Eleições já, pedem CDS-PP e BE

28-06-2001
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Eleições Já, Pedem CDS-PP e BE

Quinta, 28 de Junho de 2001 Paulo Portas e Miguel Portas consideram que o problema já é o próprio Guterres e que este é o momento certo para devolver a palavra aos portugueses Os dois extremos do Parlamento - Bloco de Esquerda e CDS-PP - querem eleições legislativas já. Paulo Portas, presidente do CDS-PP, e Miguel Portas, dirigente do Bloco de Esquerda, coincidem no diagnóstico que fazem do país e no que entendem ser preciso. Paulo Portas já solicitou uma audiência urgente ao Presidente da República para pedir eleições antecipadas porque considera que o primeiro-ministro chegou a um ponto em que é "incapaz de governar" e que "é este o momento e tudo o mais é agonia". Por isso, promete radicalizar hoje o discurso de oposição a Guterres, voltando a exigir a apresentação de uma moção de confiança, e lamenta que o Orçamento Rectificativo, discutido e votado amanhã, seja viabilizado. Segundo o líder dos centristas, será mais fácil o Governo encontrar um deputado que venha a viabilizar, em Outubro, o Orçamento do Estado de 2002 - repetindo o que já se passou para o de 2001 com o deputado do CDS-PP Daniel Campelo - do que seria encontrar um deputado que isolado viabilizasse o rectificativo. E o chumbo do rectificativo funcionaria como uma moção de censura, uma arma de que a oposição dispõe, mas que não tem hipóteses de fazer aprovar. A análise de Miguel Portas é coincidente: "É o momento de clarificar, que é o mesmo que dizer que, perante o agravamento da situação económica e a pantanosidade da situação política, é preciso devolver a palavra aos portugueses." Esta conjuntura só se resolve, pois, de acordo com o BE, com eleições antecipadas. Contudo, aí a oposição esbarra com as suas próprias limitações, impostas pelo empate de 115-115. "A aprovação de uma moção de censura é impossível, a não ser que algum deputado do PS quisesse ser coerente com as promessas do Governo", afirma este dirigente do BE, que no mês passado viu chumbar uma moção de censura. A outra solução para provocar eleições antecipadas seria, como diz Miguel Portas, "o Governo ter a dignidade de apresentar uma moção de confiança". Mas como tal solução não é provável, o candidato do BE a Lisboa reconhece que "resta que a situação se vá deteriorando até que se torne claro, não só no país como no PS, que o primeiro-ministro salva-vidas já é um problema". Até lá, Miguel Portas não exclui que o Orçamento do Estado seja mais uma vez viabilizado por um só deputado, mas não será isso que salvará o Executivo. Tal como não o fará uma remodelação, porque, conclui "não há lufada de ar fresco para um governo cujo problema já é o primeiro-ministro." Eunice Lourenço OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Guterres enfrenta fim de ciclo

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