Jornal Desportivo On-line

14-02-2002
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«É necessário fazer alterações em todos os PDM (Plano Director Municipal) no caso de estádios novos», esta parece, para já, a grande cedência de Santana Lopes em relação à construção do estádio do Benfica. Mas até nem é um dado novo se lembrarmos que, enquanto candidato, disse que estava disposto a proceder a alterações de forma limitada. Ou seja, alterações do uso e não em termos de dimensão.

Santana Lopes referiu que o antigo presidente da edilidade lisboeta lhe confirmou apenas um acordo que prevê a construção de uma bomba de gasolina. No entanto, o presidente da câmara municipal de Lisboa não deixou de mostrar-se confuso com recentes declarações de João Soares, que disse não confirmar nem desmentir os acordos. Santana Lopes disse que há conversas descritas passo a passo e que os relatos apontam para que a promessa dos 2,5 milhões de contos tenha sido «o remate final da reunião». Segundo o responsável, a expressão utilizada foi: «Tenho aqui a cereja do bolo.»

Maioria diz não à participação financeira

Vasco Franco, vereador do Partido Socialista, membro do anterior mandato, voltou a dizer que «com excepção da bomba de gasolina, não há outros compromissos». O socialista mostrou alguma flexibilidade no que diz respeito às modificações do PDM, mas deixou claro que «alterações que conduzam a impactos complexos não são aceitáveis». Quanto à participação financeira, Vasco Franco referiu que é uma questão «a analisar, tendo em conta a capacidade da câmara».

Paulo Portas, vereador do Partido Popular, referiu que uma das partes está a mentir e resta saber quem. O político responsabilizou o antigo presidente da câmara, João Soares, por toda a situação, já que «prometeu o que não podia». Portas apontou também o dedo ao governo, que «estimulou o Benfica a participar no Euro 2004».

O representante dos populares não deixou de apontar diferenças entre o que a direcção do Benfica apresentou aos sócios em Assembleia Geral e o que está agora a reclamar. Segundo Paulo Portas, num dos pontos da proposta de financiamento, apresentada aquando da votação para aprovação da construção do estádio, falava-se em 80 000 metros quadrados para construção e não 160 000 como referem agora os responsáveis encarnados. Portas lembrou ainda um parecer emitido pelo conselho fiscal do Benfica, onde podia ler-se que não existiam documentos ou garantias da câmara no sentido de viabilizar as alterações no PDM.

O vereador do CDS-PP recordou promessas eleitorais de Santana Lopes e pediu clareza em todas as operações e decisões tomadas, excluindo a possibilidade de uma participação da câmara na sociedade de construção do estádio, já que iria «contrariar a disciplina financeira».

António Abreu, vereador do Partido Comunista, vincou na sua exposição que a câmara deverá apenas remeter-se ao papel de mediadora. A sua «participação deve centrar-se no essencial» e o «envolvimento directo deve ser o mais recuado possível». O político referiu que o partido não está de acordo com a «alteração do PDM e a participação financeira».

Leia ainda:

Santana Lopes garante que câmara não participará no novo estádio da Luz

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Santana Lopes referiu que o antigo presidente da edilidade lisboeta lhe confirmou apenas um acordo que prevê a construção de uma bomba de gasolina. No entanto, o presidente da câmara municipal de Lisboa não deixou de mostrar-se confuso com recentes declarações de João Soares, que disse não confirmar nem desmentir os acordos. Santana Lopes disse que há conversas descritas passo a passo e que os relatos apontam para que a promessa dos 2,5 milhões de contos tenha sido «o remate final da reunião». Segundo o responsável, a expressão utilizada foi: «Tenho aqui a cereja do bolo.»

Maioria diz não à participação financeira

Vasco Franco, vereador do Partido Socialista, membro do anterior mandato, voltou a dizer que «com excepção da bomba de gasolina, não há outros compromissos». O socialista mostrou alguma flexibilidade no que diz respeito às modificações do PDM, mas deixou claro que «alterações que conduzam a impactos complexos não são aceitáveis». Quanto à participação financeira, Vasco Franco referiu que é uma questão «a analisar, tendo em conta a capacidade da câmara».

Paulo Portas, vereador do Partido Popular, referiu que uma das partes está a mentir e resta saber quem. O político responsabilizou o antigo presidente da câmara, João Soares, por toda a situação, já que «prometeu o que não podia». Portas apontou também o dedo ao governo, que «estimulou o Benfica a participar no Euro 2004».

O representante dos populares não deixou de apontar diferenças entre o que a direcção do Benfica apresentou aos sócios em Assembleia Geral e o que está agora a reclamar. Segundo Paulo Portas, num dos pontos da proposta de financiamento, apresentada aquando da votação para aprovação da construção do estádio, falava-se em 80 000 metros quadrados para construção e não 160 000 como referem agora os responsáveis encarnados. Portas lembrou ainda um parecer emitido pelo conselho fiscal do Benfica, onde podia ler-se que não existiam documentos ou garantias da câmara no sentido de viabilizar as alterações no PDM.

O vereador do CDS-PP recordou promessas eleitorais de Santana Lopes e pediu clareza em todas as operações e decisões tomadas, excluindo a possibilidade de uma participação da câmara na sociedade de construção do estádio, já que iria «contrariar a disciplina financeira».

António Abreu, vereador do Partido Comunista, vincou na sua exposição que a câmara deverá apenas remeter-se ao papel de mediadora. A sua «participação deve centrar-se no essencial» e o «envolvimento directo deve ser o mais recuado possível». O político referiu que o partido não está de acordo com a «alteração do PDM e a participação financeira».

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