Valentim sem a JSD

02-09-1999
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O desabafo de Pedro Duarte é partilhado por muitos militantes, pelo que Valentim se arrisca a ser eleito num clima de «paz podre», em que ninguém o ataca directamente, mas todos criticam a forma como ele conduziu a sua candidatura.

«Não se vê o apoio entusiástico de nenhum elemento da Jota aos candidatos», disse ao EXPRESSO Pedro Duarte, confessando que até está mais inclinado para votar em Valentim Loureiro, tal como muitos dos seus companheiros. «Penso que este processo foi mal conduzido e se poderiam ter evitado atritos que prejudicam a imagem do partido no Porto», acrescenta.

As suspeitas de pagamento das quotas por terceiros acabaram por ser o caso mais comentado nesta campanha e motivaram a desistência de uma candidatura patrocinada por elementos tradicionalmente críticos de Menezes, que se queixaram da «falta de condições democráticas».

Valentim Loureiro também não parece muito motivado para as eleições e mostra-se até alheado dos pormenores do processo. Questionado pelo EXPRESSO sobre a possibilidade de as eleições serem adiadas, o também presidente da Câmara de Gondomar revelou não conhecer detalhes: «Não sei nada sobre isso, nem me quero envolver mais nesse assunto».

Neste cenário de desinteresse, as atenções voltam-se para as listas da Assembleia Distrital. Aqui, o embate é entre duas listas de notáveis do partido, não sendo estranho a esta «guerra» o objectivo de travar a hegemonia de Valentim no PSD/Porto. Uma das listas é encabeçada por Carlos Brito, que aparece ao lado de Rui Rio, Mário Melo Rocha, Miguel Veiga e Mário Cerqueira Correia. Na outra, cujo primeiro nome é Paulo Mendo, surgem as figuras de Amorim Pereira, Maria Cândida Oliveira e António Montalvão Machado.

Menezes encorajou o avanço de alguns destes notáveis para garantir que as rédeas do partido no Porto não ficarão só nas mãos do major. O presidente da Câmara de Gaia apoia Valentim, mas quer vê-lo rodeado de gente que atenue a sua imagem populista.

Ricardo Jorge Pinto

O desabafo de Pedro Duarte é partilhado por muitos militantes, pelo que Valentim se arrisca a ser eleito num clima de «paz podre», em que ninguém o ataca directamente, mas todos criticam a forma como ele conduziu a sua candidatura.

«Não se vê o apoio entusiástico de nenhum elemento da Jota aos candidatos», disse ao EXPRESSO Pedro Duarte, confessando que até está mais inclinado para votar em Valentim Loureiro, tal como muitos dos seus companheiros. «Penso que este processo foi mal conduzido e se poderiam ter evitado atritos que prejudicam a imagem do partido no Porto», acrescenta.

As suspeitas de pagamento das quotas por terceiros acabaram por ser o caso mais comentado nesta campanha e motivaram a desistência de uma candidatura patrocinada por elementos tradicionalmente críticos de Menezes, que se queixaram da «falta de condições democráticas».

Valentim Loureiro também não parece muito motivado para as eleições e mostra-se até alheado dos pormenores do processo. Questionado pelo EXPRESSO sobre a possibilidade de as eleições serem adiadas, o também presidente da Câmara de Gondomar revelou não conhecer detalhes: «Não sei nada sobre isso, nem me quero envolver mais nesse assunto».

Neste cenário de desinteresse, as atenções voltam-se para as listas da Assembleia Distrital. Aqui, o embate é entre duas listas de notáveis do partido, não sendo estranho a esta «guerra» o objectivo de travar a hegemonia de Valentim no PSD/Porto. Uma das listas é encabeçada por Carlos Brito, que aparece ao lado de Rui Rio, Mário Melo Rocha, Miguel Veiga e Mário Cerqueira Correia. Na outra, cujo primeiro nome é Paulo Mendo, surgem as figuras de Amorim Pereira, Maria Cândida Oliveira e António Montalvão Machado.

Menezes encorajou o avanço de alguns destes notáveis para garantir que as rédeas do partido no Porto não ficarão só nas mãos do major. O presidente da Câmara de Gaia apoia Valentim, mas quer vê-lo rodeado de gente que atenue a sua imagem populista.

Ricardo Jorge Pinto

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