JORNAL PUBLICO: A surpresa Costa Lima

11-11-1999
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04/07/95

Nogueira prepara programa

A surpresa Costa Lima

A presença de Fernando da Costa Lima, ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, foi a maior surpresa do encontro sobre "Economia e desenvolvimento", promovido ontem pelo PSD, no Porto. Costa Lima, recorde-se, renunciou ao cargo em ruptura com a actuação do Ministério das Finanças na condução do "caso Totta", que permitiu a aquisição do banco por António Champalimaud, à revelia das regras do mercado de capitais. Inquirido a propósito da participação de Costa Lima, Nogueira estranhou a estranheza: "Porquê? Não está proscrito".

Em mais um encontro no Palácio da Bolsa, o PSD reuniu algumas figuras dos meios empresariais nortenhos. Entre os empresários, por lá passaram Ilídio Pinho, Henry Tillo (na dupla condição de presidente da maior associação têxtil), Paulo Barros Vale (também presidente da Associação Nacional dos Jovens Empresários, e outra voz particularmente crítica da gestão de Catroga à frente das Finanças), Amorim Martins (presidente da associação da construção civil e do Conselho Empresarial do Norte), António Santos (presidente da Associação do Minho) e António Serrenho (tintas CIN). Pelo lado dos dirigentes associativos, alinhou ainda Vergílio Folhadela Moreira, gestor da RAR e a modos que anfitrião, na sua qualidade de presidente da Associação Comercial do Porto e, portanto, dono da casa.

O naipe dos gestores incluía Tavares Moreira, presidente da Caixa Central de Crédito Agrícola -aliás, o responsável pela elaboração do programa de economia com que o partido irá submeter-se ao eleitorado -, Álvaro Barreto (presidente da Soporcel), Carlos Tavares (líder do BNU), Fernando de Almeida (Banco Pinto & Sotto Mayor), Paulo Guichard (ex-quadro do grupo Amorim, actualmente gestor da Norpedip, sociedade de capital de risco do Ministério da Indústria), Luís Rocha (Primogest, grupo BPA) António Barradas (Mabor) e Rui Amaral (Tertir). Outro participante foi Mário Patinha Antão, chefe de gabinete do Ministério das Finanças, também membro do grupo restrito de redacção do programa.

O encontro seguiu a fórmula de reuniões anteriores. Primeiro um almoço, no restaurante "O Telégrapho", da Bolsa, a que se seguiu o debate à porta fechada, durante o qual os participantes foram efectuando, à vez, a sua intervenção. Fernando Nogueira fez questão de informar os jornalistas de que não iria fazer quaisquer declarações e prometeu que o programa de economia do partido estaria pronto em Setembro. As linhas principais, admitiu, poderão ser divulgadas até ao final do mês.

Leonor Botelho

04/07/95

Nogueira prepara programa

A surpresa Costa Lima

A presença de Fernando da Costa Lima, ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, foi a maior surpresa do encontro sobre "Economia e desenvolvimento", promovido ontem pelo PSD, no Porto. Costa Lima, recorde-se, renunciou ao cargo em ruptura com a actuação do Ministério das Finanças na condução do "caso Totta", que permitiu a aquisição do banco por António Champalimaud, à revelia das regras do mercado de capitais. Inquirido a propósito da participação de Costa Lima, Nogueira estranhou a estranheza: "Porquê? Não está proscrito".

Em mais um encontro no Palácio da Bolsa, o PSD reuniu algumas figuras dos meios empresariais nortenhos. Entre os empresários, por lá passaram Ilídio Pinho, Henry Tillo (na dupla condição de presidente da maior associação têxtil), Paulo Barros Vale (também presidente da Associação Nacional dos Jovens Empresários, e outra voz particularmente crítica da gestão de Catroga à frente das Finanças), Amorim Martins (presidente da associação da construção civil e do Conselho Empresarial do Norte), António Santos (presidente da Associação do Minho) e António Serrenho (tintas CIN). Pelo lado dos dirigentes associativos, alinhou ainda Vergílio Folhadela Moreira, gestor da RAR e a modos que anfitrião, na sua qualidade de presidente da Associação Comercial do Porto e, portanto, dono da casa.

O naipe dos gestores incluía Tavares Moreira, presidente da Caixa Central de Crédito Agrícola -aliás, o responsável pela elaboração do programa de economia com que o partido irá submeter-se ao eleitorado -, Álvaro Barreto (presidente da Soporcel), Carlos Tavares (líder do BNU), Fernando de Almeida (Banco Pinto & Sotto Mayor), Paulo Guichard (ex-quadro do grupo Amorim, actualmente gestor da Norpedip, sociedade de capital de risco do Ministério da Indústria), Luís Rocha (Primogest, grupo BPA) António Barradas (Mabor) e Rui Amaral (Tertir). Outro participante foi Mário Patinha Antão, chefe de gabinete do Ministério das Finanças, também membro do grupo restrito de redacção do programa.

O encontro seguiu a fórmula de reuniões anteriores. Primeiro um almoço, no restaurante "O Telégrapho", da Bolsa, a que se seguiu o debate à porta fechada, durante o qual os participantes foram efectuando, à vez, a sua intervenção. Fernando Nogueira fez questão de informar os jornalistas de que não iria fazer quaisquer declarações e prometeu que o programa de economia do partido estaria pronto em Setembro. As linhas principais, admitiu, poderão ser divulgadas até ao final do mês.

Leonor Botelho

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