DN-Sociedade

02-11-1996
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XEQUE À FORMAÇÃO EM AVEIRO

Os responsáveis pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Aveiro foram acusados pelo deputado socialista Afonso Candal, eleito naquele distrito, de defraudar as expectativas dos potenciais formandos ao anunciar cursos que não eram ali ministrados. As dificuldades de instalação do IEFP, na antiga fábrica Jerónimo Campos, poderão estar na base desta situação.

Inaugurado em Agosto de 1995, com equipamento emprestado, só agora começa a ser dotado das condições mínimas para desenvolver as actividades para que se encontra vocacionado.

«Arrancou com as acções possíveis, mas não esteve parado», garantiu o director regional do Centro, Gil Leitão.

Esta é a resposta possível depois do deputado Afonso Candal ter dado entrada na Assembleia da República com um requerimento a pedir informações à ministra do Emprego, Maria João Rodrigues.

O socialista aveirense quis saber se a tutela conhecia a divulgação de panfletos em vésperas de eleições legislativas onde constavam acções que nunca se iniciaram e «qual o responsável directo por esta manifesta fraude».

Em Junho passado, nenhum dos cursos previstos para 1996 fora iniciado. O que, segundo o parlamentar, tornava «aparentemente injustificável» a subdelegação de competências em Romão Machado, actual director do Centro de Formação Profissional (CFP) de Aveiro, «premiado por, entretanto, ter repetido a proeza».

O destino das verbas aos cursos-«fantasmas» e o futuro traçado para o centro de formação profissional foram outras das questões colocadas.

O director regional do Centro do IEFP antecipou, em comunicado, parte das respostas.

Quanto à impossibilidade de colocar as secções a funcionar em tempo útil recorda que «cabia à tutela da altura e à comissão executiva a abertura dos concursos internacionais».

Foi o adiamento dos procedimentos administrativos que condicionou a execução do plano de actividades e orçamento de 1996. Sem o equipamento necessário, o programa teve de ser alterado.

Gil Leitão esclarece que «o facto de existir um orçamento não significa que o dinheiro tivesse sido transferido na íntegra para a gestão directa do CFP».

Como tal, as «acções de formação não cabimentadas de acordo com normas de execução do IEFP não deram origem a despesas nem a quaisquer despesas de fundos».

Considera mesmo «incorrecto e totalmente injusto falar-se ou insinuar-se a utilização indevida de verbas.»

A substituição do anterior delegado é explicada pelo facto de a sua comissão ter chegado ao fim, bem como pela definição de uma nova política para a formação profissional.

Nos últimos dias foram instalados os equipamentos necessários para permitir o funcionamento das secções de carpintaria/marcenaria, cerâmica, meteorologia e ensaios mecânicos, hidráulica/pneumática, metalomecânica, canalizações e cabeleireiros.

Cursos em marcha

O curso de carpinteiros já arrancou, estando previsto o início de acções de qualificação para cabeleireiros e desenhadores de máquinas, bem como de sistemas de aprendizagem nas áreas da manutenção industrial, mecânica de automóveis, técnicas de laboratório e qualidade.

Desde o início do ano que ali decorrem cursos de qualificação para técnicos administradores e desenhadores de construção civil, para além de seis turmas do sistema de aprendizagem num total de 120 formandos.

A direcção regional do Centro do IEFP lembra ainda outras acções, entre as quais exposições relativas à avaliação dos programas comunitários Horizon, Now e Euroform e o III Salão de Orientação Escolar e Profissional, que levou à cidade mais de cem mil visitantes.

Até ao final do ano, o CFP de Aveiro terá em funcionamento 18 acções envolvendo 280 formandos, embora as instalações estejam dimensionadas para mais de 500 a distribuir por 12 grandes áreas de formação.

Decorre, entretanto, o concurso internacional para a aquisição de equipamento para acção de informática, seguindo-se outros destinados a equipar as secções de frio e climatização, áudio, TV e vídeo e controlo numérico computadorizado.

XEQUE À FORMAÇÃO EM AVEIRO

Os responsáveis pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Aveiro foram acusados pelo deputado socialista Afonso Candal, eleito naquele distrito, de defraudar as expectativas dos potenciais formandos ao anunciar cursos que não eram ali ministrados. As dificuldades de instalação do IEFP, na antiga fábrica Jerónimo Campos, poderão estar na base desta situação.

Inaugurado em Agosto de 1995, com equipamento emprestado, só agora começa a ser dotado das condições mínimas para desenvolver as actividades para que se encontra vocacionado.

«Arrancou com as acções possíveis, mas não esteve parado», garantiu o director regional do Centro, Gil Leitão.

Esta é a resposta possível depois do deputado Afonso Candal ter dado entrada na Assembleia da República com um requerimento a pedir informações à ministra do Emprego, Maria João Rodrigues.

O socialista aveirense quis saber se a tutela conhecia a divulgação de panfletos em vésperas de eleições legislativas onde constavam acções que nunca se iniciaram e «qual o responsável directo por esta manifesta fraude».

Em Junho passado, nenhum dos cursos previstos para 1996 fora iniciado. O que, segundo o parlamentar, tornava «aparentemente injustificável» a subdelegação de competências em Romão Machado, actual director do Centro de Formação Profissional (CFP) de Aveiro, «premiado por, entretanto, ter repetido a proeza».

O destino das verbas aos cursos-«fantasmas» e o futuro traçado para o centro de formação profissional foram outras das questões colocadas.

O director regional do Centro do IEFP antecipou, em comunicado, parte das respostas.

Quanto à impossibilidade de colocar as secções a funcionar em tempo útil recorda que «cabia à tutela da altura e à comissão executiva a abertura dos concursos internacionais».

Foi o adiamento dos procedimentos administrativos que condicionou a execução do plano de actividades e orçamento de 1996. Sem o equipamento necessário, o programa teve de ser alterado.

Gil Leitão esclarece que «o facto de existir um orçamento não significa que o dinheiro tivesse sido transferido na íntegra para a gestão directa do CFP».

Como tal, as «acções de formação não cabimentadas de acordo com normas de execução do IEFP não deram origem a despesas nem a quaisquer despesas de fundos».

Considera mesmo «incorrecto e totalmente injusto falar-se ou insinuar-se a utilização indevida de verbas.»

A substituição do anterior delegado é explicada pelo facto de a sua comissão ter chegado ao fim, bem como pela definição de uma nova política para a formação profissional.

Nos últimos dias foram instalados os equipamentos necessários para permitir o funcionamento das secções de carpintaria/marcenaria, cerâmica, meteorologia e ensaios mecânicos, hidráulica/pneumática, metalomecânica, canalizações e cabeleireiros.

Cursos em marcha

O curso de carpinteiros já arrancou, estando previsto o início de acções de qualificação para cabeleireiros e desenhadores de máquinas, bem como de sistemas de aprendizagem nas áreas da manutenção industrial, mecânica de automóveis, técnicas de laboratório e qualidade.

Desde o início do ano que ali decorrem cursos de qualificação para técnicos administradores e desenhadores de construção civil, para além de seis turmas do sistema de aprendizagem num total de 120 formandos.

A direcção regional do Centro do IEFP lembra ainda outras acções, entre as quais exposições relativas à avaliação dos programas comunitários Horizon, Now e Euroform e o III Salão de Orientação Escolar e Profissional, que levou à cidade mais de cem mil visitantes.

Até ao final do ano, o CFP de Aveiro terá em funcionamento 18 acções envolvendo 280 formandos, embora as instalações estejam dimensionadas para mais de 500 a distribuir por 12 grandes áreas de formação.

Decorre, entretanto, o concurso internacional para a aquisição de equipamento para acção de informática, seguindo-se outros destinados a equipar as secções de frio e climatização, áudio, TV e vídeo e controlo numérico computadorizado.

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