Municípios da Guarda reclamam crédito bonificado

17-01-2001
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Mau tempo

Municípios da Guarda Reclamam Crédito Bonificado

Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2001

As câmaras de Gouveia e Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, querem uma linha de crédito bonificado para financiar a reparação dos estragos provocados pelo mau tempo das últimas semanas.

O presidente da Câmara de Gouveia, Santinho Pacheco, disse à agência Lusa que a verba de emergência de um milhão de contos no âmbito da Administração Interna é "insuficiente", observando que "só para o distrito da Guarda não chegariam sequer 500 mil contos para cobrir os prejuízos e recuperar os efeitos dos temporais".

Com a linha de crédito, as câmaras assumiriam a reposição dos montantes creditados, devendo "o Governo assumir os juros".

"O índice de destruição e de prejuízos é de tal forma elevado que os municípios não têm por si só capacidade para corresponder às necessidades agora criadas", argumentou. No caso de Gouveia, o mau tempo provocou a destruição de florestas e pinhais, "alguns dos quais ficaram completamente dizimados", designadamente na freguesia de Folgosinho.

Os estragos estenderam-se às estradas de acesso à zona central da serra da Estrela, caminhos rurais, muros, rebentamento de barragens e represas, terras arrastadas pelas torrentes, destruição de produções agrícolas e equipamentos.

Destacou os casos do Pavilhão Desportivo de Gouveia, Estádio Municipal, Parque de Campismo do "Curral do Negro", sendo estimados em 100 mil contos o montante dos prejuízos.

Por seu turno, o presidente da Câmara de Fornos de Algodres, José Miranda, solicitou em ofício ao ministro da Administração Interna, Nuno Severiano Teixeira, que "sejam encontrados mecanismos que permitam aliviar os encargo do município, por exemplo através de linhas de crédito bonificado".

José Miranda afirma que a sua autarquia não tem recursos para enfrentar as despesas provocadas pelo "volume anormal de estragos".

O documento refere que existem pelo menos três estradas cortadas, o pavilhão municipal ficou completamente danificado na cobertura, vários muros de suporte foram destruídos em todas as freguesias, para além de as estradas terem ficado cheias de buracos e algumas delas intransitáveis. Os danos provocados pelos temporais de Dezembro e no decorrer de Janeiro no concelho de Fornos de Algodres estão estimados em 200 mil contos. Miranda apelou ao ministro da Administração Interna para que seja encontrada "uma solução para os municípios que, como Fornos de Algodres, não conseguirão nos próximos tempos dar resposta a tantos problemas se não houver uma colaboração por parte da administração central".

Mau tempo

Municípios da Guarda Reclamam Crédito Bonificado

Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2001

As câmaras de Gouveia e Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, querem uma linha de crédito bonificado para financiar a reparação dos estragos provocados pelo mau tempo das últimas semanas.

O presidente da Câmara de Gouveia, Santinho Pacheco, disse à agência Lusa que a verba de emergência de um milhão de contos no âmbito da Administração Interna é "insuficiente", observando que "só para o distrito da Guarda não chegariam sequer 500 mil contos para cobrir os prejuízos e recuperar os efeitos dos temporais".

Com a linha de crédito, as câmaras assumiriam a reposição dos montantes creditados, devendo "o Governo assumir os juros".

"O índice de destruição e de prejuízos é de tal forma elevado que os municípios não têm por si só capacidade para corresponder às necessidades agora criadas", argumentou. No caso de Gouveia, o mau tempo provocou a destruição de florestas e pinhais, "alguns dos quais ficaram completamente dizimados", designadamente na freguesia de Folgosinho.

Os estragos estenderam-se às estradas de acesso à zona central da serra da Estrela, caminhos rurais, muros, rebentamento de barragens e represas, terras arrastadas pelas torrentes, destruição de produções agrícolas e equipamentos.

Destacou os casos do Pavilhão Desportivo de Gouveia, Estádio Municipal, Parque de Campismo do "Curral do Negro", sendo estimados em 100 mil contos o montante dos prejuízos.

Por seu turno, o presidente da Câmara de Fornos de Algodres, José Miranda, solicitou em ofício ao ministro da Administração Interna, Nuno Severiano Teixeira, que "sejam encontrados mecanismos que permitam aliviar os encargo do município, por exemplo através de linhas de crédito bonificado".

José Miranda afirma que a sua autarquia não tem recursos para enfrentar as despesas provocadas pelo "volume anormal de estragos".

O documento refere que existem pelo menos três estradas cortadas, o pavilhão municipal ficou completamente danificado na cobertura, vários muros de suporte foram destruídos em todas as freguesias, para além de as estradas terem ficado cheias de buracos e algumas delas intransitáveis. Os danos provocados pelos temporais de Dezembro e no decorrer de Janeiro no concelho de Fornos de Algodres estão estimados em 200 mil contos. Miranda apelou ao ministro da Administração Interna para que seja encontrada "uma solução para os municípios que, como Fornos de Algodres, não conseguirão nos próximos tempos dar resposta a tantos problemas se não houver uma colaboração por parte da administração central".

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