ANF quer farmacêuticos na certificação dos profissionais

14-06-2001
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ANF Quer Farmacêuticos na Certificação dos Profissionais

Quinta-feira, 17 de Maio de 2001

Associação Nacional das Farmácias pronuncia-se sobre a regulamentação das medicinas não convencionais

O presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF) defendeu ontem a inclusão da Ordem dos Farmacêuticos (OF) nos órgãos que irão certificar os profissionais das medicinas alternativas, justificando-a por a matéria abranger igualmente medicamentos. Perante os deputados da comissão parlamentar de Saúde - que debatem na especialidade os projectos de regulamentação das medicinas não convencionais da autoria do BE e do PS, e que começam já a dar sinais de cansaço perante as associações do sector -, João Cordeiro considerou ainda que a Direcção-Geral da Saúde deve ser a entidade a registar quem exerce estas práticas, assegurando a sua qualidade.

E, embora João Cordeiro tenha sublinhado ser "incompreensível para a ANF compreender esta prioridade legislativa, face aos graves problemas que afectam o sector da Saúde", no parecer que entregou aos deputados a homeopatia e a fitoterapia surgem como as primeiras medicinas não convencionais que considera necessário regulamentar. Duas práticas terapêuticas que têm já, em termos de medicamentos, expressão nas farmácias portuguesas, tendo Cordeiro adiantado que "muitos dos medicamentos homeopáticos fazem parte da farmacopeia" de países como a França e a Alemanha.

Associações divididas

Além da ANF, a Frente Unida para a Defesa da Medicina Tradicional e Naturalogia, organização que afirma representar "cerca de 90 por cento" dos profissionais do sector e que se desvinculou recentemente da Federação Nacional das Associações de Medicinas Alternativas Naturais (FNAMAN), esteve também presente na comissão parlamentar. Uma representação igualmente reclamada pela Comissão Coordenadora para a Regulamentação da Naturalogia, nomeada pela FNAMAN em 1999, que foi ouvida pelos deputados na terça-feira.

As divisões que os profissionais do sector têm levado perante os deputados - que vão ouvir, no total, vinte entidades diferentes -, associadas, conforme foi possível à Lusa verificar, ao facto de os mesmos profissionais se dirigirem mais do que uma vez perante a comissão em representação de associações diferentes, está a contribuir para que os deputados comecem a acusar sinais de cansaço e de impaciência. Sentimentos expressos nas audiências às duas associações referidas, levando o presidente da comissão parlamentar de Saúde, o deputado popular Vieira de Castro, a interromper algumas vezes os representantes das organizações, para afirmar que "casamentos e divórcios são com as conservatórias e não com a comissão".

Lusa

ANF Quer Farmacêuticos na Certificação dos Profissionais

Quinta-feira, 17 de Maio de 2001

Associação Nacional das Farmácias pronuncia-se sobre a regulamentação das medicinas não convencionais

O presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF) defendeu ontem a inclusão da Ordem dos Farmacêuticos (OF) nos órgãos que irão certificar os profissionais das medicinas alternativas, justificando-a por a matéria abranger igualmente medicamentos. Perante os deputados da comissão parlamentar de Saúde - que debatem na especialidade os projectos de regulamentação das medicinas não convencionais da autoria do BE e do PS, e que começam já a dar sinais de cansaço perante as associações do sector -, João Cordeiro considerou ainda que a Direcção-Geral da Saúde deve ser a entidade a registar quem exerce estas práticas, assegurando a sua qualidade.

E, embora João Cordeiro tenha sublinhado ser "incompreensível para a ANF compreender esta prioridade legislativa, face aos graves problemas que afectam o sector da Saúde", no parecer que entregou aos deputados a homeopatia e a fitoterapia surgem como as primeiras medicinas não convencionais que considera necessário regulamentar. Duas práticas terapêuticas que têm já, em termos de medicamentos, expressão nas farmácias portuguesas, tendo Cordeiro adiantado que "muitos dos medicamentos homeopáticos fazem parte da farmacopeia" de países como a França e a Alemanha.

Associações divididas

Além da ANF, a Frente Unida para a Defesa da Medicina Tradicional e Naturalogia, organização que afirma representar "cerca de 90 por cento" dos profissionais do sector e que se desvinculou recentemente da Federação Nacional das Associações de Medicinas Alternativas Naturais (FNAMAN), esteve também presente na comissão parlamentar. Uma representação igualmente reclamada pela Comissão Coordenadora para a Regulamentação da Naturalogia, nomeada pela FNAMAN em 1999, que foi ouvida pelos deputados na terça-feira.

As divisões que os profissionais do sector têm levado perante os deputados - que vão ouvir, no total, vinte entidades diferentes -, associadas, conforme foi possível à Lusa verificar, ao facto de os mesmos profissionais se dirigirem mais do que uma vez perante a comissão em representação de associações diferentes, está a contribuir para que os deputados comecem a acusar sinais de cansaço e de impaciência. Sentimentos expressos nas audiências às duas associações referidas, levando o presidente da comissão parlamentar de Saúde, o deputado popular Vieira de Castro, a interromper algumas vezes os representantes das organizações, para afirmar que "casamentos e divórcios são com as conservatórias e não com a comissão".

Lusa

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