A Vitória de Anita
Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2001
Ana Cristina Ribeiro é a presidente da única autarquia que o Bloco de Esquerda conseguiu ganhar. Foi uma vitória esperada, mas nem por isso menos estrondosa, por maioria absoluta, nas seis freguesias do concelho, a desta candidata que concorreu como independente pelo Bloco.
Fernando Rosas passou a noite na sede de candidatura de Anita, como ela é conhecida em Salvaterra, a acompanhar os resultados eleitorais: foi ele que, há um ano, quando passou pelo concelho durante a sua campanha para a Presidência da República, convidou Ana Cristina Ribeiro, eleita pela CDU, a candidatar-se pelo Bloco, capitalizando em favor do movimento o diferendo que opunha a autarca à coligação comunista.
Ana Cristina Ribeiro não era um trunfo a desprezar, já que, em 1997, ela conseguiu derrotar o PS, na Câmara de Salvaterra, conseguindo que a CDU elegesse quatro vereadores, em vez dos dois que tinha anteriormente. Apesar destes resultados, a guerra com o partido que a apoiou cedo começou e foi piorando, com o tempo, até o verniz estalar por completo. Mas ela não é mulher para desistir. Conhece bem o município, onde começou por ser vereadora, tem um passado de sindicalista, é resistente a pressões e muito popular.
Com a eleição de Ana Cristina Ribeiro, o BE conquista a sua primeira e única câmara no país. Francisco Louçã e Miguel Portas consideraram tal vitória como um dos três objectivos do Bloco nestas eleições.
I.B.
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A Vitória de Anita
Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2001
Ana Cristina Ribeiro é a presidente da única autarquia que o Bloco de Esquerda conseguiu ganhar. Foi uma vitória esperada, mas nem por isso menos estrondosa, por maioria absoluta, nas seis freguesias do concelho, a desta candidata que concorreu como independente pelo Bloco.
Fernando Rosas passou a noite na sede de candidatura de Anita, como ela é conhecida em Salvaterra, a acompanhar os resultados eleitorais: foi ele que, há um ano, quando passou pelo concelho durante a sua campanha para a Presidência da República, convidou Ana Cristina Ribeiro, eleita pela CDU, a candidatar-se pelo Bloco, capitalizando em favor do movimento o diferendo que opunha a autarca à coligação comunista.
Ana Cristina Ribeiro não era um trunfo a desprezar, já que, em 1997, ela conseguiu derrotar o PS, na Câmara de Salvaterra, conseguindo que a CDU elegesse quatro vereadores, em vez dos dois que tinha anteriormente. Apesar destes resultados, a guerra com o partido que a apoiou cedo começou e foi piorando, com o tempo, até o verniz estalar por completo. Mas ela não é mulher para desistir. Conhece bem o município, onde começou por ser vereadora, tem um passado de sindicalista, é resistente a pressões e muito popular.
Com a eleição de Ana Cristina Ribeiro, o BE conquista a sua primeira e única câmara no país. Francisco Louçã e Miguel Portas consideraram tal vitória como um dos três objectivos do Bloco nestas eleições.
I.B.