EXPRESSO: Opinião

04-12-2001
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Lisboa e os sinos

«Está em causa nas próximas eleições autárquicas um teste ao nível de exigência dos portugueses como cidadãos. Estou em crer que há um sentimento crítico profundo, misturado de preocupação e de desalento, que vai manifestar-se nas eleições de Dezembro. Portugal está adiado e não pode continuar assim até ao termo do mandato do actual Governo. 'É impossível manter o país adiado até Outubro de 2003', escreveu Cavaco Silva.»

As próximas eleições autárquicas constituirão um teste aos candidatos envolvidos, é certo, ao Governo, também, mas, sobretudo, a nós portugueses.

Se decorridos seis anos sobre uma acção governativa tão pobre, se depois de tantos sinais concludentes sobre a fraca competência de quem nos governa e dos riscos a que essa fraca competência expõe Portugal a médio e longo prazo, se depois de tudo isto, os portugueses permanecerem indiferentes, então, será porque o problema terá raízes bem mais fundas do que podemos pensar.

Está em causa nas próximas eleições autárquicas um teste ao nível de exigência dos portugueses como cidadãos.

Estou em crer que há um sentimento crítico profundo, misturado de preocupação e de desalento, que vai manifestar-se nas eleições de Dezembro.

Portugal está adiado e não pode continuar assim até ao termo do mandato do actual Governo.

«É impossível manter o país adiado até Outubro de 2003», escreveu Cavaco Silva.

«Ou nos próximos 2/3 anos Portugal faz uma recuperação drástica da sua competitividade, ou nunca chegará à média europeia», escrevem em conclusão do seu recente estudo os economistas Jorge Vasconcelos e Sá, Miguel Frasquilho e a multinacional Watson Wyatt.

Os sinos da ambição portuguesa têm que tocar a rebate! Até Outubro de 2003, esta será a última oportunidade do povo português poder inverter esta tendência de degradação.

O maior sinal de mudança poderá ser dado na eleição de Lisboa.

Não há hoje qualquer razão para se duvidar da capacidade de Pedro Santana Lopes para desempenhar com competência o cargo de presidente da Câmara de Lisboa. Não se encontra crítica contra a obra por ele feita na Figueira da Foz. Depois, os critérios que conduziram a essa obra, permanecem decisivos para Lisboa: combate ao crescimento urbanístico, inquietação ambiental, preocupação genuína com os mais desfavorecidos, pulso de ferro sobre os serviços da Câmara, valorização política da autarquia no contexto nacional e um voluntarismo sempre tenso de modo a realizar obra e a ser capaz de inverter situações que parecem irreversíveis.

João Soares alegra-se de ter feito em oito anos, o que devia ter feito em quatro. Pedro Santana Lopes alegra-se de ter feito em quatro anos o que seria exigível que fizesse em oito.

Mas às razões de Lisboa acrescem razões próprias da área metropolitana. Esta área precisa de uma liderança forte, que fale com independência e sem papas na língua ao poder central e aos egoísmos autárquicos.

Pedro Santana Lopes tem o perfil exacto para esta tarefa. Deus meu, quantos milhões de contos do nosso trabalho, quantas milhares de horas das nossas famílias se perdem neste caos metropolitano?

Por fim, no plano nacional a mudança em Lisboa teria uma enorme importância.

A começar pelo PSD. O PSD não conseguiu até ao momento ser o pólo mobilizador do descontentamento popular. Uma vitória autárquica concludente abrirá um novo ciclo. Mas, se esse ciclo não for devidamente aproveitado, bom será que os ingredientes de exigência interna estejam todos presentes na hora de decidir.

Depois, o PS. Os socialistas têm poder a mais e abusam do poder que têm. O tiro certeiro neste enfatuado regime socialista é a Câmara de Lisboa. Por fim, o próprio Pedro Santana Lopes. Pese o seu temperamento polémico, e até por isso mesmo, seria uma pedrada no charco.

Esta sórdida tentação socialista de pôr Portugal a dormir seria impossível com Pedro Santana Lopes à frente da área metropolitana de Lisboa.

É preciso tocar os sinos do inconformismo.

Lisboa e os sinos

«Está em causa nas próximas eleições autárquicas um teste ao nível de exigência dos portugueses como cidadãos. Estou em crer que há um sentimento crítico profundo, misturado de preocupação e de desalento, que vai manifestar-se nas eleições de Dezembro. Portugal está adiado e não pode continuar assim até ao termo do mandato do actual Governo. 'É impossível manter o país adiado até Outubro de 2003', escreveu Cavaco Silva.»

As próximas eleições autárquicas constituirão um teste aos candidatos envolvidos, é certo, ao Governo, também, mas, sobretudo, a nós portugueses.

Se decorridos seis anos sobre uma acção governativa tão pobre, se depois de tantos sinais concludentes sobre a fraca competência de quem nos governa e dos riscos a que essa fraca competência expõe Portugal a médio e longo prazo, se depois de tudo isto, os portugueses permanecerem indiferentes, então, será porque o problema terá raízes bem mais fundas do que podemos pensar.

Está em causa nas próximas eleições autárquicas um teste ao nível de exigência dos portugueses como cidadãos.

Estou em crer que há um sentimento crítico profundo, misturado de preocupação e de desalento, que vai manifestar-se nas eleições de Dezembro.

Portugal está adiado e não pode continuar assim até ao termo do mandato do actual Governo.

«É impossível manter o país adiado até Outubro de 2003», escreveu Cavaco Silva.

«Ou nos próximos 2/3 anos Portugal faz uma recuperação drástica da sua competitividade, ou nunca chegará à média europeia», escrevem em conclusão do seu recente estudo os economistas Jorge Vasconcelos e Sá, Miguel Frasquilho e a multinacional Watson Wyatt.

Os sinos da ambição portuguesa têm que tocar a rebate! Até Outubro de 2003, esta será a última oportunidade do povo português poder inverter esta tendência de degradação.

O maior sinal de mudança poderá ser dado na eleição de Lisboa.

Não há hoje qualquer razão para se duvidar da capacidade de Pedro Santana Lopes para desempenhar com competência o cargo de presidente da Câmara de Lisboa. Não se encontra crítica contra a obra por ele feita na Figueira da Foz. Depois, os critérios que conduziram a essa obra, permanecem decisivos para Lisboa: combate ao crescimento urbanístico, inquietação ambiental, preocupação genuína com os mais desfavorecidos, pulso de ferro sobre os serviços da Câmara, valorização política da autarquia no contexto nacional e um voluntarismo sempre tenso de modo a realizar obra e a ser capaz de inverter situações que parecem irreversíveis.

João Soares alegra-se de ter feito em oito anos, o que devia ter feito em quatro. Pedro Santana Lopes alegra-se de ter feito em quatro anos o que seria exigível que fizesse em oito.

Mas às razões de Lisboa acrescem razões próprias da área metropolitana. Esta área precisa de uma liderança forte, que fale com independência e sem papas na língua ao poder central e aos egoísmos autárquicos.

Pedro Santana Lopes tem o perfil exacto para esta tarefa. Deus meu, quantos milhões de contos do nosso trabalho, quantas milhares de horas das nossas famílias se perdem neste caos metropolitano?

Por fim, no plano nacional a mudança em Lisboa teria uma enorme importância.

A começar pelo PSD. O PSD não conseguiu até ao momento ser o pólo mobilizador do descontentamento popular. Uma vitória autárquica concludente abrirá um novo ciclo. Mas, se esse ciclo não for devidamente aproveitado, bom será que os ingredientes de exigência interna estejam todos presentes na hora de decidir.

Depois, o PS. Os socialistas têm poder a mais e abusam do poder que têm. O tiro certeiro neste enfatuado regime socialista é a Câmara de Lisboa. Por fim, o próprio Pedro Santana Lopes. Pese o seu temperamento polémico, e até por isso mesmo, seria uma pedrada no charco.

Esta sórdida tentação socialista de pôr Portugal a dormir seria impossível com Pedro Santana Lopes à frente da área metropolitana de Lisboa.

É preciso tocar os sinos do inconformismo.

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