PSD está a estudar posição sobre Alqueva

23-06-2001
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PSD Está a Estudar Posição Sobre Alqueva

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Segunda-feira, 4 de Junho de 2001 Política de quotas e futuro da PAC são problema para João Maçãs e Rosado Fernandes O PSD está a estudar o problema do Alqueva e não tem ainda uma posição definida. Mas o responsável pelas questões agrícolas do grupo parlamentar social-democrata, João Maçãs, afirmou ao PÚBLICO que o seu partido vê com cepticismo a proposta de banco de terras: "Em relação ao projecto do PCP somos cépticos. Estamos disponíveis para discutir uma reforma, mas estamos céptico quanto a expropriações. Não é a política correcta ir para nacionalizações." Maçãs sustentou ainda que esta ideia é contraditória e não joga com a lógica da proposta de reforma da Política Agrícola Comum (PAC) que o Governo português defende. Embora o PSD ainda não tenha chegado a uma posição oficial sobre este caso, João Maçãs insiste: "Ora, há aqui falta de lógica, temos um grande investimento que vai proporcionar uma produção em quantidades para as quais não há quotas. E o ministro ainda apresenta uma proposta e de política comum que reduz a agricultura à defesa do ambiente. Isto é contraditório, pelo que teremos de analisar estas questões em conjunto." Já o CDS-PP está contra a adopção de um limite máximo de propriedade, seja ele qual for. Rosado Fernandes declarou ao PÚBLICO que para o CDS a questão do banco de terras tem de ser equacionada, mas que as soluções têm que ser estudadas e que só poderão avançar quando a barragem estiver concluída, até por que têm que ser tidas em conta as mais valias e o interesse da comunidade. Mas, afirma, que "é complicado definir o que é o bom ou mau uso". Para este deputado o problema não passa pelo número de hectares de cada propriedade, mas por outras questões entre elas o problema da distribuição de hortícolas e frutas e a existência de quotas que permitam a exportação portuguesa: "Vão pôr a Europa a comer os nossos hortícolas? Acham que se arranja um mercado e que os belgas e os holandeses deixam?" Rosado Fernandes defende assim que não faz sentido precipitar a transferência das culturas de sequeiro para regadio sem que haja condições de sustentabilidade agrícola. E lembra que os cereais agora produzidos não chegam para o consumo interno, pelo que o seu mercado está assegurado. Desviando o alvo da questão agrícola, o deputado do CDS alerta também para o risco de nascerem "várias quarteiras" mas ilhas que surgirão na barragem. "Há pilhas de projectos já metidos para as chamadas ilhas para ali fazer 'quarteiras'. Devia estar-se atento e impor uma urbanização muito pouco densa." OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Governo quer usar preço da água para impôr regadio

Bancos de terra podem ser bom princípio

Frases

Propostas em debate

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Rosado Fernandes recebeu mais de 850 mil contos

Que fazer com 110 mil hectares de regadio?

Investir um milhão, não ter mão-de-obra

A alternativa biológica

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