Paisagens plurais
A COINCIDÊNCIA de quatro exposições que têm em comum o tema da paisagem não pode deixar de ser notada. Daí a considerar-se significativa a coincidência vai alguma distância, e mais problemático ainda será atribuir-lhe um significado preciso. João Pinharanda, no «Público», admitiu que se está perante uma «actual vaga de regresso à pintura e de regresso aos géneros». Tratar-se-ia de um momento de viragem colectiva e de um processo certamente cíclico, como a alternância das marés e das estações. Mas é possível que identificar um regresso qualifique apenas o dirigir da atenção para o que antes se procurou excluir, e que o carácter colectivo assinale já o momento em que as singularidades antes invisíveis são envolvidas num efeito de moda e banalização.
BALTAZAR TORRES, JOÃO QUEIROZ, MICHAEL BIBERSTEIN, ROSA CARVALHO Quadrado Azul (até 6 de Maio), Módulo (até 28), Pedro Oliveira (até 17) e Canvas (até 14). Porto
Espaço humano
EM 1998 passaram cem anos sobre o nascimento de Alvar Aalto (1898-1976), um dos mais importantes arquitectos do século XX. A exposição «Alvar Aalto em Sete Edifícios» propõe uma viagem por dentro do seu universo criativo, através de algumas das suas realizações mais emblemáticas, ao mesmo tempo que permite entender a visão do mundo que lhe está subjacente. Aalto participa da aventura modernista e da crença de que a arquitectura pode e deve propiciar o progresso das sociedades. Incorporando o programa funcionalista, o trabalho deste finlandês distingue-se, sobretudo, por uma sensibilidade peculiar às necessidades humanas e uma visão da arquitectura que não descura a sua integração no mundo físico e social a que se destina.
ALVAR AALTO Centro Cultural de Belém (até 16 Maio)
Prémio União Latina
Culturgest/CGD Keil do Amaral
Museu da Cidade António Trindade José Pedro Croft Manuel Cargaleiro Natália Correia Faiança Christine Borland
Ângela Ferreira Pedro Sousa Vieira Valter Vinagre O Olhar do Outro Pedro Chorão Arpad Szenes Paul Klee Gil Heitor Cortesão Rui Serra
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Paisagens plurais
A COINCIDÊNCIA de quatro exposições que têm em comum o tema da paisagem não pode deixar de ser notada. Daí a considerar-se significativa a coincidência vai alguma distância, e mais problemático ainda será atribuir-lhe um significado preciso. João Pinharanda, no «Público», admitiu que se está perante uma «actual vaga de regresso à pintura e de regresso aos géneros». Tratar-se-ia de um momento de viragem colectiva e de um processo certamente cíclico, como a alternância das marés e das estações. Mas é possível que identificar um regresso qualifique apenas o dirigir da atenção para o que antes se procurou excluir, e que o carácter colectivo assinale já o momento em que as singularidades antes invisíveis são envolvidas num efeito de moda e banalização.
BALTAZAR TORRES, JOÃO QUEIROZ, MICHAEL BIBERSTEIN, ROSA CARVALHO Quadrado Azul (até 6 de Maio), Módulo (até 28), Pedro Oliveira (até 17) e Canvas (até 14). Porto
Espaço humano
EM 1998 passaram cem anos sobre o nascimento de Alvar Aalto (1898-1976), um dos mais importantes arquitectos do século XX. A exposição «Alvar Aalto em Sete Edifícios» propõe uma viagem por dentro do seu universo criativo, através de algumas das suas realizações mais emblemáticas, ao mesmo tempo que permite entender a visão do mundo que lhe está subjacente. Aalto participa da aventura modernista e da crença de que a arquitectura pode e deve propiciar o progresso das sociedades. Incorporando o programa funcionalista, o trabalho deste finlandês distingue-se, sobretudo, por uma sensibilidade peculiar às necessidades humanas e uma visão da arquitectura que não descura a sua integração no mundo físico e social a que se destina.
ALVAR AALTO Centro Cultural de Belém (até 16 Maio)
Prémio União Latina
Culturgest/CGD Keil do Amaral
Museu da Cidade António Trindade José Pedro Croft Manuel Cargaleiro Natália Correia Faiança Christine Borland
Ângela Ferreira Pedro Sousa Vieira Valter Vinagre O Olhar do Outro Pedro Chorão Arpad Szenes Paul Klee Gil Heitor Cortesão Rui Serra