Basílio Horta acusa Durão de "tiques de autoritarismo"

11-03-2002
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Basílio Horta Acusa Durão de "Tiques de Autoritarismo"

Por FILOMENA FONTES

Segunda-feira, 4 de Março de 2002

Candidato do CDS-PP pelo Porto promete proposta para desbloquear impasse do estádio das Antas e diz que o "FC Porto tem razões de queixa"

Uma maioria absoluta nas mãos do PSD seria "um perigo nacional". Sem meias palavras, o cabeça de lista do CDS-PP pelo círculo do Porto, Basílio Horta, decidiu ontem exorcizar os demónios de uma eventual bipolarização, desferindo uma série de ataques a Durão Barroso, designadamente o de revelar "tiques de autoritarismo" ao pretender convencer os portugueses de que, se não houver maioria absoluta nas próximas legislativas, o governo não poderá cumprir a legislatura de quatro anos. "Se isto não é um tique autoritário, então não sei o que é autoritarismo. E ele ainda nem tem a maioria, que fará se a tivesse!", acusou.

O ex-líder parlamentar dos populares desafiou mesmo o eleitorado a seguir o rasto dos apoios daqueles que estiveram ao lado do ainda primeiro-ministro nos Estados Gerais, para concluir que "os interesses que se colocaram atrás do engenheiro Guterres e que se empanturraram com os dinheiros públicos já estão do outro lado [PSD], com a agravante da diferença de estilos entre Durão e Guterres".

Simbolicamente, Basílio Horta escolheu o Palácio de Cristal, [onde em 1975 o CDS foi cercado enquanto decorria o seu congresso] para defender as virtudes da liberdade e do pluralismo democrático e condenar, por oposição, "autoritaridades ilimitadas e prepotências". Tratava-se da apresentação dos compromisso do CDS-PP para o distrito do Porto, objectivos que Basílio enunciou sumariamente para logo de seguida trazer à liça a polémica que se instalou em torno do Euro 2004 e do Plano de Pormenor das Antas. E fê-lo, mais uma vez, criticando severamente o PSD. "A imagem que se está a passar, até mesmo para o exterior, é que a guerrilha pessoal, a guerrilha partidária se sobrepõe a tudo. É necessário que haja entendimento, mas o Porto não precisa de pessoas que venham de fora, de tutelas externas para resolver os seus problemas", proclamou. Por isso, despediu intermediários, reprovando abertamente os anunciados propósitos de dirigentes do PSD nesse sentido: "Agradecemos muito ao dr. Santana Lopes e ao dr. Durão Barroso, mas não precisamos que eles venham resolver qualquer problema ao Porto. Era muito mau que tivessemos de recorrer a forças externas, quando ao mesmo tempo se anda a defender a descentralização".

Sem perder de vista a aliança entre CDS-PP e PSD que governa a Câmara do Porto, Basílio Horta anunciou que o seu partido vai apresentar dentro de dias uma proposta para "desbloquear a situação", mas sempre foi dizendo que "O FC Porto tem razões de queixa, porque lhe foram criadas legítimas expectativas". Para Basílio Horta - que diz compreender que "o dr. Rui Rio queira dar uma nova imagem de gestão dos dinheiros públicos" -, há que respeitar compromissos. "Entre pessoas de bem e instituições ques e respeitam, a palavra vale tudo. E as instituições não são as pessoas", advertiu.

Basílio Horta Acusa Durão de "Tiques de Autoritarismo"

Por FILOMENA FONTES

Segunda-feira, 4 de Março de 2002

Candidato do CDS-PP pelo Porto promete proposta para desbloquear impasse do estádio das Antas e diz que o "FC Porto tem razões de queixa"

Uma maioria absoluta nas mãos do PSD seria "um perigo nacional". Sem meias palavras, o cabeça de lista do CDS-PP pelo círculo do Porto, Basílio Horta, decidiu ontem exorcizar os demónios de uma eventual bipolarização, desferindo uma série de ataques a Durão Barroso, designadamente o de revelar "tiques de autoritarismo" ao pretender convencer os portugueses de que, se não houver maioria absoluta nas próximas legislativas, o governo não poderá cumprir a legislatura de quatro anos. "Se isto não é um tique autoritário, então não sei o que é autoritarismo. E ele ainda nem tem a maioria, que fará se a tivesse!", acusou.

O ex-líder parlamentar dos populares desafiou mesmo o eleitorado a seguir o rasto dos apoios daqueles que estiveram ao lado do ainda primeiro-ministro nos Estados Gerais, para concluir que "os interesses que se colocaram atrás do engenheiro Guterres e que se empanturraram com os dinheiros públicos já estão do outro lado [PSD], com a agravante da diferença de estilos entre Durão e Guterres".

Simbolicamente, Basílio Horta escolheu o Palácio de Cristal, [onde em 1975 o CDS foi cercado enquanto decorria o seu congresso] para defender as virtudes da liberdade e do pluralismo democrático e condenar, por oposição, "autoritaridades ilimitadas e prepotências". Tratava-se da apresentação dos compromisso do CDS-PP para o distrito do Porto, objectivos que Basílio enunciou sumariamente para logo de seguida trazer à liça a polémica que se instalou em torno do Euro 2004 e do Plano de Pormenor das Antas. E fê-lo, mais uma vez, criticando severamente o PSD. "A imagem que se está a passar, até mesmo para o exterior, é que a guerrilha pessoal, a guerrilha partidária se sobrepõe a tudo. É necessário que haja entendimento, mas o Porto não precisa de pessoas que venham de fora, de tutelas externas para resolver os seus problemas", proclamou. Por isso, despediu intermediários, reprovando abertamente os anunciados propósitos de dirigentes do PSD nesse sentido: "Agradecemos muito ao dr. Santana Lopes e ao dr. Durão Barroso, mas não precisamos que eles venham resolver qualquer problema ao Porto. Era muito mau que tivessemos de recorrer a forças externas, quando ao mesmo tempo se anda a defender a descentralização".

Sem perder de vista a aliança entre CDS-PP e PSD que governa a Câmara do Porto, Basílio Horta anunciou que o seu partido vai apresentar dentro de dias uma proposta para "desbloquear a situação", mas sempre foi dizendo que "O FC Porto tem razões de queixa, porque lhe foram criadas legítimas expectativas". Para Basílio Horta - que diz compreender que "o dr. Rui Rio queira dar uma nova imagem de gestão dos dinheiros públicos" -, há que respeitar compromissos. "Entre pessoas de bem e instituições ques e respeitam, a palavra vale tudo. E as instituições não são as pessoas", advertiu.

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