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15-06-2001
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Bases do PSD criticam escolhas no distrito de Lisboa 31-MAY-2001

Lusa

Críticas violentas das bases do PSD «saudaram» quarta-feira à noite o anúncio pela presidente da Comissão Política Distrital de Lisboa, Manuela Ferreira Leite, dos nomes dos candidatos do partido às próximas eleições autárquicas na Área Metropolitana da capital.

Na quarta-feira, a dirigente social-democrata quebrou o tabu relativamente às candidaturas do PSD às presidências das Câmaras Municipais da Grande Lisboa que ainda não tinham candidatos oficiais «laranjas», num anúncio que foi acompanhado por um enorme coro de protestos das bases do partido.

Resolvidas as candidaturas a Lisboa (de Santana Lopes), Cascais (António Capucho), Oeiras (Isaltino Morais) e Mafra (Ministro dos Santos), Manuela Ferreira Leite anunciou os candidatos do partido às restantes câmaras e tudo o que conseguiu foi incendiar a reunião da Comissão Política Distrital de Lisboa, com o surgir de fortes críticas e pedidos de impugnação aos nomes designados.

De entre os seis candidatos a igual número de câmaras, apenas Fernando Pereira para Odivelas e Pedro Moutinho para Vila Franca de Xira escaparam às críticas, tendo as restantes concelhias ou secções evitado poupar nos adjectivos para condenar as escolhas de Manuela Ferreira Leite.

Na Amadora, a candidatura de Vieira de Castro, proposta pela Distrital de Lisboa, foi classificada como «indigente» e acusada de ser «um inédito grau de sectarismo interno».

Em declarações à Lusa, Carlos Reis, coordenador de secção autárquica do PSD, disse que a Amadora «não precisa de candidatos pára-quedistas» e reiterou a intenção de levar avante a candidatura de Carlos Santos Silva, recomendada pelo plenário de secção.

Em comunicado, aquela secção afirma não reconhecer a validade de qualquer votação efectuada na Comissão Política Distrital e a sua intenção em impugnar a escolha de Vieira de Castro, acusado por Carlos Reis de ser «um dos piores candidatos de sempre do PSD».

Também a Azambuja reagiu com fortes críticas ao anúncio do nome de Pedro Lynce, tendo o presidente da concelhia, António Jorge Lopes, afirmado à Lusa duvidar que o candidato «alguma vez tenha posto os pés no concelho».

«Vamos impugnar a decisão, começando pelo Conselho de Jurisdição e indo até onde legalmente for possível», defendeu António Jorge Lopes, que reivindicou ser «o único nome sem votos contra nas primárias de Maio de 2000».

Igualmente, as propostas das candidaturas de Fernando Seara para Sintra e de Arménio Santos para Loures não foram recebidas pacificamente, tendo elementos das respectivas estruturas aludido a situações de «jobs for the boys», em declarações feitas sob anonimato à Lusa.

Bases do PSD criticam escolhas no distrito de Lisboa 31-MAY-2001

Lusa

Críticas violentas das bases do PSD «saudaram» quarta-feira à noite o anúncio pela presidente da Comissão Política Distrital de Lisboa, Manuela Ferreira Leite, dos nomes dos candidatos do partido às próximas eleições autárquicas na Área Metropolitana da capital.

Na quarta-feira, a dirigente social-democrata quebrou o tabu relativamente às candidaturas do PSD às presidências das Câmaras Municipais da Grande Lisboa que ainda não tinham candidatos oficiais «laranjas», num anúncio que foi acompanhado por um enorme coro de protestos das bases do partido.

Resolvidas as candidaturas a Lisboa (de Santana Lopes), Cascais (António Capucho), Oeiras (Isaltino Morais) e Mafra (Ministro dos Santos), Manuela Ferreira Leite anunciou os candidatos do partido às restantes câmaras e tudo o que conseguiu foi incendiar a reunião da Comissão Política Distrital de Lisboa, com o surgir de fortes críticas e pedidos de impugnação aos nomes designados.

De entre os seis candidatos a igual número de câmaras, apenas Fernando Pereira para Odivelas e Pedro Moutinho para Vila Franca de Xira escaparam às críticas, tendo as restantes concelhias ou secções evitado poupar nos adjectivos para condenar as escolhas de Manuela Ferreira Leite.

Na Amadora, a candidatura de Vieira de Castro, proposta pela Distrital de Lisboa, foi classificada como «indigente» e acusada de ser «um inédito grau de sectarismo interno».

Em declarações à Lusa, Carlos Reis, coordenador de secção autárquica do PSD, disse que a Amadora «não precisa de candidatos pára-quedistas» e reiterou a intenção de levar avante a candidatura de Carlos Santos Silva, recomendada pelo plenário de secção.

Em comunicado, aquela secção afirma não reconhecer a validade de qualquer votação efectuada na Comissão Política Distrital e a sua intenção em impugnar a escolha de Vieira de Castro, acusado por Carlos Reis de ser «um dos piores candidatos de sempre do PSD».

Também a Azambuja reagiu com fortes críticas ao anúncio do nome de Pedro Lynce, tendo o presidente da concelhia, António Jorge Lopes, afirmado à Lusa duvidar que o candidato «alguma vez tenha posto os pés no concelho».

«Vamos impugnar a decisão, começando pelo Conselho de Jurisdição e indo até onde legalmente for possível», defendeu António Jorge Lopes, que reivindicou ser «o único nome sem votos contra nas primárias de Maio de 2000».

Igualmente, as propostas das candidaturas de Fernando Seara para Sintra e de Arménio Santos para Loures não foram recebidas pacificamente, tendo elementos das respectivas estruturas aludido a situações de «jobs for the boys», em declarações feitas sob anonimato à Lusa.

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