renegociação da coligação alargando-a a outros concelhos e dando-lhe, desta forma, uma nova moldura.

Sobre isto o coordenador autárquico do partido, Girão Pereira foi claro. Em declarações á Lusa sublinhou que na sexta-feira estarão em discussão «apenas propostas para a renegociação do acordo celebrado pelo PP e PSD do Porto».

Busca-se uma «solução que respeite os critérios», pois se assim for «tudo será possivel». O coordenador autárquico apelou para o «bom senso e boa-fé», recusando «situações de ruptura»: «Ninguém deseja a demissão de ninguém».

Uma postura secundarizada pelo outro vice-presidente do partido, Fernandes Thomaz que quanto a um cenário de expulsão afirmou: «por mim, não sou favorável a esse tipo de medidas».

No Porto, ontem, Silvio Cervan preparava as palavras para o discurso a proferir durante o jantar comemorativo da eleição da sua comissão politica distrital. Um jantar a que Paulo Portas não pode comparecer.

Elencar as razões pelas quais o acordo com o PSD continua válido, prometer a defesa do mesmo até ao último minuto, eis as duas permissas da intervenção que Sílvio prometia fazer.

Ao que o DN apurou, os dirigentes do PP/Porto não admitiam sequer a hipótese de lançar «recados» à direcção nacional, antes optando por uma postura apaziguadora.

Também Tomé Fernandes, organizador de um outro jantar de elementos próximos da direcção de Monteiro, garantia, à hora do fecho desta edição, não pretender que o repasto fosse entendido como sendo contra alguém. Prometia apenas fazer uma intervenção sobre o que entende ser melhor para o partido.

«Sem ataques pessoais» frisou.

Ferreira Torres e os deputados Moura e Silva e Augusto Boucinha eram aguardados neste jantar. E prometiam falar. «Em vez de se discutir a qualidade do prato, debate-se, erradamente, a qualidade dos tachos», ironizou Moura e Silva.

Segundo soube o DN, Avelino Ferreira Torres - que vai apresentar no Conselho Nacional uma proposta de renegociação do acordo que considera «irrecusável» - terá na sua posse um documento manuscrito por Luís Filipe Menezes, em que este lhe garante total disponibilidade para discutir coligações em todo o distrito sem qualquer tipo de reservas. Uma disponibilidade manifestada, no entanto, em tempo anterior à conclusão do acordo com Cervan.

Ainda assim, fontes próximas do autarca do PP garantem que esta abertura do líder do PSD/Porto será equacionada numa eventual tentativa de renegociação por parte dos «populares».

Filipe Menezes e Pedro Vinha Costa, da distrital «laranja», recusaram prestar declarações ao DN sobre o acordo, remetendo para o próximo sábado uma posição pública sobre o assunto. Recorde-se, entretanto, que, em recente conferência de Imprensa, Menezes foi claro: «O acordo é intocável tal qual está».

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

Esta foi a posição defendida pelo dirigente do Porto na reunião da distrital de terça-feira. Um encontro pautado pela diversidade de opiniões: houve quem defendesse a demissão agora e em força e quem advogasse a demissão seguida de recandidatura.

Porém, o entendimento do presidente da distrital foi outro. Decidiu manter a defesa firme e até ao fim do acordo que protagonizou e se apenas este for objecto de criticas, não pôr em causa a sua liderança.

Ontem, fontes próximas de Monteiro diziam ao DN que «era bom que surgisse um entendimento para salvar o acordo, de forma ao PP não sair prejudicado». Essa solução passará por Avelino Ferreira Torres tentar um entendimento com Cervan.

Não poderia ser outra a postura do autarca de Marco de Canaveses que sempre elogiou o acordo do Porto sobretudo a questão da paridade alcançada. Ontem Avelino esteve reunido no Caldas com Manuel Monteiro e a conversa passou pela serenidade e «moderação» que é preciso criar no próximo conselho nacional para que não se deite tudo a perder.

O DN apurou que Ferreira Torres não hostilizará Silvio Cervan, apostando antes numa renegociação da coligação alargando-a a outros concelhos e dando-lhe, desta forma, uma nova moldura.

Sobre isto o coordenador autárquico do partido, Girão Pereira foi claro. Em declarações á Lusa sublinhou que na sexta-feira estarão em discussão «apenas propostas para a renegociação do acordo celebrado pelo PP e PSD do Porto».

Busca-se uma «solução que respeite os critérios», pois se assim for «tudo será possivel». O coordenador autárquico apelou para o «bom senso e boa-fé», recusando «situações de ruptura»: «Ninguém deseja a demissão de ninguém».

Uma postura secundarizada pelo outro vice-presidente do partido, Fernandes Thomaz que quanto a um cenário de expulsão afirmou: «por mim, não sou favorável a esse tipo de medidas».

No Porto, ontem, Silvio Cervan preparava as palavras para o discurso a proferir durante o jantar comemorativo da eleição da sua comissão politica distrital. Um jantar a que Paulo Portas não pode comparecer.

Elencar as razões pelas quais o acordo com o PSD continua válido, prometer a defesa do mesmo até ao último minuto, eis as duas permissas da intervenção que Sílvio prometia fazer.

Ao que o DN apurou, os dirigentes do PP/Porto não admitiam sequer a hipótese de lançar «recados» à direcção nacional, antes optando por uma postura apaziguadora.

Também Tomé Fernandes, organizador de um outro jantar de elementos próximos da direcção de Monteiro, garantia, à hora do fecho desta edição, não pretender que o repasto fosse entendido como sendo contra alguém. Prometia apenas fazer uma intervenção sobre o que entende ser melhor para o partido.

«Sem ataques pessoais» frisou.

Ferreira Torres e os deputados Moura e Silva e Augusto Boucinha eram aguardados neste jantar. E prometiam falar. «Em vez de se discutir a qualidade do prato, debate-se, erradamente, a qualidade dos tachos», ironizou Moura e Silva.

Segundo soube o DN, Avelino Ferreira Torres - que vai apresentar no Conselho Nacional uma proposta de renegociação do acordo que considera «irrecusável» - terá na sua posse um documento manuscrito por Luís Filipe Menezes, em que este lhe garante total disponibilidade para discutir coligações em todo o distrito sem qualquer tipo de reservas. Uma disponibilidade manifestada, no entanto, em tempo anterior à conclusão do acordo com Cervan.

Ainda assim, fontes próximas do autarca do PP garantem que esta abertura do líder do PSD/Porto será equacionada numa eventual tentativa de renegociação por parte dos «populares».

Filipe Menezes e Pedro Vinha Costa, da distrital «laranja», recusaram prestar declarações ao DN sobre o acordo, remetendo para o próximo sábado uma posição pública sobre o assunto. Recorde-se, entretanto, que, em recente conferência de Imprensa, Menezes foi claro: «O acordo é intocável tal qual está».

marcar artigo