Homenagem a Adriano

11-11-1997
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NACIONAL

Adriano

Espírito de Abril

antes de ser Abril

Num ambiente de vibrante saudade e evocação combativa realizou-se, no passado dia 2 de Maio, a homenagem a Adriano Correia de Oliveira, promovida pela Comissão Promotora das Comemorações do 25 de Abril da Zona Oriental de Lisboa.

O grande salão da Voz do Operário submergiu literalmente com a afluência de público que quiz afirmar que "Adriano está vivo", lembrando e cantando as suas canções.

Contribuiram para este clima de solidariedade os artistas que asseguraram o espectáculo, nomeadamente, pela ordem em que actuaram, Luísa Bastos, Manuel Freire, Luísa Amaro, Carlos Santos, Manuel Faria, Paulo Saraiva e Carlos Alberto Moniz.

Este clima foi depois continuado, nas escadarias da Voz do Operário, pela serenata monumental de estudantes de Coimbra do "nosso tempo" e do "tempo do Adriano", nomeadamente Luís Goes, Arménio Santos, Augusto Camacho, Carlos Carranca, Artur Mota, os guitarras Carlos Couceiro e Teotónio Xavier e os violas Durval Moreirinhas e António Toscano.

Foi Paulo Sucena que fez uma comovida e lúcida evocação da voz "pura e alta e lírica" de Adriano, da sua obra de artista e do seu papel de cidadão e militante do PCP.

Começou por recordar: "Durante vinte anos varámos dias e noites, por vezes a fio, em intermináveis diálogos. Das coisas da vida, das coisas belas, surpreendentes, apaixonadas da política, das cantigas e da poesia, das guitarras, conversávamos".

Mais à frente esclareceu: "O atleta, o ás nas travessias do Douro, o campeão de voleibol, foi passível de um debilitamento precoce, mas o Adriano, o homem de fundas e firmes opções político-ideológicas jamais definhou e jamais confundiu o seu ideal político com atitudes singulares deste ou daquele".

A concluir, Sucena sintetizou: "A audição atenta da obra de Adriano Correia de Oliveira permite-nos detectar nela quatro grandes campos de significação: o do amor, vivificado pelo companheirismo e pela solidariedade, o da denúncia e resistência ao fascismo, o da luta pela liberdade e o de um olhar ideológico sobre a sociedade portuguesa".

NACIONAL

Adriano

Espírito de Abril

antes de ser Abril

Num ambiente de vibrante saudade e evocação combativa realizou-se, no passado dia 2 de Maio, a homenagem a Adriano Correia de Oliveira, promovida pela Comissão Promotora das Comemorações do 25 de Abril da Zona Oriental de Lisboa.

O grande salão da Voz do Operário submergiu literalmente com a afluência de público que quiz afirmar que "Adriano está vivo", lembrando e cantando as suas canções.

Contribuiram para este clima de solidariedade os artistas que asseguraram o espectáculo, nomeadamente, pela ordem em que actuaram, Luísa Bastos, Manuel Freire, Luísa Amaro, Carlos Santos, Manuel Faria, Paulo Saraiva e Carlos Alberto Moniz.

Este clima foi depois continuado, nas escadarias da Voz do Operário, pela serenata monumental de estudantes de Coimbra do "nosso tempo" e do "tempo do Adriano", nomeadamente Luís Goes, Arménio Santos, Augusto Camacho, Carlos Carranca, Artur Mota, os guitarras Carlos Couceiro e Teotónio Xavier e os violas Durval Moreirinhas e António Toscano.

Foi Paulo Sucena que fez uma comovida e lúcida evocação da voz "pura e alta e lírica" de Adriano, da sua obra de artista e do seu papel de cidadão e militante do PCP.

Começou por recordar: "Durante vinte anos varámos dias e noites, por vezes a fio, em intermináveis diálogos. Das coisas da vida, das coisas belas, surpreendentes, apaixonadas da política, das cantigas e da poesia, das guitarras, conversávamos".

Mais à frente esclareceu: "O atleta, o ás nas travessias do Douro, o campeão de voleibol, foi passível de um debilitamento precoce, mas o Adriano, o homem de fundas e firmes opções político-ideológicas jamais definhou e jamais confundiu o seu ideal político com atitudes singulares deste ou daquele".

A concluir, Sucena sintetizou: "A audição atenta da obra de Adriano Correia de Oliveira permite-nos detectar nela quatro grandes campos de significação: o do amor, vivificado pelo companheirismo e pela solidariedade, o da denúncia e resistência ao fascismo, o da luta pela liberdade e o de um olhar ideológico sobre a sociedade portuguesa".

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