O Insurgente: A vitória de Cavaco e a direita em Portugal

14-12-2019
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Escreve o Rui:A direita com expressão partidária (PSD e CDS) continua em minoria no país. Se, ontem, tivesse ido a votos, mesmo com o descontentamento popular contra o governo socialista, não teria obtido maioria no parlamento. A não ser que esteja genuína e ingenuamente convencida, que os 50,6% dos votos de Cavaco são seus.Como já vários comentadores afirmaram, é inegável que os 50,6% de Cavaco (um resultado muito expressivo se tivermos em conta que foi obtido à primeira volta numas presidenciais em que a esquerda apresentou nada menos do que 5 candidatos) não podem ser atribuídos à direita com expressão partidária.Convém no entanto também ter em conta que os 50,6% de Cavaco não incluem certamente todos o actual eleitorado de direita. Mesmo admitindo que o voto de "protesto" em Alegre vindo da direita tenha sido muito reduzido, parece-me razoável admitir que uma fatia significativa do eleitorado de direita terá optado pela abstenção. Além disso, é inegável que, apesar de o país continuar provavelmente desiquilibrado para a esquerda, tem havido uma evolução bastante positiva ao longo dos últimos anos no sentido de um realinhamento do centro político mais à direita (ou menos à esquerda). Para não ir mais longe, atente-se na evolução do próprio PS ao longo dos últimos 25 anos e, em particular, na última década; uma evolução que encontra corolário na ascensão de José Sócrates, um líder que seria, apesar de tudo, provavelmente considerado demasiado de direita até no próprio PSD de há alguns anos atrás...A direita não deve esperar de Cavaco mais do que uma presidência centrista e que não obstaculize algumas reformas estruturais (que passam também, necessariamente, pelo plano constitucional...) há muito adiadas. O resto caberá à capacidade de mobilização e (re)organização da própria direita, que deverá encontrar, no plano ideológico, das políticas públicas e dos partidos soluções viáveis, consistentes e apelativas para o eleitorado. O panorama que se apresenta não é fácil mas, apesar de tudo, julgo que nunca como em 2006 (com Sócrates a PM, Cavaco na presidência e o contexto internacional actual) estiveram reunidas tão boas condições para a afirmação de uma direita liberal em Portugal. Assim haja capacidade de reflexão, persistência e coragem para enfrentar os desafios que se apresentam.

Escreve o Rui:A direita com expressão partidária (PSD e CDS) continua em minoria no país. Se, ontem, tivesse ido a votos, mesmo com o descontentamento popular contra o governo socialista, não teria obtido maioria no parlamento. A não ser que esteja genuína e ingenuamente convencida, que os 50,6% dos votos de Cavaco são seus.Como já vários comentadores afirmaram, é inegável que os 50,6% de Cavaco (um resultado muito expressivo se tivermos em conta que foi obtido à primeira volta numas presidenciais em que a esquerda apresentou nada menos do que 5 candidatos) não podem ser atribuídos à direita com expressão partidária.Convém no entanto também ter em conta que os 50,6% de Cavaco não incluem certamente todos o actual eleitorado de direita. Mesmo admitindo que o voto de "protesto" em Alegre vindo da direita tenha sido muito reduzido, parece-me razoável admitir que uma fatia significativa do eleitorado de direita terá optado pela abstenção. Além disso, é inegável que, apesar de o país continuar provavelmente desiquilibrado para a esquerda, tem havido uma evolução bastante positiva ao longo dos últimos anos no sentido de um realinhamento do centro político mais à direita (ou menos à esquerda). Para não ir mais longe, atente-se na evolução do próprio PS ao longo dos últimos 25 anos e, em particular, na última década; uma evolução que encontra corolário na ascensão de José Sócrates, um líder que seria, apesar de tudo, provavelmente considerado demasiado de direita até no próprio PSD de há alguns anos atrás...A direita não deve esperar de Cavaco mais do que uma presidência centrista e que não obstaculize algumas reformas estruturais (que passam também, necessariamente, pelo plano constitucional...) há muito adiadas. O resto caberá à capacidade de mobilização e (re)organização da própria direita, que deverá encontrar, no plano ideológico, das políticas públicas e dos partidos soluções viáveis, consistentes e apelativas para o eleitorado. O panorama que se apresenta não é fácil mas, apesar de tudo, julgo que nunca como em 2006 (com Sócrates a PM, Cavaco na presidência e o contexto internacional actual) estiveram reunidas tão boas condições para a afirmação de uma direita liberal em Portugal. Assim haja capacidade de reflexão, persistência e coragem para enfrentar os desafios que se apresentam.

Escreve o Rui:A direita com expressão partidária (PSD e CDS) continua em minoria no país. Se, ontem, tivesse ido a votos, mesmo com o descontentamento popular contra o governo socialista, não teria obtido maioria no parlamento. A não ser que esteja genuína e ingenuamente convencida, que os 50,6% dos votos de Cavaco são seus.Como já vários comentadores afirmaram, é inegável que os 50,6% de Cavaco (um resultado muito expressivo se tivermos em conta que foi obtido à primeira volta numas presidenciais em que a esquerda apresentou nada menos do que 5 candidatos) não podem ser atribuídos à direita com expressão partidária.Convém no entanto também ter em conta que os 50,6% de Cavaco não incluem certamente todos o actual eleitorado de direita. Mesmo admitindo que o voto de "protesto" em Alegre vindo da direita tenha sido muito reduzido, parece-me razoável admitir que uma fatia significativa do eleitorado de direita terá optado pela abstenção. Além disso, é inegável que, apesar de o país continuar provavelmente desiquilibrado para a esquerda, tem havido uma evolução bastante positiva ao longo dos últimos anos no sentido de um realinhamento do centro político mais à direita (ou menos à esquerda). Para não ir mais longe, atente-se na evolução do próprio PS ao longo dos últimos 25 anos e, em particular, na última década; uma evolução que encontra corolário na ascensão de José Sócrates, um líder que seria, apesar de tudo, provavelmente considerado demasiado de direita até no próprio PSD de há alguns anos atrás...A direita não deve esperar de Cavaco mais do que uma presidência centrista e que não obstaculize algumas reformas estruturais (que passam também, necessariamente, pelo plano constitucional...) há muito adiadas. O resto caberá à capacidade de mobilização e (re)organização da própria direita, que deverá encontrar, no plano ideológico, das políticas públicas e dos partidos soluções viáveis, consistentes e apelativas para o eleitorado. O panorama que se apresenta não é fácil mas, apesar de tudo, julgo que nunca como em 2006 (com Sócrates a PM, Cavaco na presidência e o contexto internacional actual) estiveram reunidas tão boas condições para a afirmação de uma direita liberal em Portugal. Assim haja capacidade de reflexão, persistência e coragem para enfrentar os desafios que se apresentam.

Escreve o Rui:A direita com expressão partidária (PSD e CDS) continua em minoria no país. Se, ontem, tivesse ido a votos, mesmo com o descontentamento popular contra o governo socialista, não teria obtido maioria no parlamento. A não ser que esteja genuína e ingenuamente convencida, que os 50,6% dos votos de Cavaco são seus.Como já vários comentadores afirmaram, é inegável que os 50,6% de Cavaco (um resultado muito expressivo se tivermos em conta que foi obtido à primeira volta numas presidenciais em que a esquerda apresentou nada menos do que 5 candidatos) não podem ser atribuídos à direita com expressão partidária.Convém no entanto também ter em conta que os 50,6% de Cavaco não incluem certamente todos o actual eleitorado de direita. Mesmo admitindo que o voto de "protesto" em Alegre vindo da direita tenha sido muito reduzido, parece-me razoável admitir que uma fatia significativa do eleitorado de direita terá optado pela abstenção. Além disso, é inegável que, apesar de o país continuar provavelmente desiquilibrado para a esquerda, tem havido uma evolução bastante positiva ao longo dos últimos anos no sentido de um realinhamento do centro político mais à direita (ou menos à esquerda). Para não ir mais longe, atente-se na evolução do próprio PS ao longo dos últimos 25 anos e, em particular, na última década; uma evolução que encontra corolário na ascensão de José Sócrates, um líder que seria, apesar de tudo, provavelmente considerado demasiado de direita até no próprio PSD de há alguns anos atrás...A direita não deve esperar de Cavaco mais do que uma presidência centrista e que não obstaculize algumas reformas estruturais (que passam também, necessariamente, pelo plano constitucional...) há muito adiadas. O resto caberá à capacidade de mobilização e (re)organização da própria direita, que deverá encontrar, no plano ideológico, das políticas públicas e dos partidos soluções viáveis, consistentes e apelativas para o eleitorado. O panorama que se apresenta não é fácil mas, apesar de tudo, julgo que nunca como em 2006 (com Sócrates a PM, Cavaco na presidência e o contexto internacional actual) estiveram reunidas tão boas condições para a afirmação de uma direita liberal em Portugal. Assim haja capacidade de reflexão, persistência e coragem para enfrentar os desafios que se apresentam.

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