Coluna de abertura

09-05-2001
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Coluna de Abertura

Sábado, 21 de Abril de 2001

O Prémio

João Paulo Santos ganha Acarte 2000

"Nunca estou à espera que me dêem prémios. O que me interessa é fazer o meu trabalho." Por entre uma imensa gargalhada, foi assim que o maestro titular do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, João Paulo Santos, reagiu, em declarações ao PÚBLICO, à atribuição do Prémio Acarte 2000/Maria Madalena Azeredo Perdigão.

Na origem da atribuição do galardão, no valor de 1.500 contos, esteve a direcção musical da ópera "The English Cat", de Hanz Werner Henze, com libreto de Edward Blond. O júri destacou o facto do maestro ter contribuído para dar "uma nova luz" à ópera - uma produção conjunta do Teatro da Cornucópia e da Culturporto/Rivoli-Teatro Municipal, numa encenação de Luís Miguel Cintra.

João Paulo Santos, 42 anos, natural de Lisboa, recebeu o prémio, ontem, das mãos de Rui Vilar, administrador da Gulbenkian, numa cerimónia que decorreu na sede da fundação, em Lisboa. Ao PÚBLICO, o maestro manifestou-se satisfeito por três razões. "Primeiro, porque se tratou de um espectáculo só com artistas portugueses, o que é raro e muito importante para mim. Depois, porque a ópera não faz parte de um repertório popular e, entre o elenco, estavam praticamente todas as gerações de cantores portugueses - de Carlos Guilherme a Helena Vieira, passando por Luís Rodrigues e acabando nas estreias de Rui Baeta e Ana Serôdio." Finalmente, remata aquele que é conhecido por maestro "motard", "este trabalho, criado em conjunto, possibilitou construir um espectáculo com pés e cabeça".

Além do maestro, o júri - constituído por Cristina Peres, Luísa Ramos, Maria José Fazenda, Nuno Vieira de Almeida, Nuno Cardoso e Rui Trindade - atribuiu, ainda, duas menções honrosas: a Miguel Pereira pela coreografia de "António Miguel", e a João Galante pela direcção musical em "S. Freud, o Terceiro Ouvido". Carlos Câmara Leme

Sugestões do Dia

Conferência

A Compreensão segundo Rui Vieira Nery e Manuel Villaverde Cabral

O musicólogo Rui Vieira Nery e o sociólogo Manuel Villaverde Cabral são os convidados da última sessão do ciclo "O Pensamento e os seus Objectos", comissariado pelo professor Paulo Tunhas, que se realiza esta tarde no Teatro do Campo Alegre, no Porto. O tema das intervenções de hoje é A Compreensão.

Teatro do Campo Alegre, Porto, 16h. Entrada livre.

Música

"Notas Musicais" com Pedro Burmester

Pedro Burmester, ao piano, e António Saiote, ao clarinete, dão hoje um recital, na Biblioteca Municipal D. Dinis, inserido no ciclo de concertos "Notas Musicais". Serão executadas obras de Camille Saint-Saëns e Leonard Bernstein, entre outros. Este recital faz parte de um conjunto de espectáculos comentados pelo maestro António Vitorino d'Almeida.

Biblioteca Municipal D. Dinis, Odivelas, 16h. Entrada Livre.

Coluna de Abertura

Sábado, 21 de Abril de 2001

O Prémio

João Paulo Santos ganha Acarte 2000

"Nunca estou à espera que me dêem prémios. O que me interessa é fazer o meu trabalho." Por entre uma imensa gargalhada, foi assim que o maestro titular do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, João Paulo Santos, reagiu, em declarações ao PÚBLICO, à atribuição do Prémio Acarte 2000/Maria Madalena Azeredo Perdigão.

Na origem da atribuição do galardão, no valor de 1.500 contos, esteve a direcção musical da ópera "The English Cat", de Hanz Werner Henze, com libreto de Edward Blond. O júri destacou o facto do maestro ter contribuído para dar "uma nova luz" à ópera - uma produção conjunta do Teatro da Cornucópia e da Culturporto/Rivoli-Teatro Municipal, numa encenação de Luís Miguel Cintra.

João Paulo Santos, 42 anos, natural de Lisboa, recebeu o prémio, ontem, das mãos de Rui Vilar, administrador da Gulbenkian, numa cerimónia que decorreu na sede da fundação, em Lisboa. Ao PÚBLICO, o maestro manifestou-se satisfeito por três razões. "Primeiro, porque se tratou de um espectáculo só com artistas portugueses, o que é raro e muito importante para mim. Depois, porque a ópera não faz parte de um repertório popular e, entre o elenco, estavam praticamente todas as gerações de cantores portugueses - de Carlos Guilherme a Helena Vieira, passando por Luís Rodrigues e acabando nas estreias de Rui Baeta e Ana Serôdio." Finalmente, remata aquele que é conhecido por maestro "motard", "este trabalho, criado em conjunto, possibilitou construir um espectáculo com pés e cabeça".

Além do maestro, o júri - constituído por Cristina Peres, Luísa Ramos, Maria José Fazenda, Nuno Vieira de Almeida, Nuno Cardoso e Rui Trindade - atribuiu, ainda, duas menções honrosas: a Miguel Pereira pela coreografia de "António Miguel", e a João Galante pela direcção musical em "S. Freud, o Terceiro Ouvido". Carlos Câmara Leme

Sugestões do Dia

Conferência

A Compreensão segundo Rui Vieira Nery e Manuel Villaverde Cabral

O musicólogo Rui Vieira Nery e o sociólogo Manuel Villaverde Cabral são os convidados da última sessão do ciclo "O Pensamento e os seus Objectos", comissariado pelo professor Paulo Tunhas, que se realiza esta tarde no Teatro do Campo Alegre, no Porto. O tema das intervenções de hoje é A Compreensão.

Teatro do Campo Alegre, Porto, 16h. Entrada livre.

Música

"Notas Musicais" com Pedro Burmester

Pedro Burmester, ao piano, e António Saiote, ao clarinete, dão hoje um recital, na Biblioteca Municipal D. Dinis, inserido no ciclo de concertos "Notas Musicais". Serão executadas obras de Camille Saint-Saëns e Leonard Bernstein, entre outros. Este recital faz parte de um conjunto de espectáculos comentados pelo maestro António Vitorino d'Almeida.

Biblioteca Municipal D. Dinis, Odivelas, 16h. Entrada Livre.

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