O que eles disseram

09-05-2001
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O Que Eles Disseram

Quarta-feira, 9 de Maio de 2001

Não é por distintos instrumentos tocarem em conjunto que deixamos de poder apreciar a singularidade dos seus sons...

Não pode um violinista menos preparado perturbar a perfeita coordenação dos restantes músicos?

Acredito numa Europa melodiosa, onde todos os países, com as mais diversas entoações, se possam unir de forma a compor uma soberba sinfonia, uma sinfonia de prosperidade.

Joana Santos, 11º ano, Oliveira do Douro

Portugal vai deixar de ser recebedor de subsídios para passar a ser pagador, sustentando o apoio financeiro aos países de Leste; vamos ver empresas a perderem a atractividade por Portugal, para se fixarem nos países de Leste; corremos o risco de a Hungria, a República Checa e a Polónia passarem à nossa frente a nível económico; se agora temos problemas de imigração de países de Leste, depois vai ser muito pior com a livre circulação. Portugal vai ficar ainda mais periférico do que já é.

Tenho perfeita consciência de que, com esta opinião eurocéptica, as minhas hipóteses de vencer este concurso são reduzidas.

Luís Nunes, 12º ano, Vale de Cambra

Os critérios de adesão poderão ser responsáveis pela criação de um círculo vicioso, pois a incapacidade de um país, por si só, de responder às condições exigidas, irá adiar a sua adesão e, por outro lado, agravar a sua situação de pobreza, afastando-o irremediavelmente dos níveis de desenvolvimento exigidos.

A reestruturação arquitectónica das instituições europeias, já timidamente iniciadas pelo Conselho Europeu de Amesterdão apresenta-se como condição necessária para o alargamento. No entanto, o impasse em que se encontra revela à evidência que os Estados membros da UE continuam a negociar os assuntos europeus segundo uma lógica "nacionalista".

João de Jesus, 12º ano, Leiria

A inclusão destes países na União, com a aceitação das regras e políticas [comuns], melhorará a nossa capacidade de salvaguardar o ambiente, de combater o crime, as drogas, de melhorar as condições sociais e de gerir as políticas de migração.

Raquel de Mendonça, 11º ano, Porto

A Turquia é um caso particular e cuja integração se antevê difícil, a meu ver devido a dois pontos: primeiro, os direitos humanos estão constantemente a ser violados, sendo o caso dos curdos bastante preocupante; segundo, trata-se de uma cultura (islâmica/ortodoxa) muito diferente de qualquer outra cultura europeia (católica).

Um número maior de imigrantes poderão "invadir" o nosso país, o que poderá criar conflitos sociais, étnicos e laborais.

Luís de Almeida, 12º ano, Vale de Cambra

Existem receios na perda maciça de empregos, uma vez que o mercado de trabalho do Ocidente pode ser invadido por mão-de-obra imigrante mais barata e porque os pólos de produção poderão sofrer uma deslocalização para o Leste, onde a mão-de-obra qualificada tem custos inferiores.

Por outro lado, a melhoria das condições de vida nos países de Leste vai neutralizar os focos de instabilidade, perpetuar a paz na Europa, o que é uma vantagem incomensurável a todos os níveis.

Pedro Pinto, 12º ano, Ermesinde

Se a actual UE tem dificuldades em se afirmar perante o poder dos Estados Unidos, se não avançar para uma união política, numa Europa alargada terá ainda menos hipóteses de o fazer sem essa mesma união, que nunca poderá ser um Estado federal, como os Estados Unidos, porque na Europa temos nações, povos com culturas diferentes.

Se as portas da UE se abrem à Turquia, quando cumprir os requisitos políticos, por que não à Rússia, já que esta pertence geograficamente à Europa e tem, como os países da Europa, uma tradição cristã, enquanto o território turco é, na sua maioria, asiático e de tradição islâmica?

Verónica Barros, 12º ano, Ermesinde

O Que Eles Disseram

Quarta-feira, 9 de Maio de 2001

Não é por distintos instrumentos tocarem em conjunto que deixamos de poder apreciar a singularidade dos seus sons...

Não pode um violinista menos preparado perturbar a perfeita coordenação dos restantes músicos?

Acredito numa Europa melodiosa, onde todos os países, com as mais diversas entoações, se possam unir de forma a compor uma soberba sinfonia, uma sinfonia de prosperidade.

Joana Santos, 11º ano, Oliveira do Douro

Portugal vai deixar de ser recebedor de subsídios para passar a ser pagador, sustentando o apoio financeiro aos países de Leste; vamos ver empresas a perderem a atractividade por Portugal, para se fixarem nos países de Leste; corremos o risco de a Hungria, a República Checa e a Polónia passarem à nossa frente a nível económico; se agora temos problemas de imigração de países de Leste, depois vai ser muito pior com a livre circulação. Portugal vai ficar ainda mais periférico do que já é.

Tenho perfeita consciência de que, com esta opinião eurocéptica, as minhas hipóteses de vencer este concurso são reduzidas.

Luís Nunes, 12º ano, Vale de Cambra

Os critérios de adesão poderão ser responsáveis pela criação de um círculo vicioso, pois a incapacidade de um país, por si só, de responder às condições exigidas, irá adiar a sua adesão e, por outro lado, agravar a sua situação de pobreza, afastando-o irremediavelmente dos níveis de desenvolvimento exigidos.

A reestruturação arquitectónica das instituições europeias, já timidamente iniciadas pelo Conselho Europeu de Amesterdão apresenta-se como condição necessária para o alargamento. No entanto, o impasse em que se encontra revela à evidência que os Estados membros da UE continuam a negociar os assuntos europeus segundo uma lógica "nacionalista".

João de Jesus, 12º ano, Leiria

A inclusão destes países na União, com a aceitação das regras e políticas [comuns], melhorará a nossa capacidade de salvaguardar o ambiente, de combater o crime, as drogas, de melhorar as condições sociais e de gerir as políticas de migração.

Raquel de Mendonça, 11º ano, Porto

A Turquia é um caso particular e cuja integração se antevê difícil, a meu ver devido a dois pontos: primeiro, os direitos humanos estão constantemente a ser violados, sendo o caso dos curdos bastante preocupante; segundo, trata-se de uma cultura (islâmica/ortodoxa) muito diferente de qualquer outra cultura europeia (católica).

Um número maior de imigrantes poderão "invadir" o nosso país, o que poderá criar conflitos sociais, étnicos e laborais.

Luís de Almeida, 12º ano, Vale de Cambra

Existem receios na perda maciça de empregos, uma vez que o mercado de trabalho do Ocidente pode ser invadido por mão-de-obra imigrante mais barata e porque os pólos de produção poderão sofrer uma deslocalização para o Leste, onde a mão-de-obra qualificada tem custos inferiores.

Por outro lado, a melhoria das condições de vida nos países de Leste vai neutralizar os focos de instabilidade, perpetuar a paz na Europa, o que é uma vantagem incomensurável a todos os níveis.

Pedro Pinto, 12º ano, Ermesinde

Se a actual UE tem dificuldades em se afirmar perante o poder dos Estados Unidos, se não avançar para uma união política, numa Europa alargada terá ainda menos hipóteses de o fazer sem essa mesma união, que nunca poderá ser um Estado federal, como os Estados Unidos, porque na Europa temos nações, povos com culturas diferentes.

Se as portas da UE se abrem à Turquia, quando cumprir os requisitos políticos, por que não à Rússia, já que esta pertence geograficamente à Europa e tem, como os países da Europa, uma tradição cristã, enquanto o território turco é, na sua maioria, asiático e de tradição islâmica?

Verónica Barros, 12º ano, Ermesinde

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