JORNAL PUBLICO: Pacheco evoca Sá Carneiro

18-11-1999
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24/08/95

Sondagem "fantasma" anima a campanha

Pacheco evoca Sá Carneiro

O primeiro candidato da lista do PSD pelo círculo de Aveiro, Pacheco Pereira, evocou ontem Sá Carneiro para justificar o lugar de destaque que vão ter na sua campanha os conceitos de justiça e solidariedade social. "Uma das coisas que foi fundamental na acção de Sá Carneiro foi a preocupação constante de separar o PSD da direita, dizendo sempre que o PSD era um partido social-democrata que lutava contra as injustiças sociais", disse Pacheco, durante uma acção de pré-campanha em que privilegiou os contactos com trabalhadores.

Numa demarcação clara relativamente ao PP e ao seu adversário Paulo Portas, Pacheco garante que o PSD "não é um partido de ricos, que vivem num berço de oiro, nem daqueles que se podem dar ao luxo de ser cínicos com a política". O ênfase no "aspecto social" da sua candidatura levou-o, inclusive, a fazer um apelo aos votantes tradicionais do Partido Socialista. "Àqueles que podem pensar que o PS os representava e às pessoas que têm uma visão do mundo "progressista", quero dizer que se podem sentir bem a votar no PSD, porque o PSD dá a esses eleitores a garantia de uma defesa intransigente do distrito de Aveiro".

Farto de questões com o PP e com Portas, Pacheco elegeu de vez, como inimigo principal nesta campanha, o PS e o seu cabeça-de-lista, Carlos Candal. "O dr. Candal é uma inexistência política, como se está a ver, e além dos insultos não sabe fazer mais nada".

Depois de um almoço com operários no refeitório da Proleite, em Oliveira de Azeméis, Pacheco teve um encontro com Rui Marques, presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha e candidato na lista de PP, como "número dois" de Portas. E foi precisamente nessa altura que ocorreu um dos mais caricatos episódios desta pré-campanha. A meio da conversa, a assistente de Marques colocou em cima da mesa de trabalho, à vista de toda a gente, os resultados de uma suposta sondagem, acabadinhos de chegar, sobre as intenções de voto no distrito. Esta sondagem-mistério, alegadamente encomendada pelos populares não se sabe bem a quem, atribui ao PSD 39,8 dos votos, ao PS 36,5, ao PP 17 e à CDU 2,6.

A comitiva do PSD - onde foi muito notada a ausência do secretário de Estado Castro Almeida - achou "muita graça" à sondagem, que foi imediatamente baptizada como uma "artimanha de campanha saída da imaginação fértil de Paulo Portas e Girão Pereira".

R.B.

24/08/95

Sondagem "fantasma" anima a campanha

Pacheco evoca Sá Carneiro

O primeiro candidato da lista do PSD pelo círculo de Aveiro, Pacheco Pereira, evocou ontem Sá Carneiro para justificar o lugar de destaque que vão ter na sua campanha os conceitos de justiça e solidariedade social. "Uma das coisas que foi fundamental na acção de Sá Carneiro foi a preocupação constante de separar o PSD da direita, dizendo sempre que o PSD era um partido social-democrata que lutava contra as injustiças sociais", disse Pacheco, durante uma acção de pré-campanha em que privilegiou os contactos com trabalhadores.

Numa demarcação clara relativamente ao PP e ao seu adversário Paulo Portas, Pacheco garante que o PSD "não é um partido de ricos, que vivem num berço de oiro, nem daqueles que se podem dar ao luxo de ser cínicos com a política". O ênfase no "aspecto social" da sua candidatura levou-o, inclusive, a fazer um apelo aos votantes tradicionais do Partido Socialista. "Àqueles que podem pensar que o PS os representava e às pessoas que têm uma visão do mundo "progressista", quero dizer que se podem sentir bem a votar no PSD, porque o PSD dá a esses eleitores a garantia de uma defesa intransigente do distrito de Aveiro".

Farto de questões com o PP e com Portas, Pacheco elegeu de vez, como inimigo principal nesta campanha, o PS e o seu cabeça-de-lista, Carlos Candal. "O dr. Candal é uma inexistência política, como se está a ver, e além dos insultos não sabe fazer mais nada".

Depois de um almoço com operários no refeitório da Proleite, em Oliveira de Azeméis, Pacheco teve um encontro com Rui Marques, presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha e candidato na lista de PP, como "número dois" de Portas. E foi precisamente nessa altura que ocorreu um dos mais caricatos episódios desta pré-campanha. A meio da conversa, a assistente de Marques colocou em cima da mesa de trabalho, à vista de toda a gente, os resultados de uma suposta sondagem, acabadinhos de chegar, sobre as intenções de voto no distrito. Esta sondagem-mistério, alegadamente encomendada pelos populares não se sabe bem a quem, atribui ao PSD 39,8 dos votos, ao PS 36,5, ao PP 17 e à CDU 2,6.

A comitiva do PSD - onde foi muito notada a ausência do secretário de Estado Castro Almeida - achou "muita graça" à sondagem, que foi imediatamente baptizada como uma "artimanha de campanha saída da imaginação fértil de Paulo Portas e Girão Pereira".

R.B.

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