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08-11-2001
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Diário Económico >>

26 de Setembro

Política - Autarquias: Governo vai ao Parlamento explicar o «caso Felgueiras»

O secretário de Estado do Ordenamento do Território, José Augusto Carvalho, disponibilizou-se a ir à Assembleia para falar da gestão de Fátima Felgueiras à frente da câmara municipal. por Mário Baptista O secretário de Estado da Administração Local, José Augusto Carvalho, vai hoje ao Parlamento explicar o andamento das investigações à gestão da presidente de Câmara de Felgueiras, Fátima Felgueiras. A disponibilidade do governante, anunciada em carta enviada ontem à comissão parlamentar de Ambiente e Poder Local, contraria o que tem vindo a ser a posição oficial do grupo parlamentar do PS, que sempre manifestou a sua oposição à ida de qualquer governante à Assembleia da República. E é mais um revés para a contestada Fátima Felgueiras, depois de, anteontem, o presidente da Assembleia Municipal (AM) da câmara, o socialista Barros Moura, ter apresentado a sua demissão do cargo. Os deputados socialistas encolhem os ombros e desdramatizam a decsião de José Augusto de Carvalho, dizendo que «se ele quer vir, que venha, não somos nós que vamos inviabilizar», mas a verdade é que, segundo apurou o Diário Económico, a presença do governante é vista com algum incómodo. Primeiro, porque é uma cedência à exigência dos social-democratas da presença do ministro José Sócrates para explicar o andamento das investigações à gestão de Fátima Felgueiras, acusada de ter criado um «saco azul» para benefício pessoal e do PS. E depois, porque a posição não foi articulada com a bancada socialista, colhendo alguns deputados de surpresa. A polémica surgiu depois de um relatório da Inspecção Geral da Administração do Território (IGAT) ter considerado que a actuação da autarca justifica a perda de mandato. Uma recomendação recusada pelo secretário de Estado, que remeteu o processo para mais averiguações, motivando a indignação da oposição. Na reunião desta tarde, o secretário de Estado deverá também responder a um requerimento do deputado socialista Renato Sampaio, que indaga o governante sobre «quais as autarquias do distrito do Porto que nos últimos três anos foram objecto de inspecções por parte da IGAT». No requerimento, a que o DE teve acesso, Sampaio pretende também saber o «resultado das inspecções já concluídas às câmaras de Paredes e Baião», ambas do PSD. Uma espécie de resposta dos socialistas, que pretendem demonstrar que os excessos não acontecem apenas nas câmaras «rosa». Fátima Felgueiras foi acusada por dois vereadores socialistas, no ano passado, de ter criado um «saco azul» com fundos da autarquia para benefício pessoal e do PS. Foi instaurado um inquérito, do qual resultou a recomendação da IGAT relativa à perda de mandato por parte da autarca. Depois da posição dos deputados social-democratas na comissão parlamentar do Poder Local, o secretário-geral, José Luís Arnaut, convocou os jornalistas para denunciar a «vergonha das vergonhas», acusando o PS de estar a «atrasar o processo até às autárquicas», e pressionando o ministro da tutela das autarquias, José Sócrates, a ir ao Parlamento dar explicações. A resposta de Sócrates veio ontem, apanhando os socialistas desprevenidos. mbaptista@economica.iol.pt

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Política - Autarquias: Governo vai ao Parlamento explicar o «caso Felgueiras»

O secretário de Estado do Ordenamento do Território, José Augusto Carvalho, disponibilizou-se a ir à Assembleia para falar da gestão de Fátima Felgueiras à frente da câmara municipal. por Mário Baptista O secretário de Estado da Administração Local, José Augusto Carvalho, vai hoje ao Parlamento explicar o andamento das investigações à gestão da presidente de Câmara de Felgueiras, Fátima Felgueiras. A disponibilidade do governante, anunciada em carta enviada ontem à comissão parlamentar de Ambiente e Poder Local, contraria o que tem vindo a ser a posição oficial do grupo parlamentar do PS, que sempre manifestou a sua oposição à ida de qualquer governante à Assembleia da República. E é mais um revés para a contestada Fátima Felgueiras, depois de, anteontem, o presidente da Assembleia Municipal (AM) da câmara, o socialista Barros Moura, ter apresentado a sua demissão do cargo. Os deputados socialistas encolhem os ombros e desdramatizam a decsião de José Augusto de Carvalho, dizendo que «se ele quer vir, que venha, não somos nós que vamos inviabilizar», mas a verdade é que, segundo apurou o Diário Económico, a presença do governante é vista com algum incómodo. Primeiro, porque é uma cedência à exigência dos social-democratas da presença do ministro José Sócrates para explicar o andamento das investigações à gestão de Fátima Felgueiras, acusada de ter criado um «saco azul» para benefício pessoal e do PS. E depois, porque a posição não foi articulada com a bancada socialista, colhendo alguns deputados de surpresa. A polémica surgiu depois de um relatório da Inspecção Geral da Administração do Território (IGAT) ter considerado que a actuação da autarca justifica a perda de mandato. Uma recomendação recusada pelo secretário de Estado, que remeteu o processo para mais averiguações, motivando a indignação da oposição. Na reunião desta tarde, o secretário de Estado deverá também responder a um requerimento do deputado socialista Renato Sampaio, que indaga o governante sobre «quais as autarquias do distrito do Porto que nos últimos três anos foram objecto de inspecções por parte da IGAT». No requerimento, a que o DE teve acesso, Sampaio pretende também saber o «resultado das inspecções já concluídas às câmaras de Paredes e Baião», ambas do PSD. Uma espécie de resposta dos socialistas, que pretendem demonstrar que os excessos não acontecem apenas nas câmaras «rosa». Fátima Felgueiras foi acusada por dois vereadores socialistas, no ano passado, de ter criado um «saco azul» com fundos da autarquia para benefício pessoal e do PS. Foi instaurado um inquérito, do qual resultou a recomendação da IGAT relativa à perda de mandato por parte da autarca. Depois da posição dos deputados social-democratas na comissão parlamentar do Poder Local, o secretário-geral, José Luís Arnaut, convocou os jornalistas para denunciar a «vergonha das vergonhas», acusando o PS de estar a «atrasar o processo até às autárquicas», e pressionando o ministro da tutela das autarquias, José Sócrates, a ir ao Parlamento dar explicações. A resposta de Sócrates veio ontem, apanhando os socialistas desprevenidos. mbaptista@economica.iol.pt

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