EXPRESSO: Cartaz

09-02-2002
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Percursos da guitarra

Simpósio internacional discute as origens e a história da guitarra portuguesa

Teresa Castanheira

O fado está na ordem do dia. Definitivamente, é um tipo de música que encontra eco nas raízes mais profundas da nossa cultura. E a ele está associada a história mais recente da guitarra portuguesa cuja origem é um mistério. A génese deste instrumento remonta ao séc. XVIII, provavelmente numa espécie de derivação da guitarra inglesa, da cítara e da bandurra. Eis uma entre muitas outras questões que serão tema de debate e discussão no Simpósio Internacional da Guitarra Portuguesa que se realizará de 7 a 9 de Setembro na Universidade de Évora.

Esta iniciativa, levada a cabo pelo Departamento de Artes desta Universidade, pretende, numa perspectiva científica, cruzar diferentes abordagens que passam por uma contextualização social e antropológica e uma análise musicológica aprofundada. A comissão científica deste Simpósio é constituída por Rui Vieira Néry, Manuel Morais e Salwa Castelo-Branco. Estão agendadas quatro sessões de trabalho centradas em diferentes áreas, nomeadamente na Musicologia Histórica, Etnomusicologia, Antropologia e Organologia. É pois chegada a altura de fazer o ponto da situação sobre um instrumento tão rico da cultura portuguesa. A sua inegável popularidade, pela divulgação mais recente, enquanto instrumento veiculador do fado, e o seu passado mais longínquo, para muitos ainda desconhecido, traduzido pelo legado de um corpus significativo de vários instrumentos e de um vasto reportório erudito, fazem deste evento um encontro de uma actualidade e pertinência assinaláveis. É tempo de reunir experiências, dados, músicas e estudos científicos sobre a guitarra portuguesa para reforçar a consciência da relevância de tão importante património e tradição musical.

Para complementar esta iniciativa, estará patente no Museu Regional de Évora uma exposição de instrumentos de corda dedilhada dos séculos XVIII e XIX que reúne variadíssimas peças de importantes acervos como o do Museu da Música de Lisboa, o do Museu da Música Portuguesa/Casa Verdades Faria e o do Museu Nacional de Etnologia, assim como de colecções particulares. A 9 de Setembro, pelas 21h, no Teatro Garcia de Resende terá lugar um concerto que conta com a participação dos Bonecos de Santo Aleixo.

Uns dias antes, a Universidade de Évora, que preparou uma «rentrée» em força, tem mais uma palavra a dizer. Logo no início do mês de Setembro, de 1 a 6, promove a XI Semana de Música Antiga Ibérica. Serão ministrados cursos de música de tecla (cravo e órgão) por José Luís González Uriol e João Vaz, baixo contínuo por Ana Mafalda Castro e flauta doce por Pedro Couto Soares. Ao longo destes dias poderá assistir-se a uma série de conferências proferidas por professores desta instituição, nomeadamente Rui Vieira Néry, Manuel Morais, João Pedro Alvarenga e Vanda de Sá.

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Percursos da guitarra

Simpósio internacional discute as origens e a história da guitarra portuguesa

Teresa Castanheira

O fado está na ordem do dia. Definitivamente, é um tipo de música que encontra eco nas raízes mais profundas da nossa cultura. E a ele está associada a história mais recente da guitarra portuguesa cuja origem é um mistério. A génese deste instrumento remonta ao séc. XVIII, provavelmente numa espécie de derivação da guitarra inglesa, da cítara e da bandurra. Eis uma entre muitas outras questões que serão tema de debate e discussão no Simpósio Internacional da Guitarra Portuguesa que se realizará de 7 a 9 de Setembro na Universidade de Évora.

Esta iniciativa, levada a cabo pelo Departamento de Artes desta Universidade, pretende, numa perspectiva científica, cruzar diferentes abordagens que passam por uma contextualização social e antropológica e uma análise musicológica aprofundada. A comissão científica deste Simpósio é constituída por Rui Vieira Néry, Manuel Morais e Salwa Castelo-Branco. Estão agendadas quatro sessões de trabalho centradas em diferentes áreas, nomeadamente na Musicologia Histórica, Etnomusicologia, Antropologia e Organologia. É pois chegada a altura de fazer o ponto da situação sobre um instrumento tão rico da cultura portuguesa. A sua inegável popularidade, pela divulgação mais recente, enquanto instrumento veiculador do fado, e o seu passado mais longínquo, para muitos ainda desconhecido, traduzido pelo legado de um corpus significativo de vários instrumentos e de um vasto reportório erudito, fazem deste evento um encontro de uma actualidade e pertinência assinaláveis. É tempo de reunir experiências, dados, músicas e estudos científicos sobre a guitarra portuguesa para reforçar a consciência da relevância de tão importante património e tradição musical.

Para complementar esta iniciativa, estará patente no Museu Regional de Évora uma exposição de instrumentos de corda dedilhada dos séculos XVIII e XIX que reúne variadíssimas peças de importantes acervos como o do Museu da Música de Lisboa, o do Museu da Música Portuguesa/Casa Verdades Faria e o do Museu Nacional de Etnologia, assim como de colecções particulares. A 9 de Setembro, pelas 21h, no Teatro Garcia de Resende terá lugar um concerto que conta com a participação dos Bonecos de Santo Aleixo.

Uns dias antes, a Universidade de Évora, que preparou uma «rentrée» em força, tem mais uma palavra a dizer. Logo no início do mês de Setembro, de 1 a 6, promove a XI Semana de Música Antiga Ibérica. Serão ministrados cursos de música de tecla (cravo e órgão) por José Luís González Uriol e João Vaz, baixo contínuo por Ana Mafalda Castro e flauta doce por Pedro Couto Soares. Ao longo destes dias poderá assistir-se a uma série de conferências proferidas por professores desta instituição, nomeadamente Rui Vieira Néry, Manuel Morais, João Pedro Alvarenga e Vanda de Sá.

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