EXPRESSO: País

18-09-2001
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Magnífico professor

Adivinhava-se a polémica, antes mesmo de a peça ter estreado. O fundador do CDS, o candidato que a direita quase conseguiu fazer eleger Presidente da República em 1986, escrevia sobre a crise académica de 1962, um dos momentos da oposição ao regime que caiu em 25 de Abril de 1974.

Direita dá golpe no teatro

MUITOS ainda não viram a peça, mas já correm velozes as impressões sobre o seu conteúdo. «A direita, o melhor é nem ver», diz, ironicamente, um militante do CDS/PP. Outro acrescenta: «Daquilo que tenho ouvido, não sei sequer se vou ver».

MUITOS ainda não viram a peça, mas já correm velozes as impressões sobre o seu conteúdo., diz, ironicamente, um militante do CDS/PP. Outro acrescenta:

Carta Aberta a Diogo Freitas do Amaral

DIOGO, DIOGO, Segundo aprendi, todos somos irmãos em Cristo. Nesse mesmo sentido, eu teria tendência em começar esta carta por «Diogo, meu irmão», em memória dos tempos em que assim nos poderíamos considerar, na paternidade por si escolhida do seu Mestre, Marcello Caetano, meu Pai, que como discípulo dilecto - «filho» também assim o reconhecia e distinguia.

110 milhões nas balizas do Euro

A INQUIETUDE que o primeiro-ministro, António Guterres, sentiu poucos dias após o anúncio da escolha de Portugal para a realização do Euro-2004, em relação a uma possível derrapagem da despesa do Estado com o evento, começa a ter razão de ser. Dezoito meses depois, os 15 milhões de contos aprovados em Conselho de Ministros, em 1999, como encargos estatais directos na operação, estão transformados em 33,6 milhões - 16,3 milhões referentes aos estádios, 15 às acessibilidades, 1,8 aos estacionamentos e 450 mil contos para investimentos na área da difusão televisiva. Mais do dobro, portanto, do que o inicialmente anunciado.

A INQUIETUDE que o primeiro-ministro, António Guterres, sentiu poucos dias após o anúncio da escolha de Portugal para a realização do Euro-2004, em relação a uma possível derrapagem da despesa do Estado com o evento, começa a ter razão de ser. Dezoito meses depois, os 15 milhões de contos aprovados em Conselho de Ministros, em 1999, como encargos estatais directos na operação, estão transformados em 33,6 milhões - 16,3 milhões referentes aos estádios, 15 às acessibilidades, 1,8 aos estacionamentos e 450 mil contos para investimentos na área da difusão televisiva. Mais do dobro, portanto, do que o inicialmente anunciado.

Não há arcanjo que lhe valha

A DERRAPAGEM orçamental da Saúde, a carência de médicos, enfermeiros e técnicos - conjugada com a inexistência de medidas que invertam esta tendência -, o défice de incentivos à investigação e a ausência de articulação entre os centros de saúde e as unidades hospitalares são os principais factores que conduzem à «situação de descalabro» que se vive no sector. Este é o diagnóstico avançado por representantes dos profissionais de Saúde ao EXPRESSO, a menos de uma semana da interpelação parlamentar do PSD ao Governo.

A DERRAPAGEM orçamental da Saúde, a carência de médicos, enfermeiros e técnicos - conjugada com a inexistência de medidas que invertam esta tendência -, o défice de incentivos à investigação e a ausência de articulação entre os centros de saúde e as unidades hospitalares são os principais factores que conduzem àque se vive no sector. Este é o diagnóstico avançado por representantes dos profissionais de Saúde ao EXPRESSO, a menos de uma semana da interpelação parlamentar do PSD ao Governo.

Submarinos ao dobro do preço

A COMPRA de três novos submarinos para a Armada, em regime de «leasing», deverá custar ao Estado 358 milhões de contos, o dobro do que o Governo previa inicialmente. Este valor consta do projecto de lei de programação militar, elaborado pelo Governo, e é questionado pelo deputado do PSD Rui Gomes da Silva, num requerimento que apresentou esta semana no Parlamento, pedindo explicações ao Ministério da Defesa, de Castro Caldas.

PP propõe revisão da reforma fiscal

O CDS/PP vai apresentar no início da próxima semana, na Assembleia da República, um projecto de alterações à Reforma Fiscal com o objectivo de «corrigir algumas injustiças e dar oportunidade a alguns deputados socialistas mais moderados de corrigir os erros cometidos», nas palavras da deputada popular Celeste Cardona. Para tanto, a bancada do CDS admite a possibilidade de vir a pedir a votação nominal do projecto.

Médicos querem pacto de regime

ORGANIZADOS em Movimento Cívico, médicos de todas as sensibilidades políticas desafiam a classe, a sociedade civil e os partidos políticos a definir as bases programáticas de um Pacto de Regime para a Saúde. No Manifesto, a que o EXPRESSO teve acesso, os promotores assumem a «exigência de uma mudança que identifica a renovação do Serviço Nacional de Saúde como eixo fundamental da Reforma da Saúde»; lamentam a «ausência de reflexão, análise e decisão estratégica»; e pugnam por um sistema que permita «a afirmação plena da cidadania», onde a qualidade seja «uma rotina».

O segredo mais bem guardado

«PARA a semana, não quero nada». No dia 2 de Abril, na tradicional reunião de segunda-feira com o seu chefe de gabinete, o secretário de Estado adjunto, o ministro da Presidência e os assessores de Imprensa, o primeiro-ministro lembrou desta forma a semana de férias que há muito tinha reservada na sua agenda sempre cheia. Ninguém em São Bento sabia que os planos de António Guterres para a Páscoa de 2001 incluíam um casamento: o seu.

. No dia 2 de Abril, na tradicional reunião de segunda-feira com o seu chefe de gabinete, o secretário de Estado adjunto, o ministro da Presidência e os assessores de Imprensa, o primeiro-ministro lembrou desta forma a semana de férias que há muito tinha reservada na sua agenda sempre cheia. Ninguém em São Bento sabia que os planos de António Guterres para a Páscoa de 2001 incluíam um casamento: o seu.

Máfia aterroriza comerciantes

UMA rede com um sistema semelhante ao da máfia chinesa está a actuar no Norte do país, extorquindo dinheiro de proprietários de bares e discotecas. Mas o negócio já alastrou a outro tipo de estabelecimentos comerciais. As autoridades policiais suspeitam de que este sindicato do crime tem mais de 50 operacionais a actuar numa zona geográfica que se estende entre Braga e Chaves.

UMA rede com um sistema semelhante ao da máfia chinesa está a actuar no Norte do país, extorquindo dinheiro de proprietários de bares e discotecas. Mas o negócio já alastrou a outro tipo de estabelecimentos comerciais. As autoridades policiais suspeitam de que este sindicato do crime tem mais de 50 operacionais a actuar numa zona geográfica que se estende entre Braga e Chaves.

Estados-Gerais na versão de Jorge Coelho

JOÃO Nabais arrancou uma gargalhada à assistência já meio adormecida que participava, terça-feira à noite, no debate sobre A regulação no sistema económico moderno, ao classificar o Gabinete de Estudos do PS, entidade promotora da sessão, como uma «sociedade uninominal». Jorge Coelho, o «nome único» a que se referira o advogado, apreciou a expressão mas garante que ela não corresponde rigorosamente à realidade. Na sua cabeça, o Gabinete de Estudos já tem nomes que conta divulgar antes do próximo debate - ainda sem tema nem data definidos, mas previsto para Setúbal, algures depois do Congresso do partido (marcado para o primeiro fim-de-semana de Maio). Único «detalhe» apurado pelo EXPRESSO: nem todos correspondem a filiados no PS.

JOÃO Nabais arrancou uma gargalhada à assistência já meio adormecida que participava, terça-feira à noite, no debate sobre, ao classificar o Gabinete de Estudos do PS, entidade promotora da sessão, como uma. Jorge Coelho, o «nome único» a que se referira o advogado, apreciou a expressão mas garante que ela não corresponde rigorosamente à realidade. Na sua cabeça, o Gabinete de Estudos já tem nomes que conta divulgar antes do próximo debate - ainda sem tema nem data definidos, mas previsto para Setúbal, algures depois do Congresso do partido (marcado para o primeiro fim-de-semana de Maio). Único «detalhe» apurado pelo EXPRESSO: nem todos correspondem a filiados no PS.

Marcelo marca terreno...

A INTERVENÇÃO de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, no passado domingo - em que afirmou que o PS e António Guterres poderão defrontar, nas próximas eleições legislativas, um outro líder da oposição e mais forte - foi recebida com surpresa por elementos da comissão política do PSD. E foi interpretado como um sinal de que, se a questão da liderança voltar a colocar-se, Marcelo é um nome ainda a ter em conta, ao contrário do que muitos já pensavam, principalmente depois de a figura de Santana Lopes se ter fortalecido, com a candidatura à Câmara de Lisboa.

A INTERVENÇÃO de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, no passado domingo - em que afirmou que o PS e António Guterres poderão defrontar, nas próximas eleições legislativas, um outro líder da oposição e mais forte - foi recebida com surpresa por elementos da comissão política do PSD. E foi interpretado como um sinal de que, se a questão da liderança voltar a colocar-se, Marcelo é um nome ainda a ter em conta, ao contrário do que muitos já pensavam, principalmente depois de a figura de Santana Lopes se ter fortalecido, com a candidatura à Câmara de Lisboa.

...e Santana quer mexer no Marquês

PEDRO Santana Lopes vai apresentar uma proposta «de profunda reformulação» da zona do Marquês de Pombal, principal ponto de passagem de quem habitualmente entra ou sai de Lisboa. O candidato do PSD à presidência da Câmara de Lisboa afirmou ao EXPRESSO que pretende que o trânsito naquela zona «deixe de funcionar em rotunda», e se acabe com os estrangulamentos resultantes do facto do Marquês de Pombal constituir o ponto de intercepção de quatro avenidas (Fontes Pereira de Melo, Joaquim António de Aguiar, Duque de Loulé e avenida da Liberdade).

Rio corre no Porto

OS PRINCIPAIS adversários de Rui Rio estão dentro do seu próprio partido. O candidato social-democrata à Câmara do Porto já começou a sentir os efeitos da oposição interna que Luís Filipe Menezes deixa adivinhar. A candidatura de Rio foi mal recebida no aparelho do PSD/Porto. Mas o candidato não parece preocupado, nem mesmo com os «recados» que Menezes deixou que os seus apoiantes mandassem.

OS PRINCIPAIS adversários de Rui Rio estão dentro do seu próprio partido. O candidato social-democrata à Câmara do Porto já começou a sentir os efeitos da oposição interna que Luís Filipe Menezes deixa adivinhar. A candidatura de Rio foi mal recebida no aparelho do PSD/Porto. Mas o candidato não parece preocupado, nem mesmo com os «recados» que Menezes deixou que os seus apoiantes mandassem.

O consensual Rui Sá

RUI Sá é, aos 37 anos e com apenas dois como vereador, um dos raros elementos consensuais no executivo da Câmara Municipal do Porto. No próximo dia 23, será formalmente apresentado como cabeça-de-lista da CDU nas eleições para a segunda cidade do país. Nessa altura, noutras latitudes partidárias, não faltará quem lamente não poder contar nas suas listas com alguém com as capacidades e qualidades por todos reconhecidas neste militante comunista. É comum os adversários políticos elogiarem-lhe a capacidade de diálogo, o rigor do trabalho desenvolvido ou a competência das suas propostas. Mesmo se muitas vezes discordam.

RUI Sá é, aos 37 anos e com apenas dois como vereador, um dos raros elementos consensuais no executivo da Câmara Municipal do Porto. No próximo dia 23, será formalmente apresentado como cabeça-de-lista da CDU nas eleições para a segunda cidade do país. Nessa altura, noutras latitudes partidárias, não faltará quem lamente não poder contar nas suas listas com alguém com as capacidades e qualidades por todos reconhecidas neste militante comunista. É comum os adversários políticos elogiarem-lhe a capacidade de diálogo, o rigor do trabalho desenvolvido ou a competência das suas propostas. Mesmo se muitas vezes discordam.

O «magnetismo» do poder

APESAR do afastamento dos cidadãos da política, confirmado pelo crescente abstencionismo nos actos eleitorais da mais variada índole (das recentes presidenciais aos referendos do aborto e da regionalização), os dois maiores partidos, PS e PSD, registam nos respectivos ficheiros um cada vez maior número de militantes. Com efeito, de acordo com os dados disponibilizados ao EXPRESSO pelos próprios serviços centrais do PS e do PSD, desde 1990 que qualquer um deles viu progressivamente aumentar o total de inscritos e pagantes de quotas.

APESAR do afastamento dos cidadãos da política, confirmado pelo crescente abstencionismo nos actos eleitorais da mais variada índole (das recentes presidenciais aos referendos do aborto e da regionalização), os dois maiores partidos, PS e PSD, registam nos respectivos ficheiros um cada vez maior número de militantes. Com efeito, de acordo com os dados disponibilizados ao EXPRESSO pelos próprios serviços centrais do PS e do PSD, desde 1990 que qualquer um deles viu progressivamente aumentar o total de inscritos e pagantes de quotas.

Seguranças da PJ sem formação

A ASSOCIAÇÃO Profissional de Seguranças da Polícia Judiciária (APS/PJ) vai propor aos seus associados - que, entre outras funções, garantem a protecção do ministro da Justiça e dos altos cargos da PJ -, «a inscrição em bloco, junto do Ministério da Administração Interna, no curso que a actual legislação torna obrigatório para todos os que exerçam a actividade de segurança privada», de forma a colmatar as carências de formação.

GNR processa sindicalista

O GUARDA da GNR José Alho é alvo de um processo disciplinar do Comando Geral, que pode levá-lo a ficar quatro a oito meses suspenso e a ser afastado definitivamente da Brigada de Trânsito. Em causa estão declarações à comunicação social, formuladas enquanto dirigente associativo.

PSP paga com atraso

FRANCISCO G. (nome alterado) é polícia em Lisboa. Ganha cerca de 150 contos. A mulher não trabalha. Tem um filho. E arredonda o fim do mês com «serviços gratificados» - aqueles polícias que se vêem à porta dos hospitais, centros comerciais e nos jogos de futebol. Serviços extra, voluntários e prestados fora do horário normal. Nestas situações, a PSP trabalha para entidades externas, cobrando-lhes como se fosse uma empresa de segurança. Porque precisa de o fazer? «Não temos capacidade para chegar a todos os locais onde é necessário manter a ordem pública», justifica o superintendente Guedes da Silva, da Direcção Nacional.

FRANCISCO G. (nome alterado) é polícia em Lisboa. Ganha cerca de 150 contos. A mulher não trabalha. Tem um filho. E arredonda o fim do mês com «serviços gratificados» - aqueles polícias que se vêem à porta dos hospitais, centros comerciais e nos jogos de futebol. Serviços extra, voluntários e prestados fora do horário normal. Nestas situações, a PSP trabalha para entidades externas, cobrando-lhes como se fosse uma empresa de segurança. Porque precisa de o fazer?, justifica o superintendente Guedes da Silva, da Direcção Nacional.

Moderna a marcar passo

A UNIVERSIDADE Moderna afastou José Júlio Gonçalves do cargo de reitor vitalício - um lugar honorífico que fora forçado a aceitar no ano passado, após a sua detenção e constituição como arguido no processo-crime relativo à gestão da universidade nos anos em que foi reitor. Enquanto isso, e dois anos depois do escândalo rebentar nos jornais, a verdade do «caso Moderna» parece cada vez mais longe.

A UNIVERSIDADE Moderna afastou José Júlio Gonçalves do cargo de reitor vitalício - um lugar honorífico que fora forçado a aceitar no ano passado, após a sua detenção e constituição como arguido no processo-crime relativo à gestão da universidade nos anos em que foi reitor. Enquanto isso, e dois anos depois do escândalo rebentar nos jornais, a verdade do «caso Moderna» parece cada vez mais longe.

Coimbra «censura» Internet

A UNIVERSIDADE de Coimbra não permite aos seus alunos e professores o acesso a páginas da Internet com natureza erótica ou pornográfica. A reitoria do estabelecimento de ensino superior justifica essa restrição explicando que o acesso a tais páginas «não se enquadra, em regra, no estabelecido no art. 1º dos Estatutos da Universidade». O artigo diz que a Universidade de Coimbra foi «fundada por D. Dinis e confirmada por bula do Papa Nicolau IV em 9 de Agosto de 1290» e que é «uma instituição dedicada à criação, transmissão, crítica e difusão da cultura, ciência e tecnologia».

Negócio das areias dá milhões

O GOVERNO está a acordar para uma realidade até agora descurada: a actividade dos areeiros. A queda da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, derivada pela desregrada exploração de inertes no rio Douro, foi a consequência mais grave dum negócio que, em todo o país, tem contornos pouco ortodoxos. Licenças atribuídas sem estudos técnicos, extracções ilegais ou feitas apenas para financiar institutos ou empresas públicas, fiscalização ineficiente e a atribuição de subsídios ou doações às juntas de freguesia, são apenas algumas das características duma actividade que explora um recurso conhecido na gíria como «ouro branco».

O GOVERNO está a acordar para uma realidade até agora descurada: a actividade dos areeiros. A queda da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, derivada pela desregrada exploração de inertes no rio Douro, foi a consequência mais grave dum negócio que, em todo o país, tem contornos pouco ortodoxos. Licenças atribuídas sem estudos técnicos, extracções ilegais ou feitas apenas para financiar institutos ou empresas públicas, fiscalização ineficiente e a atribuição de subsídios ou doações às juntas de freguesia, são apenas algumas das características duma actividade que explora um recurso conhecido na gíria como «ouro branco».

Queima de lixos continua polémica

O PROCESSO da co-incineração parece ainda estar longe de um epílogo. Apesar desta semana o ministro do Ambiente, José Sócrates, ter dado «luz verde» ao avanço dos testes nas cimenteiras de Souselas (Coimbra) e Outão (Setúbal), os opositores à solução para o tratamento duma parte dos lixos industriais perigosos não desistem da contestação e receberam mesmo a adesão da população de Sines.

Obras param STCP

CIRCULAR entre as obras da Capital Europeia da Cultura e as do Metro está a ser cada vez mais difícil para os autocarros da STCP, que nos últimos meses viram a velocidade média de circulação descer a valores próximos dos sete quilómetros por hora no período diurno. Os utentes queixam-se de alterações de percursos e dos atrasos diários, os motoristas, confrontados com as críticas, acusam o desgaste das horas perdidas no trânsito e a administração da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto procura medidas para gerir a crise, mas já admite prejuízos.

CIRCULAR entre as obras da Capital Europeia da Cultura e as do Metro está a ser cada vez mais difícil para os autocarros da STCP, que nos últimos meses viram a velocidade média de circulação descer a valores próximos dos sete quilómetros por hora no período diurno. Os utentes queixam-se de alterações de percursos e dos atrasos diários, os motoristas, confrontados com as críticas, acusam o desgaste das horas perdidas no trânsito e a administração da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto procura medidas para gerir a crise, mas já admite prejuízos.

O Meu Porto 2001

A IMPORTÂNCIA para o Porto em ter conseguido ser Capital Europeia da Cultura está menos no que acontece em 2001 e mais no que fica depois de 31 de Dezembro. E ficam, desde logo, novos hábitos culturais e novos públicos e um conjunto impressionante de obras. Estes eram, aliás, os desígnios que se pretendia alcançar quando a Cidade se envolveu na candidatura. Houve tempos diversos para se chegar ao Porto Capital Europeia da Cultura. Um primeiro tempo de aposta estratégica, ao nível da renovação e construção de equipamentos culturais na Cidade, como aconteceu com o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, o Rivoli, o Teatro S. João, o Teatro Carlos Alberto, a Alfândega com o Museu dos Transportes e Comunicações, a Casa do Infante, o Edifício Cultural do Palácio, o Teatro do Campo Alegre, o Museu Guerra Junqueiro...

A IMPORTÂNCIA para o Porto em ter conseguido ser Capital Europeia da Cultura está menos no que acontece em 2001 e mais no que fica depois de 31 de Dezembro. E ficam, desde logo, novos hábitos culturais e novos públicos e um conjunto impressionante de obras. Estes eram, aliás, os desígnios que se pretendia alcançar quando a Cidade se envolveu na candidatura. Houve tempos diversos para se chegar ao Porto Capital Europeia da Cultura. Um primeiro tempo de aposta estratégica, ao nível da renovação e construção de equipamentos culturais na Cidade, como aconteceu com o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, o Rivoli, o Teatro S. João, o Teatro Carlos Alberto, a Alfândega com o Museu dos Transportes e Comunicações, a Casa do Infante, o Edifício Cultural do Palácio, o Teatro do Campo Alegre, o Museu Guerra Junqueiro...

Fátima entra na TV Cabo

O PRIMEIRO canal na TV Cabo da Igreja Católica portuguesa vai ser assumido pela diocese de Leiria-Fátima, considerada a mais rica do país. O novo canal temático funcionará nas vinte e quatro horas, sem publicidade, e terá a parceria de uma organização católica do Brasil, a Comunidade Canção Nova - há doze anos a emitir naquele país num canal por cabo e que em 1998 se instalou em Fátima.

Igreja Católica cria centros de apoio aos imigrantes

AFASTAR dos imigrantes do Leste as mafias é um dos objectivos da criação de uma rede nacional de apoio que a Igreja Católica pretende instalar. Na sua reunião plenária, que decorrerá entre 23 e 26 deste mês, em Fátima, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) vai analisar um conjunto de experiências já iniciadas por diversas comunidades cristãs, em zonas do país onde se faz sentir uma maior presença de trabalhadores da Europa de Leste - que já ultrapassam os 30 mil, de acordo com estimativas da própria Igreja.

AFASTAR dos imigrantes do Leste as mafias é um dos objectivos da criação de uma rede nacional de apoio que a Igreja Católica pretende instalar. Na sua reunião plenária, que decorrerá entre 23 e 26 deste mês, em Fátima, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) vai analisar um conjunto de experiências já iniciadas por diversas comunidades cristãs, em zonas do país onde se faz sentir uma maior presença de trabalhadores da Europa de Leste - que já ultrapassam os 30 mil, de acordo com estimativas da própria Igreja.

Os mais pobres da Europa

QUINZE anos depois da adesão à Comunidade Europeia, Portugal não conseguiu ainda atingir o nível de desenvolvimento dos seus parceiros comunitários. Cerca de 22% dos portugueses vivem abaixo do limiar da pobreza, ou seja, têm rendimentos 60% inferiores à média nacional, revela o mais recente relatório do Eurostat sobre «A Situação Social na União Europeia (UE) 2000». De acordo com o documento, a que o EXPRESSO teve acesso, Portugal é o país da UE com a maior percentagem de pobres — 22% a 27% da população (entre dois a três milhões de pessoas), seguido de perto apenas pela Grécia (21%). E é também aquele que apresenta a maior percentagem de pessoas que vivem em «persistente pobreza».

QUINZE anos depois da adesão à Comunidade Europeia, Portugal não conseguiu ainda atingir o nível de desenvolvimento dos seus parceiros comunitários. Cerca de 22% dos portugueses vivem abaixo do limiar da pobreza, ou seja, têm rendimentos 60% inferiores à média nacional, revela o mais recente relatório do Eurostat sobre «A Situação Social na União Europeia (UE) 2000». De acordo com o documento, a que o EXPRESSO teve acesso, Portugal é o país da UE com a maior percentagem de pobres — 22% a 27% da população (entre dois a três milhões de pessoas), seguido de perto apenas pela Grécia (21%). E é também aquele que apresenta a maior percentagem de pessoas que vivem em «persistente pobreza».

SEMANA EM REVISTA

Naufrágio em Peniche Um navio de carga com 70 metros de comprimento e pavilhão dos Barbados naufraga ao largo do Cabo Carvoeiro, em Peniche, ao fim da tarde de domingo. Os seis tripulantes (dois cabo-verdianos, dois lituanos, um jugoslavo e um inglês) foram recolhidos pelos bombeiros locais. A meio da semana, após ter sido feita uma avaliação às condições do cargueiro, armador e seguradoras decidem desmantelá-lo, devido à impossibilidade de o retirar inteiro. Um navio de carga com 70 metros de comprimento e pavilhão dos Barbados naufraga ao largo do Cabo Carvoeiro, em Peniche, ao fim da tarde de domingo. Os seis tripulantes (dois cabo-verdianos, dois lituanos, um jugoslavo e um inglês) foram recolhidos pelos bombeiros locais. A meio da semana, após ter sido feita uma avaliação às condições do cargueiro, armador e seguradoras decidem desmantelá-lo, devido à impossibilidade de o retirar inteiro.

Coração mata 120 por dia

Magnífico professor

Adivinhava-se a polémica, antes mesmo de a peça ter estreado. O fundador do CDS, o candidato que a direita quase conseguiu fazer eleger Presidente da República em 1986, escrevia sobre a crise académica de 1962, um dos momentos da oposição ao regime que caiu em 25 de Abril de 1974.

Direita dá golpe no teatro

MUITOS ainda não viram a peça, mas já correm velozes as impressões sobre o seu conteúdo. «A direita, o melhor é nem ver», diz, ironicamente, um militante do CDS/PP. Outro acrescenta: «Daquilo que tenho ouvido, não sei sequer se vou ver».

MUITOS ainda não viram a peça, mas já correm velozes as impressões sobre o seu conteúdo., diz, ironicamente, um militante do CDS/PP. Outro acrescenta:

Carta Aberta a Diogo Freitas do Amaral

DIOGO, DIOGO, Segundo aprendi, todos somos irmãos em Cristo. Nesse mesmo sentido, eu teria tendência em começar esta carta por «Diogo, meu irmão», em memória dos tempos em que assim nos poderíamos considerar, na paternidade por si escolhida do seu Mestre, Marcello Caetano, meu Pai, que como discípulo dilecto - «filho» também assim o reconhecia e distinguia.

110 milhões nas balizas do Euro

A INQUIETUDE que o primeiro-ministro, António Guterres, sentiu poucos dias após o anúncio da escolha de Portugal para a realização do Euro-2004, em relação a uma possível derrapagem da despesa do Estado com o evento, começa a ter razão de ser. Dezoito meses depois, os 15 milhões de contos aprovados em Conselho de Ministros, em 1999, como encargos estatais directos na operação, estão transformados em 33,6 milhões - 16,3 milhões referentes aos estádios, 15 às acessibilidades, 1,8 aos estacionamentos e 450 mil contos para investimentos na área da difusão televisiva. Mais do dobro, portanto, do que o inicialmente anunciado.

A INQUIETUDE que o primeiro-ministro, António Guterres, sentiu poucos dias após o anúncio da escolha de Portugal para a realização do Euro-2004, em relação a uma possível derrapagem da despesa do Estado com o evento, começa a ter razão de ser. Dezoito meses depois, os 15 milhões de contos aprovados em Conselho de Ministros, em 1999, como encargos estatais directos na operação, estão transformados em 33,6 milhões - 16,3 milhões referentes aos estádios, 15 às acessibilidades, 1,8 aos estacionamentos e 450 mil contos para investimentos na área da difusão televisiva. Mais do dobro, portanto, do que o inicialmente anunciado.

Não há arcanjo que lhe valha

A DERRAPAGEM orçamental da Saúde, a carência de médicos, enfermeiros e técnicos - conjugada com a inexistência de medidas que invertam esta tendência -, o défice de incentivos à investigação e a ausência de articulação entre os centros de saúde e as unidades hospitalares são os principais factores que conduzem à «situação de descalabro» que se vive no sector. Este é o diagnóstico avançado por representantes dos profissionais de Saúde ao EXPRESSO, a menos de uma semana da interpelação parlamentar do PSD ao Governo.

A DERRAPAGEM orçamental da Saúde, a carência de médicos, enfermeiros e técnicos - conjugada com a inexistência de medidas que invertam esta tendência -, o défice de incentivos à investigação e a ausência de articulação entre os centros de saúde e as unidades hospitalares são os principais factores que conduzem àque se vive no sector. Este é o diagnóstico avançado por representantes dos profissionais de Saúde ao EXPRESSO, a menos de uma semana da interpelação parlamentar do PSD ao Governo.

Submarinos ao dobro do preço

A COMPRA de três novos submarinos para a Armada, em regime de «leasing», deverá custar ao Estado 358 milhões de contos, o dobro do que o Governo previa inicialmente. Este valor consta do projecto de lei de programação militar, elaborado pelo Governo, e é questionado pelo deputado do PSD Rui Gomes da Silva, num requerimento que apresentou esta semana no Parlamento, pedindo explicações ao Ministério da Defesa, de Castro Caldas.

PP propõe revisão da reforma fiscal

O CDS/PP vai apresentar no início da próxima semana, na Assembleia da República, um projecto de alterações à Reforma Fiscal com o objectivo de «corrigir algumas injustiças e dar oportunidade a alguns deputados socialistas mais moderados de corrigir os erros cometidos», nas palavras da deputada popular Celeste Cardona. Para tanto, a bancada do CDS admite a possibilidade de vir a pedir a votação nominal do projecto.

Médicos querem pacto de regime

ORGANIZADOS em Movimento Cívico, médicos de todas as sensibilidades políticas desafiam a classe, a sociedade civil e os partidos políticos a definir as bases programáticas de um Pacto de Regime para a Saúde. No Manifesto, a que o EXPRESSO teve acesso, os promotores assumem a «exigência de uma mudança que identifica a renovação do Serviço Nacional de Saúde como eixo fundamental da Reforma da Saúde»; lamentam a «ausência de reflexão, análise e decisão estratégica»; e pugnam por um sistema que permita «a afirmação plena da cidadania», onde a qualidade seja «uma rotina».

O segredo mais bem guardado

«PARA a semana, não quero nada». No dia 2 de Abril, na tradicional reunião de segunda-feira com o seu chefe de gabinete, o secretário de Estado adjunto, o ministro da Presidência e os assessores de Imprensa, o primeiro-ministro lembrou desta forma a semana de férias que há muito tinha reservada na sua agenda sempre cheia. Ninguém em São Bento sabia que os planos de António Guterres para a Páscoa de 2001 incluíam um casamento: o seu.

. No dia 2 de Abril, na tradicional reunião de segunda-feira com o seu chefe de gabinete, o secretário de Estado adjunto, o ministro da Presidência e os assessores de Imprensa, o primeiro-ministro lembrou desta forma a semana de férias que há muito tinha reservada na sua agenda sempre cheia. Ninguém em São Bento sabia que os planos de António Guterres para a Páscoa de 2001 incluíam um casamento: o seu.

Máfia aterroriza comerciantes

UMA rede com um sistema semelhante ao da máfia chinesa está a actuar no Norte do país, extorquindo dinheiro de proprietários de bares e discotecas. Mas o negócio já alastrou a outro tipo de estabelecimentos comerciais. As autoridades policiais suspeitam de que este sindicato do crime tem mais de 50 operacionais a actuar numa zona geográfica que se estende entre Braga e Chaves.

UMA rede com um sistema semelhante ao da máfia chinesa está a actuar no Norte do país, extorquindo dinheiro de proprietários de bares e discotecas. Mas o negócio já alastrou a outro tipo de estabelecimentos comerciais. As autoridades policiais suspeitam de que este sindicato do crime tem mais de 50 operacionais a actuar numa zona geográfica que se estende entre Braga e Chaves.

Estados-Gerais na versão de Jorge Coelho

JOÃO Nabais arrancou uma gargalhada à assistência já meio adormecida que participava, terça-feira à noite, no debate sobre A regulação no sistema económico moderno, ao classificar o Gabinete de Estudos do PS, entidade promotora da sessão, como uma «sociedade uninominal». Jorge Coelho, o «nome único» a que se referira o advogado, apreciou a expressão mas garante que ela não corresponde rigorosamente à realidade. Na sua cabeça, o Gabinete de Estudos já tem nomes que conta divulgar antes do próximo debate - ainda sem tema nem data definidos, mas previsto para Setúbal, algures depois do Congresso do partido (marcado para o primeiro fim-de-semana de Maio). Único «detalhe» apurado pelo EXPRESSO: nem todos correspondem a filiados no PS.

JOÃO Nabais arrancou uma gargalhada à assistência já meio adormecida que participava, terça-feira à noite, no debate sobre, ao classificar o Gabinete de Estudos do PS, entidade promotora da sessão, como uma. Jorge Coelho, o «nome único» a que se referira o advogado, apreciou a expressão mas garante que ela não corresponde rigorosamente à realidade. Na sua cabeça, o Gabinete de Estudos já tem nomes que conta divulgar antes do próximo debate - ainda sem tema nem data definidos, mas previsto para Setúbal, algures depois do Congresso do partido (marcado para o primeiro fim-de-semana de Maio). Único «detalhe» apurado pelo EXPRESSO: nem todos correspondem a filiados no PS.

Marcelo marca terreno...

A INTERVENÇÃO de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, no passado domingo - em que afirmou que o PS e António Guterres poderão defrontar, nas próximas eleições legislativas, um outro líder da oposição e mais forte - foi recebida com surpresa por elementos da comissão política do PSD. E foi interpretado como um sinal de que, se a questão da liderança voltar a colocar-se, Marcelo é um nome ainda a ter em conta, ao contrário do que muitos já pensavam, principalmente depois de a figura de Santana Lopes se ter fortalecido, com a candidatura à Câmara de Lisboa.

A INTERVENÇÃO de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, no passado domingo - em que afirmou que o PS e António Guterres poderão defrontar, nas próximas eleições legislativas, um outro líder da oposição e mais forte - foi recebida com surpresa por elementos da comissão política do PSD. E foi interpretado como um sinal de que, se a questão da liderança voltar a colocar-se, Marcelo é um nome ainda a ter em conta, ao contrário do que muitos já pensavam, principalmente depois de a figura de Santana Lopes se ter fortalecido, com a candidatura à Câmara de Lisboa.

...e Santana quer mexer no Marquês

PEDRO Santana Lopes vai apresentar uma proposta «de profunda reformulação» da zona do Marquês de Pombal, principal ponto de passagem de quem habitualmente entra ou sai de Lisboa. O candidato do PSD à presidência da Câmara de Lisboa afirmou ao EXPRESSO que pretende que o trânsito naquela zona «deixe de funcionar em rotunda», e se acabe com os estrangulamentos resultantes do facto do Marquês de Pombal constituir o ponto de intercepção de quatro avenidas (Fontes Pereira de Melo, Joaquim António de Aguiar, Duque de Loulé e avenida da Liberdade).

Rio corre no Porto

OS PRINCIPAIS adversários de Rui Rio estão dentro do seu próprio partido. O candidato social-democrata à Câmara do Porto já começou a sentir os efeitos da oposição interna que Luís Filipe Menezes deixa adivinhar. A candidatura de Rio foi mal recebida no aparelho do PSD/Porto. Mas o candidato não parece preocupado, nem mesmo com os «recados» que Menezes deixou que os seus apoiantes mandassem.

OS PRINCIPAIS adversários de Rui Rio estão dentro do seu próprio partido. O candidato social-democrata à Câmara do Porto já começou a sentir os efeitos da oposição interna que Luís Filipe Menezes deixa adivinhar. A candidatura de Rio foi mal recebida no aparelho do PSD/Porto. Mas o candidato não parece preocupado, nem mesmo com os «recados» que Menezes deixou que os seus apoiantes mandassem.

O consensual Rui Sá

RUI Sá é, aos 37 anos e com apenas dois como vereador, um dos raros elementos consensuais no executivo da Câmara Municipal do Porto. No próximo dia 23, será formalmente apresentado como cabeça-de-lista da CDU nas eleições para a segunda cidade do país. Nessa altura, noutras latitudes partidárias, não faltará quem lamente não poder contar nas suas listas com alguém com as capacidades e qualidades por todos reconhecidas neste militante comunista. É comum os adversários políticos elogiarem-lhe a capacidade de diálogo, o rigor do trabalho desenvolvido ou a competência das suas propostas. Mesmo se muitas vezes discordam.

RUI Sá é, aos 37 anos e com apenas dois como vereador, um dos raros elementos consensuais no executivo da Câmara Municipal do Porto. No próximo dia 23, será formalmente apresentado como cabeça-de-lista da CDU nas eleições para a segunda cidade do país. Nessa altura, noutras latitudes partidárias, não faltará quem lamente não poder contar nas suas listas com alguém com as capacidades e qualidades por todos reconhecidas neste militante comunista. É comum os adversários políticos elogiarem-lhe a capacidade de diálogo, o rigor do trabalho desenvolvido ou a competência das suas propostas. Mesmo se muitas vezes discordam.

O «magnetismo» do poder

APESAR do afastamento dos cidadãos da política, confirmado pelo crescente abstencionismo nos actos eleitorais da mais variada índole (das recentes presidenciais aos referendos do aborto e da regionalização), os dois maiores partidos, PS e PSD, registam nos respectivos ficheiros um cada vez maior número de militantes. Com efeito, de acordo com os dados disponibilizados ao EXPRESSO pelos próprios serviços centrais do PS e do PSD, desde 1990 que qualquer um deles viu progressivamente aumentar o total de inscritos e pagantes de quotas.

APESAR do afastamento dos cidadãos da política, confirmado pelo crescente abstencionismo nos actos eleitorais da mais variada índole (das recentes presidenciais aos referendos do aborto e da regionalização), os dois maiores partidos, PS e PSD, registam nos respectivos ficheiros um cada vez maior número de militantes. Com efeito, de acordo com os dados disponibilizados ao EXPRESSO pelos próprios serviços centrais do PS e do PSD, desde 1990 que qualquer um deles viu progressivamente aumentar o total de inscritos e pagantes de quotas.

Seguranças da PJ sem formação

A ASSOCIAÇÃO Profissional de Seguranças da Polícia Judiciária (APS/PJ) vai propor aos seus associados - que, entre outras funções, garantem a protecção do ministro da Justiça e dos altos cargos da PJ -, «a inscrição em bloco, junto do Ministério da Administração Interna, no curso que a actual legislação torna obrigatório para todos os que exerçam a actividade de segurança privada», de forma a colmatar as carências de formação.

GNR processa sindicalista

O GUARDA da GNR José Alho é alvo de um processo disciplinar do Comando Geral, que pode levá-lo a ficar quatro a oito meses suspenso e a ser afastado definitivamente da Brigada de Trânsito. Em causa estão declarações à comunicação social, formuladas enquanto dirigente associativo.

PSP paga com atraso

FRANCISCO G. (nome alterado) é polícia em Lisboa. Ganha cerca de 150 contos. A mulher não trabalha. Tem um filho. E arredonda o fim do mês com «serviços gratificados» - aqueles polícias que se vêem à porta dos hospitais, centros comerciais e nos jogos de futebol. Serviços extra, voluntários e prestados fora do horário normal. Nestas situações, a PSP trabalha para entidades externas, cobrando-lhes como se fosse uma empresa de segurança. Porque precisa de o fazer? «Não temos capacidade para chegar a todos os locais onde é necessário manter a ordem pública», justifica o superintendente Guedes da Silva, da Direcção Nacional.

FRANCISCO G. (nome alterado) é polícia em Lisboa. Ganha cerca de 150 contos. A mulher não trabalha. Tem um filho. E arredonda o fim do mês com «serviços gratificados» - aqueles polícias que se vêem à porta dos hospitais, centros comerciais e nos jogos de futebol. Serviços extra, voluntários e prestados fora do horário normal. Nestas situações, a PSP trabalha para entidades externas, cobrando-lhes como se fosse uma empresa de segurança. Porque precisa de o fazer?, justifica o superintendente Guedes da Silva, da Direcção Nacional.

Moderna a marcar passo

A UNIVERSIDADE Moderna afastou José Júlio Gonçalves do cargo de reitor vitalício - um lugar honorífico que fora forçado a aceitar no ano passado, após a sua detenção e constituição como arguido no processo-crime relativo à gestão da universidade nos anos em que foi reitor. Enquanto isso, e dois anos depois do escândalo rebentar nos jornais, a verdade do «caso Moderna» parece cada vez mais longe.

A UNIVERSIDADE Moderna afastou José Júlio Gonçalves do cargo de reitor vitalício - um lugar honorífico que fora forçado a aceitar no ano passado, após a sua detenção e constituição como arguido no processo-crime relativo à gestão da universidade nos anos em que foi reitor. Enquanto isso, e dois anos depois do escândalo rebentar nos jornais, a verdade do «caso Moderna» parece cada vez mais longe.

Coimbra «censura» Internet

A UNIVERSIDADE de Coimbra não permite aos seus alunos e professores o acesso a páginas da Internet com natureza erótica ou pornográfica. A reitoria do estabelecimento de ensino superior justifica essa restrição explicando que o acesso a tais páginas «não se enquadra, em regra, no estabelecido no art. 1º dos Estatutos da Universidade». O artigo diz que a Universidade de Coimbra foi «fundada por D. Dinis e confirmada por bula do Papa Nicolau IV em 9 de Agosto de 1290» e que é «uma instituição dedicada à criação, transmissão, crítica e difusão da cultura, ciência e tecnologia».

Negócio das areias dá milhões

O GOVERNO está a acordar para uma realidade até agora descurada: a actividade dos areeiros. A queda da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, derivada pela desregrada exploração de inertes no rio Douro, foi a consequência mais grave dum negócio que, em todo o país, tem contornos pouco ortodoxos. Licenças atribuídas sem estudos técnicos, extracções ilegais ou feitas apenas para financiar institutos ou empresas públicas, fiscalização ineficiente e a atribuição de subsídios ou doações às juntas de freguesia, são apenas algumas das características duma actividade que explora um recurso conhecido na gíria como «ouro branco».

O GOVERNO está a acordar para uma realidade até agora descurada: a actividade dos areeiros. A queda da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, derivada pela desregrada exploração de inertes no rio Douro, foi a consequência mais grave dum negócio que, em todo o país, tem contornos pouco ortodoxos. Licenças atribuídas sem estudos técnicos, extracções ilegais ou feitas apenas para financiar institutos ou empresas públicas, fiscalização ineficiente e a atribuição de subsídios ou doações às juntas de freguesia, são apenas algumas das características duma actividade que explora um recurso conhecido na gíria como «ouro branco».

Queima de lixos continua polémica

O PROCESSO da co-incineração parece ainda estar longe de um epílogo. Apesar desta semana o ministro do Ambiente, José Sócrates, ter dado «luz verde» ao avanço dos testes nas cimenteiras de Souselas (Coimbra) e Outão (Setúbal), os opositores à solução para o tratamento duma parte dos lixos industriais perigosos não desistem da contestação e receberam mesmo a adesão da população de Sines.

Obras param STCP

CIRCULAR entre as obras da Capital Europeia da Cultura e as do Metro está a ser cada vez mais difícil para os autocarros da STCP, que nos últimos meses viram a velocidade média de circulação descer a valores próximos dos sete quilómetros por hora no período diurno. Os utentes queixam-se de alterações de percursos e dos atrasos diários, os motoristas, confrontados com as críticas, acusam o desgaste das horas perdidas no trânsito e a administração da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto procura medidas para gerir a crise, mas já admite prejuízos.

CIRCULAR entre as obras da Capital Europeia da Cultura e as do Metro está a ser cada vez mais difícil para os autocarros da STCP, que nos últimos meses viram a velocidade média de circulação descer a valores próximos dos sete quilómetros por hora no período diurno. Os utentes queixam-se de alterações de percursos e dos atrasos diários, os motoristas, confrontados com as críticas, acusam o desgaste das horas perdidas no trânsito e a administração da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto procura medidas para gerir a crise, mas já admite prejuízos.

O Meu Porto 2001

A IMPORTÂNCIA para o Porto em ter conseguido ser Capital Europeia da Cultura está menos no que acontece em 2001 e mais no que fica depois de 31 de Dezembro. E ficam, desde logo, novos hábitos culturais e novos públicos e um conjunto impressionante de obras. Estes eram, aliás, os desígnios que se pretendia alcançar quando a Cidade se envolveu na candidatura. Houve tempos diversos para se chegar ao Porto Capital Europeia da Cultura. Um primeiro tempo de aposta estratégica, ao nível da renovação e construção de equipamentos culturais na Cidade, como aconteceu com o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, o Rivoli, o Teatro S. João, o Teatro Carlos Alberto, a Alfândega com o Museu dos Transportes e Comunicações, a Casa do Infante, o Edifício Cultural do Palácio, o Teatro do Campo Alegre, o Museu Guerra Junqueiro...

A IMPORTÂNCIA para o Porto em ter conseguido ser Capital Europeia da Cultura está menos no que acontece em 2001 e mais no que fica depois de 31 de Dezembro. E ficam, desde logo, novos hábitos culturais e novos públicos e um conjunto impressionante de obras. Estes eram, aliás, os desígnios que se pretendia alcançar quando a Cidade se envolveu na candidatura. Houve tempos diversos para se chegar ao Porto Capital Europeia da Cultura. Um primeiro tempo de aposta estratégica, ao nível da renovação e construção de equipamentos culturais na Cidade, como aconteceu com o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, o Rivoli, o Teatro S. João, o Teatro Carlos Alberto, a Alfândega com o Museu dos Transportes e Comunicações, a Casa do Infante, o Edifício Cultural do Palácio, o Teatro do Campo Alegre, o Museu Guerra Junqueiro...

Fátima entra na TV Cabo

O PRIMEIRO canal na TV Cabo da Igreja Católica portuguesa vai ser assumido pela diocese de Leiria-Fátima, considerada a mais rica do país. O novo canal temático funcionará nas vinte e quatro horas, sem publicidade, e terá a parceria de uma organização católica do Brasil, a Comunidade Canção Nova - há doze anos a emitir naquele país num canal por cabo e que em 1998 se instalou em Fátima.

Igreja Católica cria centros de apoio aos imigrantes

AFASTAR dos imigrantes do Leste as mafias é um dos objectivos da criação de uma rede nacional de apoio que a Igreja Católica pretende instalar. Na sua reunião plenária, que decorrerá entre 23 e 26 deste mês, em Fátima, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) vai analisar um conjunto de experiências já iniciadas por diversas comunidades cristãs, em zonas do país onde se faz sentir uma maior presença de trabalhadores da Europa de Leste - que já ultrapassam os 30 mil, de acordo com estimativas da própria Igreja.

AFASTAR dos imigrantes do Leste as mafias é um dos objectivos da criação de uma rede nacional de apoio que a Igreja Católica pretende instalar. Na sua reunião plenária, que decorrerá entre 23 e 26 deste mês, em Fátima, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) vai analisar um conjunto de experiências já iniciadas por diversas comunidades cristãs, em zonas do país onde se faz sentir uma maior presença de trabalhadores da Europa de Leste - que já ultrapassam os 30 mil, de acordo com estimativas da própria Igreja.

Os mais pobres da Europa

QUINZE anos depois da adesão à Comunidade Europeia, Portugal não conseguiu ainda atingir o nível de desenvolvimento dos seus parceiros comunitários. Cerca de 22% dos portugueses vivem abaixo do limiar da pobreza, ou seja, têm rendimentos 60% inferiores à média nacional, revela o mais recente relatório do Eurostat sobre «A Situação Social na União Europeia (UE) 2000». De acordo com o documento, a que o EXPRESSO teve acesso, Portugal é o país da UE com a maior percentagem de pobres — 22% a 27% da população (entre dois a três milhões de pessoas), seguido de perto apenas pela Grécia (21%). E é também aquele que apresenta a maior percentagem de pessoas que vivem em «persistente pobreza».

QUINZE anos depois da adesão à Comunidade Europeia, Portugal não conseguiu ainda atingir o nível de desenvolvimento dos seus parceiros comunitários. Cerca de 22% dos portugueses vivem abaixo do limiar da pobreza, ou seja, têm rendimentos 60% inferiores à média nacional, revela o mais recente relatório do Eurostat sobre «A Situação Social na União Europeia (UE) 2000». De acordo com o documento, a que o EXPRESSO teve acesso, Portugal é o país da UE com a maior percentagem de pobres — 22% a 27% da população (entre dois a três milhões de pessoas), seguido de perto apenas pela Grécia (21%). E é também aquele que apresenta a maior percentagem de pessoas que vivem em «persistente pobreza».

SEMANA EM REVISTA

Naufrágio em Peniche Um navio de carga com 70 metros de comprimento e pavilhão dos Barbados naufraga ao largo do Cabo Carvoeiro, em Peniche, ao fim da tarde de domingo. Os seis tripulantes (dois cabo-verdianos, dois lituanos, um jugoslavo e um inglês) foram recolhidos pelos bombeiros locais. A meio da semana, após ter sido feita uma avaliação às condições do cargueiro, armador e seguradoras decidem desmantelá-lo, devido à impossibilidade de o retirar inteiro. Um navio de carga com 70 metros de comprimento e pavilhão dos Barbados naufraga ao largo do Cabo Carvoeiro, em Peniche, ao fim da tarde de domingo. Os seis tripulantes (dois cabo-verdianos, dois lituanos, um jugoslavo e um inglês) foram recolhidos pelos bombeiros locais. A meio da semana, após ter sido feita uma avaliação às condições do cargueiro, armador e seguradoras decidem desmantelá-lo, devido à impossibilidade de o retirar inteiro.

Coração mata 120 por dia

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