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23-02-2002
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Diário Económico >>

21 de Janeiro

Congresso do CDS/PP: PSD mantém distância de Portas

Paulo Portas saiu ontem do congresso do PP a dizer que qualquer entendimento com o PSD antes das eleições terá que partir de Durão Barroso. por Mário Baptista - David Dinis - J.A. Mas entre os social-democratas a ideia é clara: não há AD até Março, apostando antes num bom resultado que permita dispensar a presença de Portas, que continua a ser nada consensual na direcção de Durão Barroso. Mas sobre o que fazer em caso de vitória social-democrata com um Governo minoritário que não garanta a maioria no Parlamento, a decisão fica para depois das urnas. Sintomático é o facto de o seu representante no congresso popular, Vieira de Castro, repetir sistematicamente a ideia de que o PSD não tem que fazer análises sobre a liderança do CDS/PP. Segundo o DE conseguiu apurar, será o próprio evoluir da campanha e os resultados eleitorais a determinar o comportamento de Barroso depois de 17 de Março. Os seus mais próximos dividem-se sobre esta matéria, salientando também que a nova direcção do PP, eleita ontem em Lisboa, «não pensa toda da mesma maneira». As entradas de Maria José Nogueira Pinto e António Lobo Xavier são encaradas com optimismo por alguns dirigentes «laranja», mas nomes com Narana Coissoró ou Basílio Horta ainda são olhados com alguma desconfiança. Para já, a palavra de ordem no PSD é trabalhar «para ter uma solução clara de Governo e explicar ao país a necessidade dessa maioria». Independentes ministeriáveis É para procurar a credibilização do PP que Paulo Portas anunciou ontem os estados-gerais do partido, marcados para o início de Fevereiro. «Novas Políticas com Rostos» é o lema que deverá marcar a Convenção Programática com a qual Paulo Portas quer elevar o PP a partido de Governo. Aí, segundo apurou o DE, apresentará um conjunto de painéis ou grupos de trabalho para as áreas em que Portas aposta para conseguir um bom resultado nas urnas que leve o partido a S. Bento. Parte deste autêntico gabinete-sombra, no qual Portas promete delegar competências, será composto por Maria José Nogueira Pinto, para as áreas sociais, e por Bagão Félix, para as questões ligadas ao Trabalho e Segurança Social - apenas um dos independentes que Portas quer ir recuperar ao seu Conselho Económico e Social, que o tem ajudado nas propostas do partido. Certo está também Lobo Xavier na área da Economia, e para a Saúde, Silva e Sousa é um dos nomes comentados. De resto, a Administração Pública, a Segurança, a reforma do Estado e a Justiça deverão ser temas com presença assegurada. As eleições vão ser muito bipolarizadas, e será nas franjas políticas que se decidem as eleições. É esta análise que o líder do PP faz quando diz que «se o PP tiver mais um deputado que o PCP, o Parlamento terá uma maioria de centro-direita». Neste cenário, Portas quer repetir a fórmula de Lisboa, na qual o PP é indispensável para a maioria. Daí a estratégia: contra o voto útil, para evitar «os abusos da maioria», e a favor do voto no PP, «para desalojar a esquerda do poder». O mesmo que tinha pedido, aliás, Manuel Monteiro. mbaptista@economica.iol.pt ddinis@economica.iol.pt

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Congresso do CDS/PP: PSD mantém distância de Portas

Paulo Portas saiu ontem do congresso do PP a dizer que qualquer entendimento com o PSD antes das eleições terá que partir de Durão Barroso. por Mário Baptista - David Dinis - J.A. Mas entre os social-democratas a ideia é clara: não há AD até Março, apostando antes num bom resultado que permita dispensar a presença de Portas, que continua a ser nada consensual na direcção de Durão Barroso. Mas sobre o que fazer em caso de vitória social-democrata com um Governo minoritário que não garanta a maioria no Parlamento, a decisão fica para depois das urnas. Sintomático é o facto de o seu representante no congresso popular, Vieira de Castro, repetir sistematicamente a ideia de que o PSD não tem que fazer análises sobre a liderança do CDS/PP. Segundo o DE conseguiu apurar, será o próprio evoluir da campanha e os resultados eleitorais a determinar o comportamento de Barroso depois de 17 de Março. Os seus mais próximos dividem-se sobre esta matéria, salientando também que a nova direcção do PP, eleita ontem em Lisboa, «não pensa toda da mesma maneira». As entradas de Maria José Nogueira Pinto e António Lobo Xavier são encaradas com optimismo por alguns dirigentes «laranja», mas nomes com Narana Coissoró ou Basílio Horta ainda são olhados com alguma desconfiança. Para já, a palavra de ordem no PSD é trabalhar «para ter uma solução clara de Governo e explicar ao país a necessidade dessa maioria». Independentes ministeriáveis É para procurar a credibilização do PP que Paulo Portas anunciou ontem os estados-gerais do partido, marcados para o início de Fevereiro. «Novas Políticas com Rostos» é o lema que deverá marcar a Convenção Programática com a qual Paulo Portas quer elevar o PP a partido de Governo. Aí, segundo apurou o DE, apresentará um conjunto de painéis ou grupos de trabalho para as áreas em que Portas aposta para conseguir um bom resultado nas urnas que leve o partido a S. Bento. Parte deste autêntico gabinete-sombra, no qual Portas promete delegar competências, será composto por Maria José Nogueira Pinto, para as áreas sociais, e por Bagão Félix, para as questões ligadas ao Trabalho e Segurança Social - apenas um dos independentes que Portas quer ir recuperar ao seu Conselho Económico e Social, que o tem ajudado nas propostas do partido. Certo está também Lobo Xavier na área da Economia, e para a Saúde, Silva e Sousa é um dos nomes comentados. De resto, a Administração Pública, a Segurança, a reforma do Estado e a Justiça deverão ser temas com presença assegurada. As eleições vão ser muito bipolarizadas, e será nas franjas políticas que se decidem as eleições. É esta análise que o líder do PP faz quando diz que «se o PP tiver mais um deputado que o PCP, o Parlamento terá uma maioria de centro-direita». Neste cenário, Portas quer repetir a fórmula de Lisboa, na qual o PP é indispensável para a maioria. Daí a estratégia: contra o voto útil, para evitar «os abusos da maioria», e a favor do voto no PP, «para desalojar a esquerda do poder». O mesmo que tinha pedido, aliás, Manuel Monteiro. mbaptista@economica.iol.pt ddinis@economica.iol.pt

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