Portas "principal obstáculo" à alternativa

12-02-2001
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Portas "Principal Obstáculo" à Alternativa

Terça-feira, 16 de Janeiro de 2001

Os monteiristas, que apoiaram Ferreira de Amaral, consideram que o resultado obtido superou as expectativas e acusam Paulo Portas de ter dado um tiro no pé, ao colocar-se fora dessa conquista.

"O dr. Paulo Portas perdeu uma excelente oportunidade de começar a construir uma alternativa à esquerda para as autárquicas e para as legislativas. Este teria sido um excelente momento para transmitir confiança e credibilidade ao eleitorado, mas o dr. Paulo Portas, na hora dos apertos, faz sempre o jogo da esquerda. Parece a SOS mão amiga do PS", afirmou Jorge Ferreira, ex-deputado do PP. Neste momento, disse, Portas é o "principal obstáculo" à construção de uma alternativa.

Nas últimas presidenciais, o cenário foi precisamente o inverso. Monteiro, na liderança do partido, recusou-se a apoiar Cavaco Silva e Portas iniciou aí a rota de colisão com o então líder.

Considerando que o ciclo político do actual presidente do PP está a chegar ao fim com as eleições autárquicas, Ferreira defende que nessa altura, final deste ano, será preciso fazer um balanço do seu trabalho à frente do partido. "Temos que começar a pensar em substitui-lo. (...) E espero que saiba deixar o partido de forma tão civilizada e tão serena como nós o deixámos", acrescentou.

Contactado pelo PÚBLICO, Manuel Monteiro considerou a declaração de Paulo Portas, na noite das eleições, "estrategicamente errada e politicamente inadequada", pelo facto de o CDS-PP estar a retirar-se de um resultado que "superou as expectativas, tendo em atenção as circunstâncias em a candidatura surgiu".

H.P.

Portas "Principal Obstáculo" à Alternativa

Terça-feira, 16 de Janeiro de 2001

Os monteiristas, que apoiaram Ferreira de Amaral, consideram que o resultado obtido superou as expectativas e acusam Paulo Portas de ter dado um tiro no pé, ao colocar-se fora dessa conquista.

"O dr. Paulo Portas perdeu uma excelente oportunidade de começar a construir uma alternativa à esquerda para as autárquicas e para as legislativas. Este teria sido um excelente momento para transmitir confiança e credibilidade ao eleitorado, mas o dr. Paulo Portas, na hora dos apertos, faz sempre o jogo da esquerda. Parece a SOS mão amiga do PS", afirmou Jorge Ferreira, ex-deputado do PP. Neste momento, disse, Portas é o "principal obstáculo" à construção de uma alternativa.

Nas últimas presidenciais, o cenário foi precisamente o inverso. Monteiro, na liderança do partido, recusou-se a apoiar Cavaco Silva e Portas iniciou aí a rota de colisão com o então líder.

Considerando que o ciclo político do actual presidente do PP está a chegar ao fim com as eleições autárquicas, Ferreira defende que nessa altura, final deste ano, será preciso fazer um balanço do seu trabalho à frente do partido. "Temos que começar a pensar em substitui-lo. (...) E espero que saiba deixar o partido de forma tão civilizada e tão serena como nós o deixámos", acrescentou.

Contactado pelo PÚBLICO, Manuel Monteiro considerou a declaração de Paulo Portas, na noite das eleições, "estrategicamente errada e politicamente inadequada", pelo facto de o CDS-PP estar a retirar-se de um resultado que "superou as expectativas, tendo em atenção as circunstâncias em a candidatura surgiu".

H.P.

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