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25-10-2000
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18 de Setembro

Coimbra: Distrital ameaça boicotar "rentrée" da JSD

A ideia da realização de uma festa de "rentrée" da JSD corre sérios riscos de não passar disso mesmo. Nuno Freitas, deputado eleito pela JSD de Coimbra, afirmou ontem ao PÚBLICO que aquela estrutura local já avisou o presidente da "jota", Pedro Duarte, que a festa da estrutura nacional dos jovens sociais-democratas, que está marcada para o próximo dia 23, em Coimbra, pode muito bem ser transformada numa simples "rentrée" da distrital - que a está a organizar. Isto se, entretanto, Pedro Duarte não assegurar que não aproveitará a ocasião para criticar a actual liderança do partido. Nuno Freitas diz que, anteontem, a JSD de Coimbra lançou um ultimato a Pedro Duarte exigindo-lhe um esclarecimento: "que a festa da JSD [nacional] não é contra o PSD, mas contra o PS". Pedro Duarte, no entanto, já na sexta-feira terá respondido negativamente a esta exigência: "Ele não garante isto - esse é o problema", queixa-se Nuno Freitas.

Ao PÚBLICO, Pedro Duarte desdramatização a situação, mostrando confiança na realização da rentrée nacional, mas adiantando, ainda assim, que o presidente do partido, Durão Barroso, não terá voz na festa, como a ele lhe aconteceu na "rentrée" dos séniores do partido, na Nazaré. E o discurso de Durão Barroso é uma das condições 'sine qua non' da JSD de Coimbra: "Aqui, estamos habituados a festas com o presidente do partido", sublinha Freitas.

Este deputado, que foi vice-presidente de Pedro Duarte e se assume como "suporte histórico da sua liderança", diz que a JSD atingiu "um ponto de ruptura", pelo que a sua direcção nacional deve assumir se quer, ou não, continuar a "provocar o ruído de fundo" a que tem feito frente a actual direcção do PSD. Na sua opinião, "isto é mais do que uma guerrinha - e que pode ter consequências negativas a mais curto prazo do que possa parecer". E justifica: "Isto é o corolário de uma luta dentro do PSD, que tem balcanizado a JSD".

A reunião realizada anteontem em Coimbra concidiu com a saída de uma notícia no PÚBLICO, que dava conta de um comunicado da Comissão Permanente Nacional da JSD, em que era dito que, "após ponderada reflexão", havia sido decidido que os seus deputados iriam votar favoravelmente a moção de censura ao Governo. Este mesmo documento, que implica todos os deputados da JSD, não foi subscrito por Nuno Freitas, que estranhou, assim, a aprovação de uma decisão política da JSD para a qual não foi tido nem achado. Freitas garante ainda que outros deputados eleitos pela JSD, como José Eduardo Martins, ministro sombra do Ambiente, e Nuno Vitorino, eleito por Setúbal, ficaram de igual modo surpreendidos com o documento, por não nunca terem colocado a hipótese de não votarem favoravelmente a moção de censura. (ver PÚBLICO hoje)

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Coimbra: Distrital ameaça boicotar "rentrée" da JSD

A ideia da realização de uma festa de "rentrée" da JSD corre sérios riscos de não passar disso mesmo. Nuno Freitas, deputado eleito pela JSD de Coimbra, afirmou ontem ao PÚBLICO que aquela estrutura local já avisou o presidente da "jota", Pedro Duarte, que a festa da estrutura nacional dos jovens sociais-democratas, que está marcada para o próximo dia 23, em Coimbra, pode muito bem ser transformada numa simples "rentrée" da distrital - que a está a organizar. Isto se, entretanto, Pedro Duarte não assegurar que não aproveitará a ocasião para criticar a actual liderança do partido. Nuno Freitas diz que, anteontem, a JSD de Coimbra lançou um ultimato a Pedro Duarte exigindo-lhe um esclarecimento: "que a festa da JSD [nacional] não é contra o PSD, mas contra o PS". Pedro Duarte, no entanto, já na sexta-feira terá respondido negativamente a esta exigência: "Ele não garante isto - esse é o problema", queixa-se Nuno Freitas.

Ao PÚBLICO, Pedro Duarte desdramatização a situação, mostrando confiança na realização da rentrée nacional, mas adiantando, ainda assim, que o presidente do partido, Durão Barroso, não terá voz na festa, como a ele lhe aconteceu na "rentrée" dos séniores do partido, na Nazaré. E o discurso de Durão Barroso é uma das condições 'sine qua non' da JSD de Coimbra: "Aqui, estamos habituados a festas com o presidente do partido", sublinha Freitas.

Este deputado, que foi vice-presidente de Pedro Duarte e se assume como "suporte histórico da sua liderança", diz que a JSD atingiu "um ponto de ruptura", pelo que a sua direcção nacional deve assumir se quer, ou não, continuar a "provocar o ruído de fundo" a que tem feito frente a actual direcção do PSD. Na sua opinião, "isto é mais do que uma guerrinha - e que pode ter consequências negativas a mais curto prazo do que possa parecer". E justifica: "Isto é o corolário de uma luta dentro do PSD, que tem balcanizado a JSD".

A reunião realizada anteontem em Coimbra concidiu com a saída de uma notícia no PÚBLICO, que dava conta de um comunicado da Comissão Permanente Nacional da JSD, em que era dito que, "após ponderada reflexão", havia sido decidido que os seus deputados iriam votar favoravelmente a moção de censura ao Governo. Este mesmo documento, que implica todos os deputados da JSD, não foi subscrito por Nuno Freitas, que estranhou, assim, a aprovação de uma decisão política da JSD para a qual não foi tido nem achado. Freitas garante ainda que outros deputados eleitos pela JSD, como José Eduardo Martins, ministro sombra do Ambiente, e Nuno Vitorino, eleito por Setúbal, ficaram de igual modo surpreendidos com o documento, por não nunca terem colocado a hipótese de não votarem favoravelmente a moção de censura. (ver PÚBLICO hoje)

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