PSD e PP não acreditam nos números

03-04-2001
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PSD e PP Não Acreditam nos Números

Terça-feira, 3 de Abril de 2001

Oposição denuncia "truques estatísticos"

PSD e PP não acreditam nos números sobre criminalidade divulgados ontem pelo ministro da Administração Interna. Para o líder do PSD, Durão Barroso, pretender passar a ideia de que houve um crescimento mínimo da violência é "ridículo", uma vez que a "maior parte dos portugueses já não vai à polícia queixar-se" quando é vítima de um assalto ou agressão. O dirigente partidário deu o exemplo da sua própria família, onde apesar de terem sido vítimas a mulher e os três filhos, apenas por uma das vezes foi apresentada queixa na polícia. Por isso, quando se referiu aos números do relatório, foi lacónico: "Não acredito minimamente neles". Fazendo o paralelo com os dados divulgados pela ministra da Saúde sobre as operações em lista de espera que foram contestados pelos próprios hospitais, Durão acrescentou: "As estatísticas ultrapassam tudo no nosso país".

O CDS-PP, por seu turno, acusou o Governo de fazer "truques estatísticos" ao seleccionar alguns tipos de crime para garantir que a criminalidade está a diminuir ou a estabilizar. Em declarações à Lusa, o porta-voz da comissão directiva, Telmo Correia, afirmou que o Governo "parece não querer reconhecer o aumento preocupante da criminalidade", usando no relatório "truques estatísticos" para "tentar adormecer os portugueses para um problema que é real". Caso disso é a circunstância de o número de crimes participados na PJ ser manifestamente inferior ao "das forças que estão no terreno", disse Telmo Correia, acusando o Governo de usar preferencialmente os primeiros dados.

Para o dirigente nacional do PP, o relatório indicia "sinais preocupantes", apesar do ministro da Administração Interna garantir que apenas a pequena criminalidade aumentou e que o número de ocorrências aumentou em 2000 apenas 0,4 por cento. "Tem claramente aumentado a criminalidade violenta, subiram significativamente os crimes cometidos por "gangs" e menores, que já representam 10 por cento da criminalidade", enumerou Telmo Correia, frisando que o Governo devia tirar destes três sinais "as devidas consequências".

H.P.

PSD e PP Não Acreditam nos Números

Terça-feira, 3 de Abril de 2001

Oposição denuncia "truques estatísticos"

PSD e PP não acreditam nos números sobre criminalidade divulgados ontem pelo ministro da Administração Interna. Para o líder do PSD, Durão Barroso, pretender passar a ideia de que houve um crescimento mínimo da violência é "ridículo", uma vez que a "maior parte dos portugueses já não vai à polícia queixar-se" quando é vítima de um assalto ou agressão. O dirigente partidário deu o exemplo da sua própria família, onde apesar de terem sido vítimas a mulher e os três filhos, apenas por uma das vezes foi apresentada queixa na polícia. Por isso, quando se referiu aos números do relatório, foi lacónico: "Não acredito minimamente neles". Fazendo o paralelo com os dados divulgados pela ministra da Saúde sobre as operações em lista de espera que foram contestados pelos próprios hospitais, Durão acrescentou: "As estatísticas ultrapassam tudo no nosso país".

O CDS-PP, por seu turno, acusou o Governo de fazer "truques estatísticos" ao seleccionar alguns tipos de crime para garantir que a criminalidade está a diminuir ou a estabilizar. Em declarações à Lusa, o porta-voz da comissão directiva, Telmo Correia, afirmou que o Governo "parece não querer reconhecer o aumento preocupante da criminalidade", usando no relatório "truques estatísticos" para "tentar adormecer os portugueses para um problema que é real". Caso disso é a circunstância de o número de crimes participados na PJ ser manifestamente inferior ao "das forças que estão no terreno", disse Telmo Correia, acusando o Governo de usar preferencialmente os primeiros dados.

Para o dirigente nacional do PP, o relatório indicia "sinais preocupantes", apesar do ministro da Administração Interna garantir que apenas a pequena criminalidade aumentou e que o número de ocorrências aumentou em 2000 apenas 0,4 por cento. "Tem claramente aumentado a criminalidade violenta, subiram significativamente os crimes cometidos por "gangs" e menores, que já representam 10 por cento da criminalidade", enumerou Telmo Correia, frisando que o Governo devia tirar destes três sinais "as devidas consequências".

H.P.

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