Altos e baixos de uma longa relação

07-02-2001
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Altos e Baixos de Uma Longa Relação

Quarta-feira, 31 de Janeiro de 2001

1974 Pedro Santana Lopes e Durão Barroso conhecem-se na Faculdade de Direito de Lisboa; ambos combatem o PCP, o primeiro como líder do Movimento Independente de Direito, mais próximo da extrema-direita, o segundo no MRPP, na extrema-esquerda.

1976 Santana Lopes adere ao PSD.

1979 Fundam a Associação Portuguesa de Jovens para as Nações Unidas.

1980 No dia a seguir à morte de Sá Carneiro, 6 de Dezembro, Durão Barroso preenche a ficha de militante do PSD em casa dos pais de Santana Lopes.

1985 Santana Lopes sugere a Eurico de Melo o chamamento de Barroso ao primeiro executivo de Cavaco, onde o jovem social-democrata (então com 29 anos) inicia a carreira governamental como secretário de Estado adjunto para a Administração Interna. Santana é secretário de Estado da Presidência, mas no ano seguinte é "afastado" para o Parlamento Europeu.

1990 Santana Lopes toma posse do cargo do secretário de Estado da Cultura, onde deixou grande polémica. Menos polémica foi a travessia de Durão Barroso pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde passou sem grandes ondas de secretário de Estado a ministro, tendo apesar de tudo ganho um sólido inimigo de estimação, o seu antigo chefe João de Deus Pinheiro, que se torna depois apoiante de Santana Lopes.

1995 Já estão desavindos quando acaba o cavaquismo. Durão Barroso é candidato à sucessão de Cavaco Silva no congresso do PSD. Ganha Fernando Nogueira e Santana Lopes ensaia uma corrida à liderança que fica pelo caminho.

1996 Durão apoia a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à substituição de Fernando Nogueira. Santana volta a tentar o avanço, mas desiste de enfrentar Marcelo.

1997 Santana Lopes ganha a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Preferia ter sido candidato por Sintra, mas a distrital de Lisboa, na altura liderada por Pacheco Pereira, veta o seu nome para enfrentar Edite Estrela.

1998 Do "exílio" em Washington, Durão Barroso lidera uma corrente contra a Alternativa Democrática de Marcelo Rebelo de Sousa. Marcelo obriga-o a "desmascarar-se" no congresso de Tavira. Santana Lopes também está na oposição a Marcelo. Não se falaram, mas trocaram uns mimos na tribuna.

1999 No congresso do Porto, onde Marcelo é reeleito e a AD sufragada, um grupo antimarcelista, entusiasmado por Duarte Lima, tenta a reconciliação entre os dois, com vista ao combate a Marcelo. Não é desta ainda que os dois ex-amigos se falam, mas Durão Barroso, perante a plateia do congresso, recorda que assinou a ficha de adesão ao PSD em casa dos pais de Santana Lopes. É o sinal público do degelo. Tempos antes, tinha morrido a mãe de Santana Lopes e Durão Barroso aparecera no funeral. Santana, com quem Durão não trocava uma palavra há anos, vai abraçá-lo. Dois meses depois, "suicida-se" a Alternativa Democrática. Durão Barroso é aclamado líder no congresso de Coimbra, mas sem Santana Lopes.

2000 Santana Lopes exige um congresso extraordinário para decidir a eleição directa do líder do PSD pelo universo de todos os militantes. O congresso faz-se, a pretensão de Santana é chumbada, mas por pouco...

Altos e Baixos de Uma Longa Relação

Quarta-feira, 31 de Janeiro de 2001

1974 Pedro Santana Lopes e Durão Barroso conhecem-se na Faculdade de Direito de Lisboa; ambos combatem o PCP, o primeiro como líder do Movimento Independente de Direito, mais próximo da extrema-direita, o segundo no MRPP, na extrema-esquerda.

1976 Santana Lopes adere ao PSD.

1979 Fundam a Associação Portuguesa de Jovens para as Nações Unidas.

1980 No dia a seguir à morte de Sá Carneiro, 6 de Dezembro, Durão Barroso preenche a ficha de militante do PSD em casa dos pais de Santana Lopes.

1985 Santana Lopes sugere a Eurico de Melo o chamamento de Barroso ao primeiro executivo de Cavaco, onde o jovem social-democrata (então com 29 anos) inicia a carreira governamental como secretário de Estado adjunto para a Administração Interna. Santana é secretário de Estado da Presidência, mas no ano seguinte é "afastado" para o Parlamento Europeu.

1990 Santana Lopes toma posse do cargo do secretário de Estado da Cultura, onde deixou grande polémica. Menos polémica foi a travessia de Durão Barroso pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde passou sem grandes ondas de secretário de Estado a ministro, tendo apesar de tudo ganho um sólido inimigo de estimação, o seu antigo chefe João de Deus Pinheiro, que se torna depois apoiante de Santana Lopes.

1995 Já estão desavindos quando acaba o cavaquismo. Durão Barroso é candidato à sucessão de Cavaco Silva no congresso do PSD. Ganha Fernando Nogueira e Santana Lopes ensaia uma corrida à liderança que fica pelo caminho.

1996 Durão apoia a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à substituição de Fernando Nogueira. Santana volta a tentar o avanço, mas desiste de enfrentar Marcelo.

1997 Santana Lopes ganha a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Preferia ter sido candidato por Sintra, mas a distrital de Lisboa, na altura liderada por Pacheco Pereira, veta o seu nome para enfrentar Edite Estrela.

1998 Do "exílio" em Washington, Durão Barroso lidera uma corrente contra a Alternativa Democrática de Marcelo Rebelo de Sousa. Marcelo obriga-o a "desmascarar-se" no congresso de Tavira. Santana Lopes também está na oposição a Marcelo. Não se falaram, mas trocaram uns mimos na tribuna.

1999 No congresso do Porto, onde Marcelo é reeleito e a AD sufragada, um grupo antimarcelista, entusiasmado por Duarte Lima, tenta a reconciliação entre os dois, com vista ao combate a Marcelo. Não é desta ainda que os dois ex-amigos se falam, mas Durão Barroso, perante a plateia do congresso, recorda que assinou a ficha de adesão ao PSD em casa dos pais de Santana Lopes. É o sinal público do degelo. Tempos antes, tinha morrido a mãe de Santana Lopes e Durão Barroso aparecera no funeral. Santana, com quem Durão não trocava uma palavra há anos, vai abraçá-lo. Dois meses depois, "suicida-se" a Alternativa Democrática. Durão Barroso é aclamado líder no congresso de Coimbra, mas sem Santana Lopes.

2000 Santana Lopes exige um congresso extraordinário para decidir a eleição directa do líder do PSD pelo universo de todos os militantes. O congresso faz-se, a pretensão de Santana é chumbada, mas por pouco...

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