Reacções dos partidos

08-10-2001
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Reacções dos Partidos

Segunda-feira, 8 de Outubro de 2001

PSD: "Temos de estar solidários e preparados"

"Portugal deve estar inequivocamente do lado dos seus aliados", afirmou ontem ao PÚBLICO o presidente do PSD, Durão Barroso, acrescentando: "Temos de estar solidários, pois amanhã podemos ser nós a precisar dos nossos aliados". Quanto à possibilidade de o início dos bombardeamentos levar a uma escalada de acções terroristas, Durão responde: "temos que estar preparados para isso. Será uma luta prolongada, mas estou convicto que seria muito pior para nós se, aos acontecimentos de 11 de Setembro, tivéssemos respondido com a inacção. Isso seria estimular mais ataques bárbaros como aquele."

Durão Barroso acredita que a luta contra o terrorismo será "uma luta longa, complexa e difícil, mas que pode ser vencida". O presidente do PSD lembra que "também muito pensaram que Hitler era invencível e foi vencido" e que "a escravatura e a pirataria estariam inscritas na ordem natural das coisas e foram vencidas pelo direito internacional e pelo uso da força".

PCP: Civis são a preocupação

Para os comunistas as notícias são ainda muito escassas e a preocupação deste partido são as populações civis. "Face ao atentado aos Estados Unidos, que fez milhares de vitimas, e à tragédia humanitária nas fronteiras do Afeganistão, as nossas preocupações vão sobretudo para as populações civis, vitimas inocentes de um processo, que, do nosso ponto de vista, precisa sobretudo de uma solução política, no quadro da ONU e da sua Carta", afirmou um porta-voz do gabinete de imprensa do PCP.

CDS-PP: Consolidar a segurança e controlar a imigração

"A intervenção da coligação internacional contra o terrorismo parece-me politicamente inevitável e, por isso, defensável", afirmou o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, salientando "a coragem da Grã-Bretanha e o empenhamento da Rússia" nesta operação. Portas salienta ainda o facto de de a actuação militar estar protegida por resoluções das Nações Unidas. "É preciso que os ocidentais se preparem para uma intervenção que deverá ter várias fases", pelo que devem ter atenções redobradas com a segurança interna e externa e "controlar as políticas de imigração".

BE: "Terrorismo está a vencer"

O Bloco de Esquerda (BE) considera que os bombardeamento de ontem são mais um sinal de que "o terrorismo está a vencer", porque "a espiral da guerra é a vitória última do terrorismo". Num comunicado divulgado ontem, o BE reafirma a "profunda convicção de que é preciso a coragem de uma política pela paz, baseada num acordo internacional em respeito pela lei e pela justiça e na responsabilidade da ONU".

E.L.

Reacções dos Partidos

Segunda-feira, 8 de Outubro de 2001

PSD: "Temos de estar solidários e preparados"

"Portugal deve estar inequivocamente do lado dos seus aliados", afirmou ontem ao PÚBLICO o presidente do PSD, Durão Barroso, acrescentando: "Temos de estar solidários, pois amanhã podemos ser nós a precisar dos nossos aliados". Quanto à possibilidade de o início dos bombardeamentos levar a uma escalada de acções terroristas, Durão responde: "temos que estar preparados para isso. Será uma luta prolongada, mas estou convicto que seria muito pior para nós se, aos acontecimentos de 11 de Setembro, tivéssemos respondido com a inacção. Isso seria estimular mais ataques bárbaros como aquele."

Durão Barroso acredita que a luta contra o terrorismo será "uma luta longa, complexa e difícil, mas que pode ser vencida". O presidente do PSD lembra que "também muito pensaram que Hitler era invencível e foi vencido" e que "a escravatura e a pirataria estariam inscritas na ordem natural das coisas e foram vencidas pelo direito internacional e pelo uso da força".

PCP: Civis são a preocupação

Para os comunistas as notícias são ainda muito escassas e a preocupação deste partido são as populações civis. "Face ao atentado aos Estados Unidos, que fez milhares de vitimas, e à tragédia humanitária nas fronteiras do Afeganistão, as nossas preocupações vão sobretudo para as populações civis, vitimas inocentes de um processo, que, do nosso ponto de vista, precisa sobretudo de uma solução política, no quadro da ONU e da sua Carta", afirmou um porta-voz do gabinete de imprensa do PCP.

CDS-PP: Consolidar a segurança e controlar a imigração

"A intervenção da coligação internacional contra o terrorismo parece-me politicamente inevitável e, por isso, defensável", afirmou o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, salientando "a coragem da Grã-Bretanha e o empenhamento da Rússia" nesta operação. Portas salienta ainda o facto de de a actuação militar estar protegida por resoluções das Nações Unidas. "É preciso que os ocidentais se preparem para uma intervenção que deverá ter várias fases", pelo que devem ter atenções redobradas com a segurança interna e externa e "controlar as políticas de imigração".

BE: "Terrorismo está a vencer"

O Bloco de Esquerda (BE) considera que os bombardeamento de ontem são mais um sinal de que "o terrorismo está a vencer", porque "a espiral da guerra é a vitória última do terrorismo". Num comunicado divulgado ontem, o BE reafirma a "profunda convicção de que é preciso a coragem de uma política pela paz, baseada num acordo internacional em respeito pela lei e pela justiça e na responsabilidade da ONU".

E.L.

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