Ministro da Educação foi à AR prestar contas sobre o ano lectivo

03-10-2001
marcar artigo

Ministro da Educação Foi à AR Prestar Contas Sobre o Ano Lectivo

Por ISABEL LEIRIA

Quarta-feira, 03 de Outubro de 2001 Chamado à Comissão Parlamentar de Educação para um balanço do arranque das aulas, Júlio Pedrosa realçou a "normalidade" em que se iniciaram as actividades Em início do ano escolar, eram muitas as questões que os deputados da Comissão Parlamentar de Educação tinham para colocar ao ministro da Educação, Júlio Pedrosa: da cobertura da rede do pré-escolar até às "injustiças" no acesso ao ensino superior. Pedrosa, que ontem se fez acompanhar pelos secretários de Estado da Educação, João Praia, e da Administração Educativa, Domingos Fernandes, a todos respondeu. Antes, teve oportunidade de salientar a "normalidade" em que decorreu o regresso às aulas, de garantir a continuidade e o reforço de muitos dos programas encetados pela anterior equipa ministerial e de frisar aquilo que considera ser um dos objectivos essenciais da sua política: fazer com que a escola "seja mais respeitada e amada". Pré-escolar Se é certo que a cobertura da rede pré-escolar tem crescido significativamente nos últimos anos, os deputados não deixaram de apontar persistência de algumas falhas no funcionamento da oferta pública existente. Para o social-democrata David Justino, é inconcebível que os estabelecimentos de pré-escolar tenham muitas vezes como horário de funcionamento um período que vai das 9h00 às 15h00, quando grande parte das famílias inicia o trabalho mais cedo e regressa a casa bem mais tarde. A solução para o problema, respondeu Júlio Pedrosa, transcende a responsabilidade do Ministério da Educação (ME) e terá de passar pelo "envolvimento das comunidades locais e das autarquias". Ensino básico Apesar de ser a principal novidade deste ano lectivo, a introdução das alterações - por agora nos 5º e 6º anos - não suscitou grandes dúvidas aos deputados da comissão. Ficou a análise do ME: "O trabalho está a decorrer de acordo com as nossas próprias expectativas", avaliou Pedrosa. A apreciação foi naturalmente subscrita pelo partido do Governo que, pela voz da deputada Rosalina Martins, elogiou a "serenidade" com que a reorganização foi lançada. O ME prometeu continuar a acompanhar atentamente a sua aplicação. Manuais escolares Há meia dúzia de anos que se anuncia uma solução para o problema dos preços dos manuais escolares, lembrou Luísa Mesquita. Mas, longe de estar resolvido, lamentou a deputada comunista, este ano os preços dos livros sofreram aumentos bem significativos, que variaram entre os sete e os 30 por cento. Acesso ao ensino superior Todos pareceram estar de acordo neste ponto. "Temos de colocar na agenda a questão do ingresso no ensino superior", admitiu Júlio Pedrosa face às questões colocadas pelo PCP, PP e PSD. Porque o actual sistema está "ferido de morte", defendeu David Justino, referindo-se às "escandalosas divergências verificadas nalguns casos entre as classificações internas e as notas de exame obtidas pelos alunos". Para o deputado popular Rosado Fernandes é também a questão da detecção de vocações, por um lado, e a falta de conhecimento sobre as oportunidades de emprego, por outro, que introduzem distorções importantes no sistema. Diagnósticos de certa forma admitidos pelo ministro, que prometeu "trabalho" nesta área e ainda na revisão da actual fórmula de financiamento das instituições. OUTROS TÍTULOS EM EDUCAÇÃO Ministro da Educação foi à AR prestar contas sobre o ano lectivo

União dos Editores garante que manuais vão estar prontos a tempo

Sátira em Coimbra à moda dos cortes na Educação

Ministro da Educação Foi à AR Prestar Contas Sobre o Ano Lectivo

Por ISABEL LEIRIA

Quarta-feira, 03 de Outubro de 2001 Chamado à Comissão Parlamentar de Educação para um balanço do arranque das aulas, Júlio Pedrosa realçou a "normalidade" em que se iniciaram as actividades Em início do ano escolar, eram muitas as questões que os deputados da Comissão Parlamentar de Educação tinham para colocar ao ministro da Educação, Júlio Pedrosa: da cobertura da rede do pré-escolar até às "injustiças" no acesso ao ensino superior. Pedrosa, que ontem se fez acompanhar pelos secretários de Estado da Educação, João Praia, e da Administração Educativa, Domingos Fernandes, a todos respondeu. Antes, teve oportunidade de salientar a "normalidade" em que decorreu o regresso às aulas, de garantir a continuidade e o reforço de muitos dos programas encetados pela anterior equipa ministerial e de frisar aquilo que considera ser um dos objectivos essenciais da sua política: fazer com que a escola "seja mais respeitada e amada". Pré-escolar Se é certo que a cobertura da rede pré-escolar tem crescido significativamente nos últimos anos, os deputados não deixaram de apontar persistência de algumas falhas no funcionamento da oferta pública existente. Para o social-democrata David Justino, é inconcebível que os estabelecimentos de pré-escolar tenham muitas vezes como horário de funcionamento um período que vai das 9h00 às 15h00, quando grande parte das famílias inicia o trabalho mais cedo e regressa a casa bem mais tarde. A solução para o problema, respondeu Júlio Pedrosa, transcende a responsabilidade do Ministério da Educação (ME) e terá de passar pelo "envolvimento das comunidades locais e das autarquias". Ensino básico Apesar de ser a principal novidade deste ano lectivo, a introdução das alterações - por agora nos 5º e 6º anos - não suscitou grandes dúvidas aos deputados da comissão. Ficou a análise do ME: "O trabalho está a decorrer de acordo com as nossas próprias expectativas", avaliou Pedrosa. A apreciação foi naturalmente subscrita pelo partido do Governo que, pela voz da deputada Rosalina Martins, elogiou a "serenidade" com que a reorganização foi lançada. O ME prometeu continuar a acompanhar atentamente a sua aplicação. Manuais escolares Há meia dúzia de anos que se anuncia uma solução para o problema dos preços dos manuais escolares, lembrou Luísa Mesquita. Mas, longe de estar resolvido, lamentou a deputada comunista, este ano os preços dos livros sofreram aumentos bem significativos, que variaram entre os sete e os 30 por cento. Acesso ao ensino superior Todos pareceram estar de acordo neste ponto. "Temos de colocar na agenda a questão do ingresso no ensino superior", admitiu Júlio Pedrosa face às questões colocadas pelo PCP, PP e PSD. Porque o actual sistema está "ferido de morte", defendeu David Justino, referindo-se às "escandalosas divergências verificadas nalguns casos entre as classificações internas e as notas de exame obtidas pelos alunos". Para o deputado popular Rosado Fernandes é também a questão da detecção de vocações, por um lado, e a falta de conhecimento sobre as oportunidades de emprego, por outro, que introduzem distorções importantes no sistema. Diagnósticos de certa forma admitidos pelo ministro, que prometeu "trabalho" nesta área e ainda na revisão da actual fórmula de financiamento das instituições. OUTROS TÍTULOS EM EDUCAÇÃO Ministro da Educação foi à AR prestar contas sobre o ano lectivo

União dos Editores garante que manuais vão estar prontos a tempo

Sátira em Coimbra à moda dos cortes na Educação

marcar artigo