"Eu Fico" É o Lema de Paulo Portas
Por EUNICE LOURENÇO
Sábado, 25 de Agosto de 2001
Candidatura a Lisboa
Presidente do CDS-PP anunciou anteontem à direcção do partido que vai "definitivamente" a votos em Lisboa
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, anunciou anteontem, na reunião da comissão directiva do seu partido, que "definitivamente" vai a votos na corrida à Câmara de Lisboa. Paulo Portas quer mesmo tentar fazer reverter a seu favor o clima de incerteza quando à sua candidatura. Por isso, vai lançar cartazes com o "slogan" "Eu fico!", que devem estar nas ruas na próxima semana. "Eu fico!" quer dizer que fica como candidato e que ficará como vereador na câmara de Lisboa, caso seja eleito.
Para o presidente do CDS-PP a insistência na hipótese de desistir da sua candidatura à câmara da capital é da responsabilidade do PSD, que quereria assim enfraquecê-lo. Mesmo dentro do CDS-PP essa hipótese seria tida em conta. Daí que tenha tido necessidade de anunciar na reunião da direcção que vai "definitivamente a votos".
Paulo Portas acredita agora que já não há espaço para nenhuma coligação com o PSD, porque os sociais-democratas não estão interessados. O presidente do CDS-PP só teria condições para desistir da sua candidatura, se o PSD lhe oferecesse um acordo para a construção de uma alternativa de governo, ou seja, uma aliança nacional. Contudo, o presidente social-democrata, Durão Barroso, não deu quaisquer sinais nesse sentido e na semana passada o PÚBLICO adiantou que Durão só avançaria para negociações com Portas depois de falar com Pedro Santana Lopes, candidato do PSD a Lisboa.
A leitura feita pelo líder democrata-cristão perante a sua comissão directiva é que Durão Barroso quer atirar para Santana Lopes a culpa de não haver AD e para Paulo Portas as culpas de uma eventual derrota nas autárquicas em Lisboa.
Perante este cenário, o presidente do CDS-PP conta ainda fazer reverter a seu favor a incerteza à volta de uma candidatura que terá anunciado demasiado cedo. Recorde-se que Paulo Portas anunciou que seria o candidato à Câmara de Lisboa, em Março do ano passado, no congresso do CDS-PP, em Aveiro. Na mesma ocasião anunciou a candidatura de Basílio Horta a Presidente da República. Basílio acabaria por desistir em Outubro, tendo Portas feito, nessa ocasião, um apelo ao PSD para um acordo global que incluísse presidenciais, autárquicas e legislativas. O apelo, no entanto, não teve resposta. E a hipótese de uma repetição do episódio nas autárquicas continuou a pairar nos dois partidos: um acordo nacional poderia levar Portas a desistir de Lisboa.
"Eu fico!", responde agora o líder do CDS-PP, que quer provar ao PSD que é necessário para ganhar aos socialistas, apostando num resultado em Lisboa que promete ser o melhor de sempre do seu partido na capital, o que implica ultrapassar os 19 por cento.
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"Eu Fico" É o Lema de Paulo Portas
Por EUNICE LOURENÇO
Sábado, 25 de Agosto de 2001
Candidatura a Lisboa
Presidente do CDS-PP anunciou anteontem à direcção do partido que vai "definitivamente" a votos em Lisboa
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, anunciou anteontem, na reunião da comissão directiva do seu partido, que "definitivamente" vai a votos na corrida à Câmara de Lisboa. Paulo Portas quer mesmo tentar fazer reverter a seu favor o clima de incerteza quando à sua candidatura. Por isso, vai lançar cartazes com o "slogan" "Eu fico!", que devem estar nas ruas na próxima semana. "Eu fico!" quer dizer que fica como candidato e que ficará como vereador na câmara de Lisboa, caso seja eleito.
Para o presidente do CDS-PP a insistência na hipótese de desistir da sua candidatura à câmara da capital é da responsabilidade do PSD, que quereria assim enfraquecê-lo. Mesmo dentro do CDS-PP essa hipótese seria tida em conta. Daí que tenha tido necessidade de anunciar na reunião da direcção que vai "definitivamente a votos".
Paulo Portas acredita agora que já não há espaço para nenhuma coligação com o PSD, porque os sociais-democratas não estão interessados. O presidente do CDS-PP só teria condições para desistir da sua candidatura, se o PSD lhe oferecesse um acordo para a construção de uma alternativa de governo, ou seja, uma aliança nacional. Contudo, o presidente social-democrata, Durão Barroso, não deu quaisquer sinais nesse sentido e na semana passada o PÚBLICO adiantou que Durão só avançaria para negociações com Portas depois de falar com Pedro Santana Lopes, candidato do PSD a Lisboa.
A leitura feita pelo líder democrata-cristão perante a sua comissão directiva é que Durão Barroso quer atirar para Santana Lopes a culpa de não haver AD e para Paulo Portas as culpas de uma eventual derrota nas autárquicas em Lisboa.
Perante este cenário, o presidente do CDS-PP conta ainda fazer reverter a seu favor a incerteza à volta de uma candidatura que terá anunciado demasiado cedo. Recorde-se que Paulo Portas anunciou que seria o candidato à Câmara de Lisboa, em Março do ano passado, no congresso do CDS-PP, em Aveiro. Na mesma ocasião anunciou a candidatura de Basílio Horta a Presidente da República. Basílio acabaria por desistir em Outubro, tendo Portas feito, nessa ocasião, um apelo ao PSD para um acordo global que incluísse presidenciais, autárquicas e legislativas. O apelo, no entanto, não teve resposta. E a hipótese de uma repetição do episódio nas autárquicas continuou a pairar nos dois partidos: um acordo nacional poderia levar Portas a desistir de Lisboa.
"Eu fico!", responde agora o líder do CDS-PP, que quer provar ao PSD que é necessário para ganhar aos socialistas, apostando num resultado em Lisboa que promete ser o melhor de sempre do seu partido na capital, o que implica ultrapassar os 19 por cento.