Assembleia dos comunistas transmontanos

14-10-1999
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2ª Assembleia de Trás-Os-Montes e Alto Douro

PCP quer valorizar a região

Os comunistas de Trás-os-Montes e Alto Douro elegeram no passado domingo um novo organismo de direcção de âmbito regional, cujo objectivo é «pensar a nível regional para poder intervir melhor a nível local».

A 2ª Assembleia realizada na cidade de Mirandela sob o lema «Com o PCP, valorizar e afirmar a região, defender o futuro» aprovou uma proclamação que propõe que os fundos do 3º Quadro Comunitário de Apoio, referentes a Trás-os-Montes, sejam geridos e aplicados por uma comissão suficientemente representativa da região e na base de uma plano estratégico de desenvolvimento a elaborar com toda urgência pelas autarquias, as organizações políticas, económicas, sociais, culturais e ambientais.

Na assembleia participaram de cerca de centena e meia de delegados, que aproveitaram o almoço para comemorar o 78ºaniversário do PCP, ocasião em que António Lopes, membro da Comissão Política, fez um intervenção alusiva à data. Os parabéns foram cantados à volta de dois grandes bolos de aniversário.

Retomados os trabalhos, sucederam-se as intervenções que colocaram de forma viva e informal preocupações com o reforço do Partido e a sua acção na defesa dos interesses dos transmontanos e durienses.

Já no final do dia foram aprovadas a resolução política e a proclamação, assim como a proposta da nova Direcção Regional, composta por 19 membros, nove de Bragança e 10 Vila Real.

A proclamação é dirigida «aos trabalhadores, agricultores, professores, médicos, a todos os que desejam uma Região de Trás-Os-Montes e Alto Douro com progresso» e apela ao reforço eleitoral para «dar melhor voz na Assembleia da República e no Parlamento Europeu». «O PCP precisa de mais votos e mais deputados. Precisa que os trabalhadores e o povo em geral lhe dêem mais força com o seu voto, simpatia e adesão. O povo transmontano precisa de um PCP mais forte e o PCP precisa dos transmontaos para Ter mais força na defesa dos seus interesses».

Desenvolver

potencialidades

A Assembleia decidiu levar a cabo nos próximos meses um conjunto de iniciativas, nomeadamente uma campanha de informação junto dos agricultores, para denunciar a política discriminativa do Governo e defender claramente o desenvolvimento do meio rural.

Junto da juventude, o PCP pretende desenvolver um movimento que se bata pela igualdade de oportunidades, ao mesmo tempo que se propõe animar uma campanha de defesa e reforço dos Serviços Públicos de qualidade.

A par da luta pela criação de um organismo regional para gerir as verbas do 3ª Quadro Comunitário de Apoio a aplicar na região, o PCP vai exigir a elaboração e aprovação de um plano estratégico de desenvolvimento, com a participação das forças políticas, económicas, sociais, culturais e ambientais.

Por outro lado, exige do Governo, a deslocação urgente para a região de investimentos públicos significativos e consistentes medidas de apoio às actividades empresariais, bem como a extensão da rede de gás natural.

Outra iniciativa com relevo passa pela proposta feita aos deputados do PCP no Parlamento Europeu de iniciarem o processo de candidatura da Região Demarcada do Douro a Património Mundial.

Nos próximos meses, o PCP vai ainda promover uma série debates sobre os temas como a saúde, o Ensino, o Ambiente, a Agricultura, as infraestruturas locais e regionais, entre outros.

No encerramento dos trabalhos - em que estiveram vários convidados, entre outros, o Presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, o deputado do PS, António Martinho, e a dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes», Manuela Batista - usou da palavra Agostinho Lopes, membro da Comissão Política do PCP. Este dirigente comunista apontou o fracasso da governação PS, que considerou muito semelhante no essencial à anterior política do PSD, e destacou os valores e potencialidades da região, referindo a importância para a economia nacional da Região Demarcada do Douro, das produções vinícolas, de azeite, cereais, fruta, animal e outras que no entender do PCP estão subaproveitadas.

«Avante!» Nº 1321 - 25.Março.1999

2ª Assembleia de Trás-Os-Montes e Alto Douro

PCP quer valorizar a região

Os comunistas de Trás-os-Montes e Alto Douro elegeram no passado domingo um novo organismo de direcção de âmbito regional, cujo objectivo é «pensar a nível regional para poder intervir melhor a nível local».

A 2ª Assembleia realizada na cidade de Mirandela sob o lema «Com o PCP, valorizar e afirmar a região, defender o futuro» aprovou uma proclamação que propõe que os fundos do 3º Quadro Comunitário de Apoio, referentes a Trás-os-Montes, sejam geridos e aplicados por uma comissão suficientemente representativa da região e na base de uma plano estratégico de desenvolvimento a elaborar com toda urgência pelas autarquias, as organizações políticas, económicas, sociais, culturais e ambientais.

Na assembleia participaram de cerca de centena e meia de delegados, que aproveitaram o almoço para comemorar o 78ºaniversário do PCP, ocasião em que António Lopes, membro da Comissão Política, fez um intervenção alusiva à data. Os parabéns foram cantados à volta de dois grandes bolos de aniversário.

Retomados os trabalhos, sucederam-se as intervenções que colocaram de forma viva e informal preocupações com o reforço do Partido e a sua acção na defesa dos interesses dos transmontanos e durienses.

Já no final do dia foram aprovadas a resolução política e a proclamação, assim como a proposta da nova Direcção Regional, composta por 19 membros, nove de Bragança e 10 Vila Real.

A proclamação é dirigida «aos trabalhadores, agricultores, professores, médicos, a todos os que desejam uma Região de Trás-Os-Montes e Alto Douro com progresso» e apela ao reforço eleitoral para «dar melhor voz na Assembleia da República e no Parlamento Europeu». «O PCP precisa de mais votos e mais deputados. Precisa que os trabalhadores e o povo em geral lhe dêem mais força com o seu voto, simpatia e adesão. O povo transmontano precisa de um PCP mais forte e o PCP precisa dos transmontaos para Ter mais força na defesa dos seus interesses».

Desenvolver

potencialidades

A Assembleia decidiu levar a cabo nos próximos meses um conjunto de iniciativas, nomeadamente uma campanha de informação junto dos agricultores, para denunciar a política discriminativa do Governo e defender claramente o desenvolvimento do meio rural.

Junto da juventude, o PCP pretende desenvolver um movimento que se bata pela igualdade de oportunidades, ao mesmo tempo que se propõe animar uma campanha de defesa e reforço dos Serviços Públicos de qualidade.

A par da luta pela criação de um organismo regional para gerir as verbas do 3ª Quadro Comunitário de Apoio a aplicar na região, o PCP vai exigir a elaboração e aprovação de um plano estratégico de desenvolvimento, com a participação das forças políticas, económicas, sociais, culturais e ambientais.

Por outro lado, exige do Governo, a deslocação urgente para a região de investimentos públicos significativos e consistentes medidas de apoio às actividades empresariais, bem como a extensão da rede de gás natural.

Outra iniciativa com relevo passa pela proposta feita aos deputados do PCP no Parlamento Europeu de iniciarem o processo de candidatura da Região Demarcada do Douro a Património Mundial.

Nos próximos meses, o PCP vai ainda promover uma série debates sobre os temas como a saúde, o Ensino, o Ambiente, a Agricultura, as infraestruturas locais e regionais, entre outros.

No encerramento dos trabalhos - em que estiveram vários convidados, entre outros, o Presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, o deputado do PS, António Martinho, e a dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes», Manuela Batista - usou da palavra Agostinho Lopes, membro da Comissão Política do PCP. Este dirigente comunista apontou o fracasso da governação PS, que considerou muito semelhante no essencial à anterior política do PSD, e destacou os valores e potencialidades da região, referindo a importância para a economia nacional da Região Demarcada do Douro, das produções vinícolas, de azeite, cereais, fruta, animal e outras que no entender do PCP estão subaproveitadas.

«Avante!» Nº 1321 - 25.Março.1999

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