Portugal Online!

23-12-2001
marcar artigo

Diário Económico >>

13 de Dezembro

Autárquicas 2001 - Porto: Cavaco Silva entra na corrida contra Fernando Gomes

Num último esforço para diminuir o diferencial entre as intenções de voto em Rui Rio e Fernando Gomes - patente em todas as sondagens até agora tornadas públicas - o candidato da coligação PSD/PP à autarquia do Porto avançou ontem com mais uma novidade de peso: uma carta escrita por Cavaco Silva, em que o antigo primeiro-ministro manifesta o seu total apoio a Rio. por António Freitas de Sousa «Estou sinceramente convencido que os portuenses terão muito a ganhar com a sua vitória», escreve Cavaco, para, referindo-se directamente a Gomes, adiantar que «os mesmo controlam a Câmara do Porto há demasiado tempo. É chegada a hora de mudar e escolher para presidente um homem com o dinamismo, a criatividade e o espírito lutador de Rui Rio». Confrontado com a missiva pelo Diário Económico, Fernando Gomes limitou-se a comentar que «é muito natural que o antigo primeiro-ministro apoie a candidatura de Rui Rio», até porque outro tanto tinha já feito em relação a Santana Lopes em Lisboa. A candidatura do PS está, contudo, «absolutamente convencida de que este apoio tardio não vai mudar coisa nenhuma». A carta pretende, por um lado, induzir o universo social-democrata a votar no próximo domingo e, por outro, a fazer regressar à coligação a esperança numa vitória que, como adianta Rui Rio, «faria as parangonas de todos os jornais na próxima segunda-feira». Quem não acredita nessas manchetes é Fernando Gomes, que gastou ontem o dia de campanha numa visita à sede de candidatura de Paula Cardoso ao Bonfim, freguesia que o candidato socialista percorreu ao longo da tarde e que constitui uma das mais empobrecidas e degradadas da cidade. Gomes teve oportunidade de, mais uma vez, manifestar descrédito na última sondagem tornada pública - da responsabilidade da Universidade Católica, para o Público, RTP e Antena 1 - segundo a qual a candidatura estaria à beira de perder a maioria absoluta. A acontecer, disse fonte da candidatura, «seria não tanto pelo crescimento das intenções de voto em Rui Rio, mas mais por aquilo que Gomes tem isolado como o seu inimigo público número um: as abstenções». Dando razão a esta análise, Gomes tem-se desdobrado em apelos aos portuenses para que nenhum dos seus apoiantes fique em casa no próximo domingo, ao invés de ir votar. É que o candidato socialista sabe que é ele próprio quem mais tem a perder com a abstenção - que, recorde-se, nas últimas autárquias foi, no concelho do Porto, de mais de 50%. Entretanto, a candidatura de Rui Rio recebeu ontem o parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) sobre a queixa de alegada violação da base de dados da Câmara Municipal do Porto por parte da candidatura socialista para envio de mailings personalizados, segundo o qual aquele organismo decidiu «arquivar o processo, por ter concluído pela não-existência de indícios». Mas a CNPC decidiu também - o que Rio considera uma vitória - que «o processo prosseguirá em relação a irregularidades verificadas em relação ao tratamento de dados pessoais pela campanha de Fernando Gomes e pela Câmara Municipal do Porto». A candidatura de Gomes não quis avançar comentários sobre este assunto. afsousa@economica.iol.pt

Diário Económico >>

13 de Dezembro

Autárquicas 2001 - Porto: Cavaco Silva entra na corrida contra Fernando Gomes

Num último esforço para diminuir o diferencial entre as intenções de voto em Rui Rio e Fernando Gomes - patente em todas as sondagens até agora tornadas públicas - o candidato da coligação PSD/PP à autarquia do Porto avançou ontem com mais uma novidade de peso: uma carta escrita por Cavaco Silva, em que o antigo primeiro-ministro manifesta o seu total apoio a Rio. por António Freitas de Sousa «Estou sinceramente convencido que os portuenses terão muito a ganhar com a sua vitória», escreve Cavaco, para, referindo-se directamente a Gomes, adiantar que «os mesmo controlam a Câmara do Porto há demasiado tempo. É chegada a hora de mudar e escolher para presidente um homem com o dinamismo, a criatividade e o espírito lutador de Rui Rio». Confrontado com a missiva pelo Diário Económico, Fernando Gomes limitou-se a comentar que «é muito natural que o antigo primeiro-ministro apoie a candidatura de Rui Rio», até porque outro tanto tinha já feito em relação a Santana Lopes em Lisboa. A candidatura do PS está, contudo, «absolutamente convencida de que este apoio tardio não vai mudar coisa nenhuma». A carta pretende, por um lado, induzir o universo social-democrata a votar no próximo domingo e, por outro, a fazer regressar à coligação a esperança numa vitória que, como adianta Rui Rio, «faria as parangonas de todos os jornais na próxima segunda-feira». Quem não acredita nessas manchetes é Fernando Gomes, que gastou ontem o dia de campanha numa visita à sede de candidatura de Paula Cardoso ao Bonfim, freguesia que o candidato socialista percorreu ao longo da tarde e que constitui uma das mais empobrecidas e degradadas da cidade. Gomes teve oportunidade de, mais uma vez, manifestar descrédito na última sondagem tornada pública - da responsabilidade da Universidade Católica, para o Público, RTP e Antena 1 - segundo a qual a candidatura estaria à beira de perder a maioria absoluta. A acontecer, disse fonte da candidatura, «seria não tanto pelo crescimento das intenções de voto em Rui Rio, mas mais por aquilo que Gomes tem isolado como o seu inimigo público número um: as abstenções». Dando razão a esta análise, Gomes tem-se desdobrado em apelos aos portuenses para que nenhum dos seus apoiantes fique em casa no próximo domingo, ao invés de ir votar. É que o candidato socialista sabe que é ele próprio quem mais tem a perder com a abstenção - que, recorde-se, nas últimas autárquias foi, no concelho do Porto, de mais de 50%. Entretanto, a candidatura de Rui Rio recebeu ontem o parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) sobre a queixa de alegada violação da base de dados da Câmara Municipal do Porto por parte da candidatura socialista para envio de mailings personalizados, segundo o qual aquele organismo decidiu «arquivar o processo, por ter concluído pela não-existência de indícios». Mas a CNPC decidiu também - o que Rio considera uma vitória - que «o processo prosseguirá em relação a irregularidades verificadas em relação ao tratamento de dados pessoais pela campanha de Fernando Gomes e pela Câmara Municipal do Porto». A candidatura de Gomes não quis avançar comentários sobre este assunto. afsousa@economica.iol.pt

marcar artigo