EXPRESSO: Vidas

25-11-2001
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GENTE

Surpresa — Agradável tida por João de Deus Pinheiro e Rosalina Araújo quando, há dias, em representação do Clube de Golfe de Belas, jogavam a volta preliminar da final do Duke of Edinburgh Cup, no campo de golfe do Castelo de Windsor. Inesperadamente, surgiu no«green» uma espectadora a cavalo que cumprimentou os golfistas e por ali se manteve à conversa com alguns dos jogadores presentes: era, nem mais nem menos, a rainha Isabel II, que passeava, acompanhada dos seus cães, pelo campo normalmente privativo da Família Real britânica e dos 450 servidores do castelo. Ao almoço, os golfistas portugueses tiveram ainda a oportunidade de confraternizar com o Príncipe Filipe na Frogmore House, uma casa de campo situada nos terrenos do castelo.

Decisão — De Pedro Guterres, o filho do primeiro-ministro António Guterres, que foi vedeta de uma reunião socialista por, segundo o pai, considerar os portugueses pouco profissionais, de não viajar tanto como há meses e passar agora mais tempo em Lisboa. A nova situação decorre da sua transferência da PT Multimédia para o «corporate finance» da casa-mãe, presidida por Murteira Nabo. Pedro era passageiro frequente dos voos entre Lisboa e São Paulo, sobretudo na fase de aquisição da empresa Zipnet, mas continua a voar até ao Brasil sempre que os negócios da PT o exigem. Pedro optara por uma carreira nos Estados Unidos, singrando na Merril Lynch até que um convite de Zeinal Bava, o responsável da PTMultimedia que também trabalhara naquele banco de investimentos dos EUA, o convenceu a trocar Nova Iorque por Lisboa.

Notícia — De que um habitante do estado da Florida, nos EUA, decidiu pagar as suas multas, num total de 1050 dólares (mais de 238 contos), com 105.000 moedas de um cêntimo, para manifestar o seu descontentamento com os «abusos do sistema». James Lundi, de 26 anos, condenado a pagar esta soma por excesso de velocidade e por ter caducado a placa da sua matrícula, considerou que o montante da multa era «ridículo» e apareceu no tribunal de Santa Lucia com 17 sacos, contendo as 105 mil moedas. As autoridades não puderam recusar esta modalidade de pagamento.

Eurico e a meditação Coordenação de Pedro Andrade

O veterano «barão» do Partido Social Democrata Eurico de Melo deixou perplexa a assistência que, no passado sábado, participava na festa de apresentação dos candidatos sociais-democratas à Câmara Municipal de Guimarães. Não só pediu «uma vaga de fundo para levar Cavaco Silva à Presidência da República» como prometeu «apadrinhar» a candidatura de Marques Mendes «ao mais altíssimo cargo no partido». O veterano «barão» do Partido Social Democratadeixou perplexa a assistência que, no passado sábado, participava na festa de apresentação dos candidatos sociais-democratas à Câmara Municipal de Guimarães. Não só pediucomo prometeua candidatura de E, se ambas as candidaturas mereceram fortes ovações dos presentes, já a referência de Eurico a Durão Barroso se deparou com um silêncio gélido da assistência. Para piorar as coisas, o «barão» minhoto e vice-presidente de Durão Barroso resolveu considerar que se tratava de «um momento de meditação sobre o líder». E se Marques Mendes, que ultrapassava em Guimarães as oito dezenas de comícios de candidaturas do PSD em que já participou nesta campanha, estava boquiaberto com as palavras de Eurico de Melo, em Lisboa, a direcção de Barroso nem queria acreditar nos relatos que lhe chegavam. A tal ponto que Eurico se viu obrigado a esclarecer, no «Público» de terça-feira, que apoia Marques Mendes para líder, mas não contra Durão Barroso. E que estranhou o silêncio com que foi acolhida a referência a Durão Barroso, mas que tal se deveu a ressentimentos locais com a lista do PSD nas últimas eleições legislativas. É caso para dizer que borrou ainda mais a pintura.

O pai de Santana... RUI OCHÔA Se João Soares tem um pai sobejamente conhecido, Pedro Santana Lopes acabou de catapultar o seu para a fama, de seu nome Aníbal... Lopes (na foto). Foi um dos momentos altos do comício de Santana, arrancando gargalhadas aos presentes. Santana lembrou que João Soares ainda não tinha aceite um frente-a-frente televisivo e que tinha sido anunciada a «ajuda» que Mário Soares decidiu dar publicamente à campanha do filho. E rematou: «Ainda hoje falei com o meu pai, ao telefone. Pensei que ele estava disponível para um debate com o dr. Mário Soares, mas ele disse-me assim: 'Tu já és maior, o dr. João Soares também. Debatam vocês os dois'!» Setem um pai sobejamente conhecido,acabou de catapultar o seu para a fama, de seu nome(na foto). Foi um dos momentos altos do comício de Santana, arrancando gargalhadas aos presentes. Santana lembrou que João Soares ainda não tinha aceite um frente-a-frente televisivo e que tinha sido anunciada a «ajuda» quedecidiu dar publicamente à campanha do filho. E rematou: «Ainda hoje falei com o meu pai, ao telefone. Pensei que ele estava disponível para um debate com o dr. Mário Soares, mas ele disse-me assim: 'Tu já és maior, o dr. João Soares também. Debatam vocês os dois'!»

...e as «gaffes» do comício RUI OCHÔA Todos os comícios têm as suas «gaffes». E apesar do estilo «à americana» (que o Partido Social Democrata assegura não ter saído muito caro...), o comício de Pedro Santana Lopes, na última segunda-feira, no Coliseu dos Recreios, não fugiu à regra. Os protagonistas nesta matéria foram Álvaro Barreto, candidato a presidente da Assembleia Municipal, e o líder do PSD, Durão Barroso (a partir da esquerda na foto). O primeiro foi vítima da sua falta de rodagem nas lides partidárias: mal se acercou do púlpito de onde ia discursar, saudou efusivamente o público, de tal forma que fez voar o copo de água que lhe fora destinado. Já o líder do PSD decidiu iniciar o seu discurso recordando que, apesar da ascendência transmontana, é alfacinha de gema, nascido na freguesia de São Jorge de Arroios. E que fez a escola primária «numa escola oficial, ao pé da Rua Mário Soares... perdão, Morais Soares». Finalmente, o que não foi «gaffe», mas também deixou um pouco desorientados os presentes no comício, foi o discurso do psiquiatra Carlos Amaral Dias. Na qualidade de presidente da comissão de apoio à candidatura de Santana Lopes, o psiquiatra fez uma intervenção repleta de «cidadania», atitude «aristotélica, republicana e cívica», e outros palavrões um pouco fora de moda dos guiões para comícios. Todos os comícios têm as suas «gaffes». E apesar do estilo «à americana» (que o Partido Social Democrata assegura não ter saído muito caro...), o comício de, na última segunda-feira, no Coliseu dos Recreios, não fugiu à regra. Os protagonistas nesta matéria foram, candidato a presidente da Assembleia Municipal, e o líder do PSD,(a partir da esquerda na foto). O primeiro foi vítima da sua falta de rodagem nas lides partidárias: mal se acercou do púlpito de onde ia discursar, saudou efusivamente o público, de tal forma que fez voar o copo de água que lhe fora destinado. Já o líder do PSD decidiu iniciar o seu discurso recordando que, apesar da ascendência transmontana, é alfacinha de gema, nascido na freguesia de São Jorge de Arroios. E que fez a escola primária. Finalmente, o que não foi «gaffe», mas também deixou um pouco desorientados os presentes no comício, foi o discurso do psiquiatra. Na qualidade de presidente da comissão de apoio à candidatura de Santana Lopes, o psiquiatra fez uma intervenção repleta de, atitude, e outros palavrões um pouco fora de moda dos guiões para comícios.

Reunião da Impresa Dois momentos do «programa lúdico»: Balsemão experimenta o piano e um grupo da SIC (onde se reconhecem Gualdino Paredes e Martim Cabral) dança o «Bailinho da Madeira»

Os quadros da Impresa reuniram-se no passado fim-de-semana no Algarve. Referiram-se às dificuldades de algumas empresas do grupo, agravadas pela crise que afecta a Europa e o Mundo, mas o tom foi de optimismo. O ano que vem anuncia-se melhor. E, mostrando que não perdeu o gosto pela música, Francisco Balsemão acompanhou ao piano um coro improvisado e a equipa da SIC dançou à moda da Madeira. Os quadros da Impresa reuniram-se no passado fim-de-semana no Algarve. Referiram-se às dificuldades de algumas empresas do grupo, agravadas pela crise que afecta a Europa e o Mundo, mas o tom foi de optimismo. O ano que vem anuncia-se melhor. E, mostrando que não perdeu o gosto pela música, Francisco Balsemão acompanhou ao piano um coro improvisado e a equipa da SIC dançou à moda da Madeira. FOTOGRAFIAS DE RUI OCHÔA A mesa que presidiu aos trabalhos: Luiz Vasconcellos, Balsemão (com a filha Mónica «ao ombro») e Fernando Ulrich (vice-presidente do BPI e administrador da Impresa, que foi um dos oradores convidados)

O apelido Rebelo de Sousa LUIZ CARVALHO Ao que GENTE apurou, a família Rebelo de Sousa ficou praticamente em estado de choque quando soube do jantar de apoio a João Soares (na foto) no Grémio Literário, na passada segunda-feira. Dois dos três irmãos Rebelo de Sousa, António e Pedro, decidiram apoiar publicamente o candidato da coligação de esquerda e actual presidente do município, por «se tratar de um político coerente», apesar de discordarem «da composição da coligação»... formada pelo PS, PCP e PEV. GENTE pergunta o que terá levado João Soares a dar tal destaque aos irmãos de Marcelo e filhos de Baltazar Rebelo de Sousa: será apenas a força do apelido? E o que terá levado António e Pedro a tão explícito gesto de apoio: será apenas a «coerência» de João Soares? Ao que GENTE apurou, a famíliaficou praticamente em estado de choque quando soube do jantar de apoio a(na foto) no Grémio Literário, na passada segunda-feira. Dois dos três irmãos Rebelo de Sousa,, decidiram apoiar publicamente o candidato da coligação de esquerda e actual presidente do município, por, apesar de discordarem... formada pelo PS, PCP e PEV. GENTE pergunta o que terá levado João Soares a dar tal destaque aos irmãos dee filhos de: será apenas a força do apelido? E o que terá levado António e Pedro a tão explícito gesto de apoio: será apenas a «coerência» de João Soares?

Agenda «tirânica» JORGE SIMÃO Desengane-se o leitor se pensa que a novela do país real é só no «Big Brother» da TVI. E experimente assistir a algumas cerimónias que se realizam por esse país. A que a seguir se relata passou-se no último sábado, na inauguração do pólo do Instituto Piaget em Santo André (no distrito de Setúbal). Presente, além das individualidades oficiais da praxe, estava o antigo ministro da Justiça e ex-provedor de Justiça, Menéres Pimentel, na qualidade de presidente do «conselho de sábios» do Piaget. O papel de apresentador de serviço coube a um dos dirigentes do pólo, que brilhou pelas introduções que fez. Menéres Pimentel foi apresentado como «um homem que já deu tudo ao país em termos políticos», enquanto Almeida Santos, presidente da Assembleia da República, foi considerado «o 'primus inter pares'» do já referido conselho de sábios. Almeida Santos, aliás, não esteve presente - e por isso mesmo mandou uma mensagem bem-humorada, lida pelo apresentador, em que explicava ter nesse dia uma «tirânica agenda». O presidente da Assembleia sublinhava que tinha de estar presente nesse dia na Faculdade de Coimbra, a presidir à cerimónia de entrega do doutoramento «honoris causa» ao Presidente da Argentina, Fernando de la Rua - um doutoramento que, segundo explicou, exigira muitas e difíceis diligências da sua parte... E rematava garantindo que a sua alma e coração estavam com os presentes. E isto «apesar das arrelias que me tem causado o meu realejo», segundo salientou, numa alusão às arritmias cardíacas que o obrigaram há umas semanas a abandonar de forma súbita a condução dos trabalhos parlamentares e a receber assistência hospitalar. De resto, a cerimónia decorreu normalmente, com o apresentador a salientar como o seu ego se sentia «afagado» ao apresentar tão ilustres figuras. Desengane-se o leitor se pensa que a novela do país real é só no «Big Brother» da TVI. E experimente assistir a algumas cerimónias que se realizam por esse país. A que a seguir se relata passou-se no último sábado, na inauguração do pólo do Instituto Piaget em Santo André (no distrito de Setúbal). Presente, além das individualidades oficiais da praxe, estava o antigo ministro da Justiça e ex-provedor de Justiça,, na qualidade de presidente do «conselho de sábios» do Piaget. O papel de apresentador de serviço coube a um dos dirigentes do pólo, que brilhou pelas introduções que fez. Menéres Pimentel foi apresentado como, enquanto, presidente da Assembleia da República, foi consideradodo já referido conselho de sábios. Almeida Santos, aliás, não esteve presente - e por isso mesmo mandou uma mensagem bem-humorada, lida pelo apresentador, em que explicava ter nesse dia uma. O presidente da Assembleia sublinhava que tinha de estar presente nesse dia na Faculdade de Coimbra, a presidir à cerimónia de entrega do doutoramento «honoris causa» ao Presidente da Argentina,- um doutoramento que, segundo explicou, exigira muitas e difíceis diligências da sua parte... E rematava garantindo que a sua alma e coração estavam com os presentes. E isto, segundo salientou, numa alusão às arritmias cardíacas que o obrigaram há umas semanas a abandonar de forma súbita a condução dos trabalhos parlamentares e a receber assistência hospitalar. De resto, a cerimónia decorreu normalmente, com o apresentador a salientar como o seu ego se sentiaao apresentar tão ilustres figuras.

Ódio velho não cansa Numa coluna publicada na última página do semanário «O Diabo», o realizador e encenador Herlânder Peyroteo insurge-se contra uma entrevista publicada no EXPRESSO. Tratava-se de uma «conversa» com Walter Fernandes que, segundo Peyroteo, «cuspia ódio a Vasco da Gama e aos Portugueses». Como, do ponto de vista de Herlânder, ódio com ódio se paga, o realizador e encenador zurze o pobre Walter, o desgraçado Fernandes de alto a baixo. Mas o ódio também é cego, o que explica o facto de Peyroteo, apesar de ter reparado no nome da secção - «Entrevistas Imaginárias» -, não ter perdido um segundo a pensar no significado da palavra «imaginária». Pois é, a entrevista era inventada, como todas as dessa secção assinada pelo nosso colaborador Pedro Bragança. E só mais uma nota: ódio velho também não cansa. O que explica que Herlânder tenha publicado a sua diatribe contra Walter Fernandes mais de três anos depois (28 de Março de 1998) de a imaginária entrevista ter sido publicada. Ele há coisas do diabo...

GENTE

Surpresa — Agradável tida por João de Deus Pinheiro e Rosalina Araújo quando, há dias, em representação do Clube de Golfe de Belas, jogavam a volta preliminar da final do Duke of Edinburgh Cup, no campo de golfe do Castelo de Windsor. Inesperadamente, surgiu no«green» uma espectadora a cavalo que cumprimentou os golfistas e por ali se manteve à conversa com alguns dos jogadores presentes: era, nem mais nem menos, a rainha Isabel II, que passeava, acompanhada dos seus cães, pelo campo normalmente privativo da Família Real britânica e dos 450 servidores do castelo. Ao almoço, os golfistas portugueses tiveram ainda a oportunidade de confraternizar com o Príncipe Filipe na Frogmore House, uma casa de campo situada nos terrenos do castelo.

Decisão — De Pedro Guterres, o filho do primeiro-ministro António Guterres, que foi vedeta de uma reunião socialista por, segundo o pai, considerar os portugueses pouco profissionais, de não viajar tanto como há meses e passar agora mais tempo em Lisboa. A nova situação decorre da sua transferência da PT Multimédia para o «corporate finance» da casa-mãe, presidida por Murteira Nabo. Pedro era passageiro frequente dos voos entre Lisboa e São Paulo, sobretudo na fase de aquisição da empresa Zipnet, mas continua a voar até ao Brasil sempre que os negócios da PT o exigem. Pedro optara por uma carreira nos Estados Unidos, singrando na Merril Lynch até que um convite de Zeinal Bava, o responsável da PTMultimedia que também trabalhara naquele banco de investimentos dos EUA, o convenceu a trocar Nova Iorque por Lisboa.

Notícia — De que um habitante do estado da Florida, nos EUA, decidiu pagar as suas multas, num total de 1050 dólares (mais de 238 contos), com 105.000 moedas de um cêntimo, para manifestar o seu descontentamento com os «abusos do sistema». James Lundi, de 26 anos, condenado a pagar esta soma por excesso de velocidade e por ter caducado a placa da sua matrícula, considerou que o montante da multa era «ridículo» e apareceu no tribunal de Santa Lucia com 17 sacos, contendo as 105 mil moedas. As autoridades não puderam recusar esta modalidade de pagamento.

Eurico e a meditação Coordenação de Pedro Andrade

O veterano «barão» do Partido Social Democrata Eurico de Melo deixou perplexa a assistência que, no passado sábado, participava na festa de apresentação dos candidatos sociais-democratas à Câmara Municipal de Guimarães. Não só pediu «uma vaga de fundo para levar Cavaco Silva à Presidência da República» como prometeu «apadrinhar» a candidatura de Marques Mendes «ao mais altíssimo cargo no partido». O veterano «barão» do Partido Social Democratadeixou perplexa a assistência que, no passado sábado, participava na festa de apresentação dos candidatos sociais-democratas à Câmara Municipal de Guimarães. Não só pediucomo prometeua candidatura de E, se ambas as candidaturas mereceram fortes ovações dos presentes, já a referência de Eurico a Durão Barroso se deparou com um silêncio gélido da assistência. Para piorar as coisas, o «barão» minhoto e vice-presidente de Durão Barroso resolveu considerar que se tratava de «um momento de meditação sobre o líder». E se Marques Mendes, que ultrapassava em Guimarães as oito dezenas de comícios de candidaturas do PSD em que já participou nesta campanha, estava boquiaberto com as palavras de Eurico de Melo, em Lisboa, a direcção de Barroso nem queria acreditar nos relatos que lhe chegavam. A tal ponto que Eurico se viu obrigado a esclarecer, no «Público» de terça-feira, que apoia Marques Mendes para líder, mas não contra Durão Barroso. E que estranhou o silêncio com que foi acolhida a referência a Durão Barroso, mas que tal se deveu a ressentimentos locais com a lista do PSD nas últimas eleições legislativas. É caso para dizer que borrou ainda mais a pintura.

O pai de Santana... RUI OCHÔA Se João Soares tem um pai sobejamente conhecido, Pedro Santana Lopes acabou de catapultar o seu para a fama, de seu nome Aníbal... Lopes (na foto). Foi um dos momentos altos do comício de Santana, arrancando gargalhadas aos presentes. Santana lembrou que João Soares ainda não tinha aceite um frente-a-frente televisivo e que tinha sido anunciada a «ajuda» que Mário Soares decidiu dar publicamente à campanha do filho. E rematou: «Ainda hoje falei com o meu pai, ao telefone. Pensei que ele estava disponível para um debate com o dr. Mário Soares, mas ele disse-me assim: 'Tu já és maior, o dr. João Soares também. Debatam vocês os dois'!» Setem um pai sobejamente conhecido,acabou de catapultar o seu para a fama, de seu nome(na foto). Foi um dos momentos altos do comício de Santana, arrancando gargalhadas aos presentes. Santana lembrou que João Soares ainda não tinha aceite um frente-a-frente televisivo e que tinha sido anunciada a «ajuda» quedecidiu dar publicamente à campanha do filho. E rematou: «Ainda hoje falei com o meu pai, ao telefone. Pensei que ele estava disponível para um debate com o dr. Mário Soares, mas ele disse-me assim: 'Tu já és maior, o dr. João Soares também. Debatam vocês os dois'!»

...e as «gaffes» do comício RUI OCHÔA Todos os comícios têm as suas «gaffes». E apesar do estilo «à americana» (que o Partido Social Democrata assegura não ter saído muito caro...), o comício de Pedro Santana Lopes, na última segunda-feira, no Coliseu dos Recreios, não fugiu à regra. Os protagonistas nesta matéria foram Álvaro Barreto, candidato a presidente da Assembleia Municipal, e o líder do PSD, Durão Barroso (a partir da esquerda na foto). O primeiro foi vítima da sua falta de rodagem nas lides partidárias: mal se acercou do púlpito de onde ia discursar, saudou efusivamente o público, de tal forma que fez voar o copo de água que lhe fora destinado. Já o líder do PSD decidiu iniciar o seu discurso recordando que, apesar da ascendência transmontana, é alfacinha de gema, nascido na freguesia de São Jorge de Arroios. E que fez a escola primária «numa escola oficial, ao pé da Rua Mário Soares... perdão, Morais Soares». Finalmente, o que não foi «gaffe», mas também deixou um pouco desorientados os presentes no comício, foi o discurso do psiquiatra Carlos Amaral Dias. Na qualidade de presidente da comissão de apoio à candidatura de Santana Lopes, o psiquiatra fez uma intervenção repleta de «cidadania», atitude «aristotélica, republicana e cívica», e outros palavrões um pouco fora de moda dos guiões para comícios. Todos os comícios têm as suas «gaffes». E apesar do estilo «à americana» (que o Partido Social Democrata assegura não ter saído muito caro...), o comício de, na última segunda-feira, no Coliseu dos Recreios, não fugiu à regra. Os protagonistas nesta matéria foram, candidato a presidente da Assembleia Municipal, e o líder do PSD,(a partir da esquerda na foto). O primeiro foi vítima da sua falta de rodagem nas lides partidárias: mal se acercou do púlpito de onde ia discursar, saudou efusivamente o público, de tal forma que fez voar o copo de água que lhe fora destinado. Já o líder do PSD decidiu iniciar o seu discurso recordando que, apesar da ascendência transmontana, é alfacinha de gema, nascido na freguesia de São Jorge de Arroios. E que fez a escola primária. Finalmente, o que não foi «gaffe», mas também deixou um pouco desorientados os presentes no comício, foi o discurso do psiquiatra. Na qualidade de presidente da comissão de apoio à candidatura de Santana Lopes, o psiquiatra fez uma intervenção repleta de, atitude, e outros palavrões um pouco fora de moda dos guiões para comícios.

Reunião da Impresa Dois momentos do «programa lúdico»: Balsemão experimenta o piano e um grupo da SIC (onde se reconhecem Gualdino Paredes e Martim Cabral) dança o «Bailinho da Madeira»

Os quadros da Impresa reuniram-se no passado fim-de-semana no Algarve. Referiram-se às dificuldades de algumas empresas do grupo, agravadas pela crise que afecta a Europa e o Mundo, mas o tom foi de optimismo. O ano que vem anuncia-se melhor. E, mostrando que não perdeu o gosto pela música, Francisco Balsemão acompanhou ao piano um coro improvisado e a equipa da SIC dançou à moda da Madeira. Os quadros da Impresa reuniram-se no passado fim-de-semana no Algarve. Referiram-se às dificuldades de algumas empresas do grupo, agravadas pela crise que afecta a Europa e o Mundo, mas o tom foi de optimismo. O ano que vem anuncia-se melhor. E, mostrando que não perdeu o gosto pela música, Francisco Balsemão acompanhou ao piano um coro improvisado e a equipa da SIC dançou à moda da Madeira. FOTOGRAFIAS DE RUI OCHÔA A mesa que presidiu aos trabalhos: Luiz Vasconcellos, Balsemão (com a filha Mónica «ao ombro») e Fernando Ulrich (vice-presidente do BPI e administrador da Impresa, que foi um dos oradores convidados)

O apelido Rebelo de Sousa LUIZ CARVALHO Ao que GENTE apurou, a família Rebelo de Sousa ficou praticamente em estado de choque quando soube do jantar de apoio a João Soares (na foto) no Grémio Literário, na passada segunda-feira. Dois dos três irmãos Rebelo de Sousa, António e Pedro, decidiram apoiar publicamente o candidato da coligação de esquerda e actual presidente do município, por «se tratar de um político coerente», apesar de discordarem «da composição da coligação»... formada pelo PS, PCP e PEV. GENTE pergunta o que terá levado João Soares a dar tal destaque aos irmãos de Marcelo e filhos de Baltazar Rebelo de Sousa: será apenas a força do apelido? E o que terá levado António e Pedro a tão explícito gesto de apoio: será apenas a «coerência» de João Soares? Ao que GENTE apurou, a famíliaficou praticamente em estado de choque quando soube do jantar de apoio a(na foto) no Grémio Literário, na passada segunda-feira. Dois dos três irmãos Rebelo de Sousa,, decidiram apoiar publicamente o candidato da coligação de esquerda e actual presidente do município, por, apesar de discordarem... formada pelo PS, PCP e PEV. GENTE pergunta o que terá levado João Soares a dar tal destaque aos irmãos dee filhos de: será apenas a força do apelido? E o que terá levado António e Pedro a tão explícito gesto de apoio: será apenas a «coerência» de João Soares?

Agenda «tirânica» JORGE SIMÃO Desengane-se o leitor se pensa que a novela do país real é só no «Big Brother» da TVI. E experimente assistir a algumas cerimónias que se realizam por esse país. A que a seguir se relata passou-se no último sábado, na inauguração do pólo do Instituto Piaget em Santo André (no distrito de Setúbal). Presente, além das individualidades oficiais da praxe, estava o antigo ministro da Justiça e ex-provedor de Justiça, Menéres Pimentel, na qualidade de presidente do «conselho de sábios» do Piaget. O papel de apresentador de serviço coube a um dos dirigentes do pólo, que brilhou pelas introduções que fez. Menéres Pimentel foi apresentado como «um homem que já deu tudo ao país em termos políticos», enquanto Almeida Santos, presidente da Assembleia da República, foi considerado «o 'primus inter pares'» do já referido conselho de sábios. Almeida Santos, aliás, não esteve presente - e por isso mesmo mandou uma mensagem bem-humorada, lida pelo apresentador, em que explicava ter nesse dia uma «tirânica agenda». O presidente da Assembleia sublinhava que tinha de estar presente nesse dia na Faculdade de Coimbra, a presidir à cerimónia de entrega do doutoramento «honoris causa» ao Presidente da Argentina, Fernando de la Rua - um doutoramento que, segundo explicou, exigira muitas e difíceis diligências da sua parte... E rematava garantindo que a sua alma e coração estavam com os presentes. E isto «apesar das arrelias que me tem causado o meu realejo», segundo salientou, numa alusão às arritmias cardíacas que o obrigaram há umas semanas a abandonar de forma súbita a condução dos trabalhos parlamentares e a receber assistência hospitalar. De resto, a cerimónia decorreu normalmente, com o apresentador a salientar como o seu ego se sentia «afagado» ao apresentar tão ilustres figuras. Desengane-se o leitor se pensa que a novela do país real é só no «Big Brother» da TVI. E experimente assistir a algumas cerimónias que se realizam por esse país. A que a seguir se relata passou-se no último sábado, na inauguração do pólo do Instituto Piaget em Santo André (no distrito de Setúbal). Presente, além das individualidades oficiais da praxe, estava o antigo ministro da Justiça e ex-provedor de Justiça,, na qualidade de presidente do «conselho de sábios» do Piaget. O papel de apresentador de serviço coube a um dos dirigentes do pólo, que brilhou pelas introduções que fez. Menéres Pimentel foi apresentado como, enquanto, presidente da Assembleia da República, foi consideradodo já referido conselho de sábios. Almeida Santos, aliás, não esteve presente - e por isso mesmo mandou uma mensagem bem-humorada, lida pelo apresentador, em que explicava ter nesse dia uma. O presidente da Assembleia sublinhava que tinha de estar presente nesse dia na Faculdade de Coimbra, a presidir à cerimónia de entrega do doutoramento «honoris causa» ao Presidente da Argentina,- um doutoramento que, segundo explicou, exigira muitas e difíceis diligências da sua parte... E rematava garantindo que a sua alma e coração estavam com os presentes. E isto, segundo salientou, numa alusão às arritmias cardíacas que o obrigaram há umas semanas a abandonar de forma súbita a condução dos trabalhos parlamentares e a receber assistência hospitalar. De resto, a cerimónia decorreu normalmente, com o apresentador a salientar como o seu ego se sentiaao apresentar tão ilustres figuras.

Ódio velho não cansa Numa coluna publicada na última página do semanário «O Diabo», o realizador e encenador Herlânder Peyroteo insurge-se contra uma entrevista publicada no EXPRESSO. Tratava-se de uma «conversa» com Walter Fernandes que, segundo Peyroteo, «cuspia ódio a Vasco da Gama e aos Portugueses». Como, do ponto de vista de Herlânder, ódio com ódio se paga, o realizador e encenador zurze o pobre Walter, o desgraçado Fernandes de alto a baixo. Mas o ódio também é cego, o que explica o facto de Peyroteo, apesar de ter reparado no nome da secção - «Entrevistas Imaginárias» -, não ter perdido um segundo a pensar no significado da palavra «imaginária». Pois é, a entrevista era inventada, como todas as dessa secção assinada pelo nosso colaborador Pedro Bragança. E só mais uma nota: ódio velho também não cansa. O que explica que Herlânder tenha publicado a sua diatribe contra Walter Fernandes mais de três anos depois (28 de Março de 1998) de a imaginária entrevista ter sido publicada. Ele há coisas do diabo...

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