Marcelo e Capucho à beira da ruptura

04-09-1999
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Marcelo Rebelo de Sousa

A RUPTURA de relações entre o líder do PSD e o secretário-geral do partido esteve à beira de acontecer esta semana. Segundo apurou o EXPRESSO, António Capucho queixa-se pela forma como tem sido ignorado no processo de constituição da Alternativa Democrática. A gota de água foi a sucessão de iniciativas conjuntas PSD-PP no último fim-de-semana, desconhecidas de Capucho, e a simultânea publicação de notícias alertando para a eventualidade de uma cimeira temática Marcelo-Portas - depois de o secretário-geral ter assegurado à comunicação social que só haveria novo encontro entre os dois líderes para discussão das linhas programáticas da AD.

António Capucho

Só as garantias dadas pelo líder do PSD à Comissão Permanente, na quarta-feira, de que um novo encontro com Portas apenas ocorreria quando estivesse concluído o documento das bases programáticas da AD, estancaram a «crise». Resta saber até quando, já que vêm sendo frequentes as dissonâncias entre o secretário-geral e o líder do PSD. Em Julho, Capucho foi surpreendido pela confirmação de uma cimeira Marcelo-Portas - quando ele próprio a desmentira publicamente. Em Outubro, foi a vez de Marcelo ficar incomodado com uma declaração do secretário-geral em que este admitia, contrariando as teses oficiais, que o PSD poderia chumbar o Orçamento de Estado na especialidade. Em Novembro, Capucho voltou a embaraçar o presidente do PSD ao afirmar que o PP não teria direito a quaisquer cabeças-de-lista nas legislativas. E, por último, na semana passada, foi patente a dessintonia quando Capucho, aparentemente contrariando Marcelo, referiu o apoio do Presidente da República à ideia de eleições simultâneas em Junho.

Marcelo e Capucho à beira da ruptura

Crise congelada no PSD

Marcelo Rebelo de Sousa

A RUPTURA de relações entre o líder do PSD e o secretário-geral do partido esteve à beira de acontecer esta semana. Segundo apurou o EXPRESSO, António Capucho queixa-se pela forma como tem sido ignorado no processo de constituição da Alternativa Democrática. A gota de água foi a sucessão de iniciativas conjuntas PSD-PP no último fim-de-semana, desconhecidas de Capucho, e a simultânea publicação de notícias alertando para a eventualidade de uma cimeira temática Marcelo-Portas - depois de o secretário-geral ter assegurado à comunicação social que só haveria novo encontro entre os dois líderes para discussão das linhas programáticas da AD.

António Capucho

Só as garantias dadas pelo líder do PSD à Comissão Permanente, na quarta-feira, de que um novo encontro com Portas apenas ocorreria quando estivesse concluído o documento das bases programáticas da AD, estancaram a «crise». Resta saber até quando, já que vêm sendo frequentes as dissonâncias entre o secretário-geral e o líder do PSD. Em Julho, Capucho foi surpreendido pela confirmação de uma cimeira Marcelo-Portas - quando ele próprio a desmentira publicamente. Em Outubro, foi a vez de Marcelo ficar incomodado com uma declaração do secretário-geral em que este admitia, contrariando as teses oficiais, que o PSD poderia chumbar o Orçamento de Estado na especialidade. Em Novembro, Capucho voltou a embaraçar o presidente do PSD ao afirmar que o PP não teria direito a quaisquer cabeças-de-lista nas legislativas. E, por último, na semana passada, foi patente a dessintonia quando Capucho, aparentemente contrariando Marcelo, referiu o apoio do Presidente da República à ideia de eleições simultâneas em Junho.

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Crise congelada no PSD

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