EXPRESSO: Economia

24-03-2002
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3/3/2001

Farmácias «salvam» Bayer Para produzir genéricos, um grupo de farmacêuticos de Coimbra comprou a fábrica da Bayer Mantendo todos os postos de trabalho, a unidade comprada pela Bluepharma continuará a produzir para a Bayer durante os próximos três anos A ANTIGA unidade da Bayer, em Coimbra, foi adquirida por uma empresa liderada por um grupo de farmacêuticos e irá, num futuro não muito distante, privilegiar a produção de medicamentos genéricos. A Bluepharma, a empresa adquirente, é uma sociedade anónima constituída recentemente com um capital social de 1.250.000 euros. Tem como accionistas os farmacêuticos Paulo Barradas, Miguel Silvestre e Paulo Fonseca (os dois primeiros proprietários de várias farmácias e o terceiro ligado à área da distribuição), Sérgio Simões (professor da Faculdade de Farmácia de Coimbra, ligado à investigação), Isolina Mesquita (directora daquela unidade de produção), o gestor Rui Assis e a PME Capital (uma sociedade de capital de risco ligada ao IAPMEI e com forte componente estatal). A ANTIGA unidade da Bayer, em Coimbra, foi adquirida por uma empresa liderada por um grupo de farmacêuticos e irá, num futuro não muito distante, privilegiar a produção de medicamentos genéricos. A Bluepharma, a empresa adquirente, é uma sociedade anónima constituída recentemente com um capital social de 1.250.000 euros. Tem como accionistas os farmacêuticos Paulo Barradas, Miguel Silvestre e Paulo Fonseca (os dois primeiros proprietários de várias farmácias e o terceiro ligado à área da distribuição), Sérgio Simões (professor da Faculdade de Farmácia de Coimbra, ligado à investigação), Isolina Mesquita (directora daquela unidade de produção), o gestor Rui Assis e a PME Capital (uma sociedade de capital de risco ligada ao IAPMEI e com forte componente estatal). Isolina Mesquita disse ao EXPRESSO que, em França, a produção de medicamentos genéricos conquistou, em três ou quatro anos, cerca de 30% do mercado, sendo de prever também um forte crescimento dos genéricos em Portugal, nos próximos anos. Salientou, no entanto, que para já a estratégia da Bluepharma assentará em quatro vectores fundamentais, ou seja, na continuação da produção para a Bayer, na procura de outros laboratórios como clientes, no desenvolvimento dos genéricos e no incremento da investigação de novos medicamentos, sobretudo na área das biotecnologias. Durante os próximos três anos, aquela unidade continuará a produzir para a Bayer um leque de 30 produtos, com 40 apresentações, entre as quais a Aspirina, o Dolviran e o Adalat, além de uma gama variada de antibióticos e anti-inflamatórios. Aquela aquisição surgiu no seguimento da decisão da Bayer de encerrar várias unidades de produção em todo o mundo, entre as quais a de Coimbra. Isolina Mesquita recusou-se a revelar o preço da venda, mas sublinhou que o preço não era o mais importante para a Bayer, mas sim a manutenção dos postos de trabalho, o que foi conseguido. A cerimónia que formalizou a aquisição teve lugar na quarta-feira, nas instalações da unidade de produção em São Martinho do Bispo, Coimbra. ANTÓNIO MARINHO

COMENTÁRIOS AO ARTIGO

3 comentários 1 a 3

3 de Março de 2001 às 21:55

carlos figueiredo

Embora não compreenda a razão do nome da empresa compradora-Bluepharma", é interessante verificar que existem jovens portugueses com espírito empreendedor, num País caracterizado pela lamúria e inveja. Parabéns Colegas.

3 de Março de 2001 às 12:57

francisco

Acho muito importante que neste pais há decisoes de criar empresas em lugar de importar produtos .

A Bluepharma pode fabricar produtos para a Bayer se quixer más tambem desenvolver uma industria farmaceutica para a PENINSULA IBERICA já que Portugal nao tem já de pensar no mercado nacional que é pequeno más sim no Mercado Ibérico (Espanha-Portugal-Andorra e Gibraltar).

Na Galiza, a Zeneca Farma desenvolveu medicamentos pioneiros contra o cancro a partires de algas marinhas:é um exemplo de utilizaçao de recursos própios.

Parabéns pela salvaçao da fábrica de Coimbra e muitos desejos de futuro e sucesso !

3 de Março de 2001 às 01:44

Bluepharba? Mais lindo e sólido seria Lusopharma.

Não compreendo estes Bluecarallos.

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Farmácias «salvam» Bayer Para produzir genéricos, um grupo de farmacêuticos de Coimbra comprou a fábrica da Bayer Mantendo todos os postos de trabalho, a unidade comprada pela Bluepharma continuará a produzir para a Bayer durante os próximos três anos A ANTIGA unidade da Bayer, em Coimbra, foi adquirida por uma empresa liderada por um grupo de farmacêuticos e irá, num futuro não muito distante, privilegiar a produção de medicamentos genéricos. A Bluepharma, a empresa adquirente, é uma sociedade anónima constituída recentemente com um capital social de 1.250.000 euros. Tem como accionistas os farmacêuticos Paulo Barradas, Miguel Silvestre e Paulo Fonseca (os dois primeiros proprietários de várias farmácias e o terceiro ligado à área da distribuição), Sérgio Simões (professor da Faculdade de Farmácia de Coimbra, ligado à investigação), Isolina Mesquita (directora daquela unidade de produção), o gestor Rui Assis e a PME Capital (uma sociedade de capital de risco ligada ao IAPMEI e com forte componente estatal). A ANTIGA unidade da Bayer, em Coimbra, foi adquirida por uma empresa liderada por um grupo de farmacêuticos e irá, num futuro não muito distante, privilegiar a produção de medicamentos genéricos. A Bluepharma, a empresa adquirente, é uma sociedade anónima constituída recentemente com um capital social de 1.250.000 euros. Tem como accionistas os farmacêuticos Paulo Barradas, Miguel Silvestre e Paulo Fonseca (os dois primeiros proprietários de várias farmácias e o terceiro ligado à área da distribuição), Sérgio Simões (professor da Faculdade de Farmácia de Coimbra, ligado à investigação), Isolina Mesquita (directora daquela unidade de produção), o gestor Rui Assis e a PME Capital (uma sociedade de capital de risco ligada ao IAPMEI e com forte componente estatal). Isolina Mesquita disse ao EXPRESSO que, em França, a produção de medicamentos genéricos conquistou, em três ou quatro anos, cerca de 30% do mercado, sendo de prever também um forte crescimento dos genéricos em Portugal, nos próximos anos. Salientou, no entanto, que para já a estratégia da Bluepharma assentará em quatro vectores fundamentais, ou seja, na continuação da produção para a Bayer, na procura de outros laboratórios como clientes, no desenvolvimento dos genéricos e no incremento da investigação de novos medicamentos, sobretudo na área das biotecnologias. Durante os próximos três anos, aquela unidade continuará a produzir para a Bayer um leque de 30 produtos, com 40 apresentações, entre as quais a Aspirina, o Dolviran e o Adalat, além de uma gama variada de antibióticos e anti-inflamatórios. Aquela aquisição surgiu no seguimento da decisão da Bayer de encerrar várias unidades de produção em todo o mundo, entre as quais a de Coimbra. Isolina Mesquita recusou-se a revelar o preço da venda, mas sublinhou que o preço não era o mais importante para a Bayer, mas sim a manutenção dos postos de trabalho, o que foi conseguido. A cerimónia que formalizou a aquisição teve lugar na quarta-feira, nas instalações da unidade de produção em São Martinho do Bispo, Coimbra. ANTÓNIO MARINHO

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3 de Março de 2001 às 21:55

carlos figueiredo

Embora não compreenda a razão do nome da empresa compradora-Bluepharma", é interessante verificar que existem jovens portugueses com espírito empreendedor, num País caracterizado pela lamúria e inveja. Parabéns Colegas.

3 de Março de 2001 às 12:57

francisco

Acho muito importante que neste pais há decisoes de criar empresas em lugar de importar produtos .

A Bluepharma pode fabricar produtos para a Bayer se quixer más tambem desenvolver uma industria farmaceutica para a PENINSULA IBERICA já que Portugal nao tem já de pensar no mercado nacional que é pequeno más sim no Mercado Ibérico (Espanha-Portugal-Andorra e Gibraltar).

Na Galiza, a Zeneca Farma desenvolveu medicamentos pioneiros contra o cancro a partires de algas marinhas:é um exemplo de utilizaçao de recursos própios.

Parabéns pela salvaçao da fábrica de Coimbra e muitos desejos de futuro e sucesso !

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Bluepharba? Mais lindo e sólido seria Lusopharma.

Não compreendo estes Bluecarallos.

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