Gente

13-09-1999
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Espera pela bancada...

JÁ NÃO basta ao PS a afamada questão das quotas de participação feminina nos cargos de responsabilidade política. O partido de António Guterres anda em maré de «estica e alarga». Há semanas, o rol de deputados socialistas andou nas bocas do país por conta de Manuel Ferreira Jerónimo, mais conhecido por «Manuel 25». O seu lugar nas listas não o tornava elegível, mas eis que uma contravolta do destino lhe deu posição, fama e assento parlamentar. Tomou posse na semana passada e escolheu um lugar com vista para Almeida Santos. Gente registou o assento e o deputado. Agora é só esperar pela pancada, perdão, bancada.

Uma surpresa chamada Carvalhas

NA GALA dos «25 Anos, 25 Nomes» do EXPRESSO, no Coliseu dos Recreios, além dos homenageados, muitos outros «nomes» concentraram as atenções do público e das câmaras. Como a «desconhecida» Raquel Carvalhas, que, entre as inúmeras personalidades presentes, muito contribuiu para evidenciar a rara ou sempre discreta participação do secretário-geral do PCP em eventos de natureza social. Acompanhante de Carlos Carvalhas na Gala do EXPRESSO, a vistosa filha mais velha do líder comunista suscitou a curiosidade natural da plateia. Que o digam António Guterres e Marcelo Rebelo de Sousa, a quem a jovem bióloga deu uma autêntica «lição» sobre clonagem numa prolongada conversa. De tal forma eloquente que um deles terá mesmo dito a Carvalhas (pai) que, com uma especialista destas na família, bem pode olhar para o exemplo da ovelha «Dolly» e encontrar a solução para o tresmalhamento progressivo no rebanho comunista.

Os filhos da América

EM MATÉRIA de descendência, Gente também não pode deixar de fazer um outro registo. Desta vez, relativo aos filhos mais velhos de António Guterres e de Marcelo Rebelo de Sousa. Já não bastava aos líderes da «maioria rosa» e da oposição as cada vez mais esbatidas diferenças nas propostas políticas dos respectivos partidos (e o apoio mais ou menos formal na muleta do PP), que agora ainda os une a vocação transatlântica dos respectivos varões. Pedro Guterres já há tempos optou pelos Estados Unidos da América e pelo trabalho na empresa Merrill Lynch. Nuno Rebelo de Sousa segue-lhe agora a rota. O filho de Marcelo vai trabalhar para um banco em São Paulo, no Brasil, e, depois do casamento já agendado para Setembro (data inoportuna para o pai, certamente mais preocupado com as legislativas), também há-de ir para os Estados Unidos, em 2000 e por dois anos, tirar um doutoramento numa universidade norte-americana.

Em Lisboa, a pensar no Porto

MANUEL Alves Monteiro é o próximo reforço de tomo da CPLPP (Clube dos Portuenses em Lisboa a Pensar no Porto), a comunidade de portuenses emigrados na capital que se reúne regularmente à mesa em jantares de índole fraterna e conspirativa. O dinâmico administrador delegado da Bolsa de Derivados do Porto saiu vencedor de um prolongado braço-de-ferro com o seu homólogo da Bolsa de Valores de Lisboa, e é o nome favorito dos corretores para suceder a Pestana Teixeira. «Né» Alves Monteiro já teve um talher à mesa no último jantar lisboeta da diáspora portuense, que reuniu no Spazio Evasione alguns dos seus particulares amigos, como Humberto de Sousa, administrador do Banco Finantia, «Freddy» Antas Telles, responsável pela área internacional da Caixa Geral de Depósitos, Jorge Armindo, presidente da Portucel, e o bem-humorado secretário de Estado das Comunidades (tinha de ser), José Lello.

Tal mãe, tal filho

ESTÁ provado que o ADN existe. Está nos genes o segredo da genica de António Cardoso e Cunha, o engenheiro que aos 62 anos, despedido do lugar de comissário da Expo, iniciou uma intensa actividade empresarial repartida entre a nova marina de Portimão, cervejeiras em Bissau e Moçambique e exploração de campos de algodão em Nampula. A mãe, Maria Beatriz, apesar dos seus 92 anos, é senhora de grande actividade e familiar com as novas tecnologias - usa e abusa do telemóvel que o filho lhe deu de presente no Natal.

A menina dos olhos de Ernâni

ERNÂNI Lopes tem uma imagem pública de homem austero, sólido nas convicções e firme nas decisões. Mas por baixo desta máscara está alguém com excelente sentido de humor e capaz de se comover até às lágrimas. Foi o que aconteceu recentemente, quando uma das filhas de Ernâni, Maria de seu nome, médica de profissão, ingressou na Força Aérea e jurou bandeira. O ex-ministro das Finanças de Mário Soares, que por estar adoentado se encontrava no país, ao contrário do que esperava devido a compromissos que assumira muito antes, pôde assim assistir à cerimónia. Esta semana confidenciava a um grupo de jornalistas com quem se reuniu para anunciar mais um seminário da SaeR, a empresa que dirige: «Confesso que fiquei comovi... comovi... enternecido. E coibi-me de lhe dizer que era a mais bonita. Mas era». Disse-o com um ar tão enlevado, que Gente não tem dúvidas: Maria era mesmo a tenente mais bonita do curso.

Venham mais cinco

A FAMÍLIA Tallon atravessa um momento de franca expansão. Catarina Fortunato de Almeida está terminalmente grávida de um Rafael, estando o parto aprazado para o próximo mês de Fevereiro. Com este nascimento eleva-se para cinco (dois do primeiro casamento andaluz, três do matrimónio lisboeta) a prole do médico que está a tornar Portugal mais leve. O famoso médico anda radiante e arrisca ser a mais inesperada pessoa a não caber em si... de contente. Já se diz por graça que Tallon, que veio para Portugal fazer fortuna à conta de tornar os gordos bem magros e se atira agora para uma carreira internacional no ramo, é tão bom, tão bom que a única coisa que consegue engrossar é a própria família. Parabéns.

Surpreenda os leões, presidente!

JOSÉ Roquette passa por uma fase menos boa na presidência do Sporting. As suas ideias vão fazendo vencimento, mas alguns dos seus indefectíveis ficam pelo caminho e, em surdina, já começam a ouvir-se alguns sinais de crítica, embora ainda não de oposição. Na última assembleia geral procedeu-se mesmo a uma manipulação, à boa maneira dos anos quentes de 75. Em vez de se discutir o futebol logo de entrada, passou-se esse ponto da ordem de trabalhos para o fim (por proposta de um sócio, logo aprovada), pelo que só foi debatido cerca da uma da manhã, quando não haveria mais de uma centena de associados no pavilhão. E um assunto tão quente como esse passou a ser frio, muito frio... Esta semana, Roquette surpreendeu tudo e todos ao declarar que o Sporting está de luto pelo futebol nacional, vai colocar a bandeira a meia haste e os jogadores vão treinar e jogar com um fumo preto nas camisolas. A medida pode chamar a atenção, mas nem serve para recuperar os pontos que os árbitros tiraram ao Sporting nem para fazer esquecer que este ano os verdes-e-brancos já nada podem ganhar. Por isso, alguém dizia, no final da assembleia geral, esperar que o presidente surpreendesse os sportinguistas não com lutos mas com contratações. De Sá Pinto, Dani ou Luís Boa Morte. Isso daria mais ânimo aos de Alvalade do que todos os lutos que se possam decretar ou todos os argentinos que se contratem. O luto é tão levado a sério que já corre a piada de que os fãs da Académica irão a Alvalade no domingo vestidos de sportinguistas. É uma questão de equilíbrio...

Parquímetros contra-relógios

A Assembleia Municipal da edilidade lisboeta aprovou terça-feira os novos preços para os parquímetros e deixou nas mãos da EMEL-Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa a tarefa de dividir a cidade em duas zonas. A «A», que inclui a Baixa e as principais avenidas, implica 100 escudos à hora ou 400 por três horas. A «B», que trata de todo o resto da cidade, prevê 85 e 310 escudos pelos respectivos períodos de tempo. A Câmara anda contente, até porque os preços dos parquímetros sofrem aqui o primeiro aumento desde a criação das suas «zonas de influência», em 1995. Para dar a ideia de que nem tudo é mau para o mais incauto dos condutores, a edilidade promete mais 7 mil lugares devidamente regimentados até ao final do ano. Neste momento, Lisboa conta com 23 mil lugares de estacionamento pago. Resta saber quantas horas de trabalho se gastarão a ir «pôr moedas no carro».

Gripado mas feliz

LUÍS Filipe Menezes já se arrependeu mil vezes de ter escolhido a ilha do Sal como destino para uma falhada tentativa de férias ao sol em Janeiro. As fortes ventanias que se fizeram sentir estiveram na origem de uma arreliadora gripe que vitimou o presidente da Câmara de Gaia. Apesar de convalescente e de não estar orgulhoso de vir engripado das férias tropicais, Menezes anda bem disposto, porque, pela primeira vez há muitos e longos anos, está dispensado da espinhosa tarefa de arranjar inimigos e conflitos fazendo a lista de candidatos a deputados do Porto às legislativas e indicando o nomeado laranja portuense que vai ser eurodeputado. Essa borrasca não está sobre os céus de Gaia. Paira sobre Gondomar e está estacionada mesmo por cima da cabeça do major Valentim Loureiro. Mesmo adoentado, Menezes deu por si metido noutro sarilho: os construtores civis da região querem saber que ordenamento do território é aquele à moda de Gaia.

Aliviada

Ágata foi esta semana à «máquina do fiambre». O cirurgião plástico portuense Francisco Campos aliviou a vedeta pop de excessos localizados na região abdominal, depois de recentemente ter diminuído o perímetro das suas coxas.

Nariz

O neurocirurgião reformado Rocha Melo acaba de descobrir tardiamente (já dobrou o cabo dos 70) ser possuidor de inusitadas potencialidades no domínio da enologia. O médico é frequentador assíduo de cursos para ocupar os tempos livres, tendo-se distinguido nos de jardinagem e enologia. Apesar de abstémio, o seu nariz foi elogiado pelos mestres enólogos.

Depósito

Os presidentes dos Conselhos de Administração e Consultivo do Banco Privado vão ao Porto a 26 de Fevereiro. João Rendeiro e Francisco Balsemão assinarão com Jonas Marques Pinto um protocolo nos termos do qual depositam na Fundação de Serralves a colecção de pintura do banco.

Versace

Maria Cândida Morais trocou as garrafas por trapos. A empresária, que abandonou a Barbosa & Almeida depois de a Sonae ter comprado esta vidreira, acaba de assegurar a representação exclusiva para o nosso país das roupas assinadas por Antonio d'Amico, um estilista que se tornou famoso por ter partilhado durante aproximadamente 14 anos a vida e a cama do costureiro italiano Gianni Versace.

Atarefado

Fernando Lima anda mergulhado numa intensa actividade editorial que lhe ocupará o tempo livre até ao ano 2002. Este ano serão publicados os primeiros volumes da sua monumental história do relacionamento entre Pequim e Lisboa a propósito de Macau, obra que está a ser adaptada à televisão (seis episódios de 50 minutos) por Nuno Cintra Torres e irá para o ar na RTP no final do ano, próximo da data de devolução do território à República Popular da China (zero horas de 20 de Dezembro). No ano 2000, o ex-assessor de imprensa de Cavaco vai reduzir a escrito as suas memórias de dez anos em São Bento - obra muito aguardada nos «mentideros» político-jornalísticos.

Espera pela bancada...

JÁ NÃO basta ao PS a afamada questão das quotas de participação feminina nos cargos de responsabilidade política. O partido de António Guterres anda em maré de «estica e alarga». Há semanas, o rol de deputados socialistas andou nas bocas do país por conta de Manuel Ferreira Jerónimo, mais conhecido por «Manuel 25». O seu lugar nas listas não o tornava elegível, mas eis que uma contravolta do destino lhe deu posição, fama e assento parlamentar. Tomou posse na semana passada e escolheu um lugar com vista para Almeida Santos. Gente registou o assento e o deputado. Agora é só esperar pela pancada, perdão, bancada.

Uma surpresa chamada Carvalhas

NA GALA dos «25 Anos, 25 Nomes» do EXPRESSO, no Coliseu dos Recreios, além dos homenageados, muitos outros «nomes» concentraram as atenções do público e das câmaras. Como a «desconhecida» Raquel Carvalhas, que, entre as inúmeras personalidades presentes, muito contribuiu para evidenciar a rara ou sempre discreta participação do secretário-geral do PCP em eventos de natureza social. Acompanhante de Carlos Carvalhas na Gala do EXPRESSO, a vistosa filha mais velha do líder comunista suscitou a curiosidade natural da plateia. Que o digam António Guterres e Marcelo Rebelo de Sousa, a quem a jovem bióloga deu uma autêntica «lição» sobre clonagem numa prolongada conversa. De tal forma eloquente que um deles terá mesmo dito a Carvalhas (pai) que, com uma especialista destas na família, bem pode olhar para o exemplo da ovelha «Dolly» e encontrar a solução para o tresmalhamento progressivo no rebanho comunista.

Os filhos da América

EM MATÉRIA de descendência, Gente também não pode deixar de fazer um outro registo. Desta vez, relativo aos filhos mais velhos de António Guterres e de Marcelo Rebelo de Sousa. Já não bastava aos líderes da «maioria rosa» e da oposição as cada vez mais esbatidas diferenças nas propostas políticas dos respectivos partidos (e o apoio mais ou menos formal na muleta do PP), que agora ainda os une a vocação transatlântica dos respectivos varões. Pedro Guterres já há tempos optou pelos Estados Unidos da América e pelo trabalho na empresa Merrill Lynch. Nuno Rebelo de Sousa segue-lhe agora a rota. O filho de Marcelo vai trabalhar para um banco em São Paulo, no Brasil, e, depois do casamento já agendado para Setembro (data inoportuna para o pai, certamente mais preocupado com as legislativas), também há-de ir para os Estados Unidos, em 2000 e por dois anos, tirar um doutoramento numa universidade norte-americana.

Em Lisboa, a pensar no Porto

MANUEL Alves Monteiro é o próximo reforço de tomo da CPLPP (Clube dos Portuenses em Lisboa a Pensar no Porto), a comunidade de portuenses emigrados na capital que se reúne regularmente à mesa em jantares de índole fraterna e conspirativa. O dinâmico administrador delegado da Bolsa de Derivados do Porto saiu vencedor de um prolongado braço-de-ferro com o seu homólogo da Bolsa de Valores de Lisboa, e é o nome favorito dos corretores para suceder a Pestana Teixeira. «Né» Alves Monteiro já teve um talher à mesa no último jantar lisboeta da diáspora portuense, que reuniu no Spazio Evasione alguns dos seus particulares amigos, como Humberto de Sousa, administrador do Banco Finantia, «Freddy» Antas Telles, responsável pela área internacional da Caixa Geral de Depósitos, Jorge Armindo, presidente da Portucel, e o bem-humorado secretário de Estado das Comunidades (tinha de ser), José Lello.

Tal mãe, tal filho

ESTÁ provado que o ADN existe. Está nos genes o segredo da genica de António Cardoso e Cunha, o engenheiro que aos 62 anos, despedido do lugar de comissário da Expo, iniciou uma intensa actividade empresarial repartida entre a nova marina de Portimão, cervejeiras em Bissau e Moçambique e exploração de campos de algodão em Nampula. A mãe, Maria Beatriz, apesar dos seus 92 anos, é senhora de grande actividade e familiar com as novas tecnologias - usa e abusa do telemóvel que o filho lhe deu de presente no Natal.

A menina dos olhos de Ernâni

ERNÂNI Lopes tem uma imagem pública de homem austero, sólido nas convicções e firme nas decisões. Mas por baixo desta máscara está alguém com excelente sentido de humor e capaz de se comover até às lágrimas. Foi o que aconteceu recentemente, quando uma das filhas de Ernâni, Maria de seu nome, médica de profissão, ingressou na Força Aérea e jurou bandeira. O ex-ministro das Finanças de Mário Soares, que por estar adoentado se encontrava no país, ao contrário do que esperava devido a compromissos que assumira muito antes, pôde assim assistir à cerimónia. Esta semana confidenciava a um grupo de jornalistas com quem se reuniu para anunciar mais um seminário da SaeR, a empresa que dirige: «Confesso que fiquei comovi... comovi... enternecido. E coibi-me de lhe dizer que era a mais bonita. Mas era». Disse-o com um ar tão enlevado, que Gente não tem dúvidas: Maria era mesmo a tenente mais bonita do curso.

Venham mais cinco

A FAMÍLIA Tallon atravessa um momento de franca expansão. Catarina Fortunato de Almeida está terminalmente grávida de um Rafael, estando o parto aprazado para o próximo mês de Fevereiro. Com este nascimento eleva-se para cinco (dois do primeiro casamento andaluz, três do matrimónio lisboeta) a prole do médico que está a tornar Portugal mais leve. O famoso médico anda radiante e arrisca ser a mais inesperada pessoa a não caber em si... de contente. Já se diz por graça que Tallon, que veio para Portugal fazer fortuna à conta de tornar os gordos bem magros e se atira agora para uma carreira internacional no ramo, é tão bom, tão bom que a única coisa que consegue engrossar é a própria família. Parabéns.

Surpreenda os leões, presidente!

JOSÉ Roquette passa por uma fase menos boa na presidência do Sporting. As suas ideias vão fazendo vencimento, mas alguns dos seus indefectíveis ficam pelo caminho e, em surdina, já começam a ouvir-se alguns sinais de crítica, embora ainda não de oposição. Na última assembleia geral procedeu-se mesmo a uma manipulação, à boa maneira dos anos quentes de 75. Em vez de se discutir o futebol logo de entrada, passou-se esse ponto da ordem de trabalhos para o fim (por proposta de um sócio, logo aprovada), pelo que só foi debatido cerca da uma da manhã, quando não haveria mais de uma centena de associados no pavilhão. E um assunto tão quente como esse passou a ser frio, muito frio... Esta semana, Roquette surpreendeu tudo e todos ao declarar que o Sporting está de luto pelo futebol nacional, vai colocar a bandeira a meia haste e os jogadores vão treinar e jogar com um fumo preto nas camisolas. A medida pode chamar a atenção, mas nem serve para recuperar os pontos que os árbitros tiraram ao Sporting nem para fazer esquecer que este ano os verdes-e-brancos já nada podem ganhar. Por isso, alguém dizia, no final da assembleia geral, esperar que o presidente surpreendesse os sportinguistas não com lutos mas com contratações. De Sá Pinto, Dani ou Luís Boa Morte. Isso daria mais ânimo aos de Alvalade do que todos os lutos que se possam decretar ou todos os argentinos que se contratem. O luto é tão levado a sério que já corre a piada de que os fãs da Académica irão a Alvalade no domingo vestidos de sportinguistas. É uma questão de equilíbrio...

Parquímetros contra-relógios

A Assembleia Municipal da edilidade lisboeta aprovou terça-feira os novos preços para os parquímetros e deixou nas mãos da EMEL-Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa a tarefa de dividir a cidade em duas zonas. A «A», que inclui a Baixa e as principais avenidas, implica 100 escudos à hora ou 400 por três horas. A «B», que trata de todo o resto da cidade, prevê 85 e 310 escudos pelos respectivos períodos de tempo. A Câmara anda contente, até porque os preços dos parquímetros sofrem aqui o primeiro aumento desde a criação das suas «zonas de influência», em 1995. Para dar a ideia de que nem tudo é mau para o mais incauto dos condutores, a edilidade promete mais 7 mil lugares devidamente regimentados até ao final do ano. Neste momento, Lisboa conta com 23 mil lugares de estacionamento pago. Resta saber quantas horas de trabalho se gastarão a ir «pôr moedas no carro».

Gripado mas feliz

LUÍS Filipe Menezes já se arrependeu mil vezes de ter escolhido a ilha do Sal como destino para uma falhada tentativa de férias ao sol em Janeiro. As fortes ventanias que se fizeram sentir estiveram na origem de uma arreliadora gripe que vitimou o presidente da Câmara de Gaia. Apesar de convalescente e de não estar orgulhoso de vir engripado das férias tropicais, Menezes anda bem disposto, porque, pela primeira vez há muitos e longos anos, está dispensado da espinhosa tarefa de arranjar inimigos e conflitos fazendo a lista de candidatos a deputados do Porto às legislativas e indicando o nomeado laranja portuense que vai ser eurodeputado. Essa borrasca não está sobre os céus de Gaia. Paira sobre Gondomar e está estacionada mesmo por cima da cabeça do major Valentim Loureiro. Mesmo adoentado, Menezes deu por si metido noutro sarilho: os construtores civis da região querem saber que ordenamento do território é aquele à moda de Gaia.

Aliviada

Ágata foi esta semana à «máquina do fiambre». O cirurgião plástico portuense Francisco Campos aliviou a vedeta pop de excessos localizados na região abdominal, depois de recentemente ter diminuído o perímetro das suas coxas.

Nariz

O neurocirurgião reformado Rocha Melo acaba de descobrir tardiamente (já dobrou o cabo dos 70) ser possuidor de inusitadas potencialidades no domínio da enologia. O médico é frequentador assíduo de cursos para ocupar os tempos livres, tendo-se distinguido nos de jardinagem e enologia. Apesar de abstémio, o seu nariz foi elogiado pelos mestres enólogos.

Depósito

Os presidentes dos Conselhos de Administração e Consultivo do Banco Privado vão ao Porto a 26 de Fevereiro. João Rendeiro e Francisco Balsemão assinarão com Jonas Marques Pinto um protocolo nos termos do qual depositam na Fundação de Serralves a colecção de pintura do banco.

Versace

Maria Cândida Morais trocou as garrafas por trapos. A empresária, que abandonou a Barbosa & Almeida depois de a Sonae ter comprado esta vidreira, acaba de assegurar a representação exclusiva para o nosso país das roupas assinadas por Antonio d'Amico, um estilista que se tornou famoso por ter partilhado durante aproximadamente 14 anos a vida e a cama do costureiro italiano Gianni Versace.

Atarefado

Fernando Lima anda mergulhado numa intensa actividade editorial que lhe ocupará o tempo livre até ao ano 2002. Este ano serão publicados os primeiros volumes da sua monumental história do relacionamento entre Pequim e Lisboa a propósito de Macau, obra que está a ser adaptada à televisão (seis episódios de 50 minutos) por Nuno Cintra Torres e irá para o ar na RTP no final do ano, próximo da data de devolução do território à República Popular da China (zero horas de 20 de Dezembro). No ano 2000, o ex-assessor de imprensa de Cavaco vai reduzir a escrito as suas memórias de dez anos em São Bento - obra muito aguardada nos «mentideros» político-jornalísticos.

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