10/07/95
PS/Leiria passa a batata quente à Comissão nacional
Uma vitória de Monterroso e da JS
Os órgãos da federação distrital do PS de Leiria não chegaram a consenso sobre a apresentação de uma lista para deputados. Por isso, na reunião que terminou no final da tarde de sábado, em Leiria, a distrital do PS optou por votar três listas diferentes, tendo ganho a apresentada por Rui Vieira, deputado, e Luís Monterroso, ex-presidente da Câmara da Nazaré, com 17 votos contra os 14 da lista de Cândido Ferreira, líder da federação distrital.
Para cabeça de lista existe algum consenso no nome de Henrique Neto. Mas a estratégia seguida, quer por Rui Vieira, quer por Cândido Ferreira, foi a de não avançarem com o seu nome, considerando que ele deve ser proposto pela direcção nacional do partido.
A terceira lista foi posta à votação por proposta de Telmo Ferraz, presidente da concelhia da Marinha Grande, onde se incluíam nomes como Henrique Neto, Cândido Ferreira, Rui Vieira e Osvaldo Castro. Esta, no entanto, não recebeu qualquer intenção de voto, muito embora apresentasse nos lugares considerados elegíveis - o PS pretende conseguir eleger quatro deputados por Leiria - os nomes que nas últimas semanas vinham a ser mais falados como prováveis para integrarem a lista de deputados por Leiria.
Entre as razões que estiveram na base desta falta de consenso contam-se os nomes de Luís Monterroso e Osvaldo de Castro. Este último, plataformista, surge apoiado sobretudo pela concelhia da Marinha Grande, Henrique Neto, porta-voz do PS para a indústria, e pela própria direcção nacional do partido. Mas Osvaldo Castro nunca foi aceite pela generalidade dos órgãos políticos distritais que ainda não esqueceram a forte oposição feita ao PS enquanto membro do PCP na Marinha Grande. De resto, a iniciativa da concelhia da Marinha Grande em propor uma lista com o nome de Osvaldo Castro foi considerado, à saída da reunião da distrital, com um "erro estratégico", uma vez que, ao não obter qualquer voto, limitou em muito a possibilidade do nome de Osvaldo Castro ser imposto pela direcção nacional do partido. Tanto mais que, os três primeiros lugares propostos pela Marinha Grande, Henrique Neto, Cândido Ferreira e Rui Vieira não suscitavam grandes problemas.
O nome para o quarto lugar foi, aliás, a razão da falta de consenso sobre as listas. Luís Monterroso conseguiu fazer valer o seu ponto de vista de que a lista deveria integrar o seu nome em representação da terceira sensibilidade na distrital do partido, integrando assim o quarto lugar. Mas Cândido Ferreira, o líder da distrital, recusou sempre participar numa lista com o nome do ex-presidente da Câmara da Nazaré.
As atenções estão agora voltadas para a direcção nacional nacional uma vez que ninguém na distrital acredita que a lista vencedora venha a ser aceite sem importantes mexidas.
Carlos Camponez
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10/07/95
PS/Leiria passa a batata quente à Comissão nacional
Uma vitória de Monterroso e da JS
Os órgãos da federação distrital do PS de Leiria não chegaram a consenso sobre a apresentação de uma lista para deputados. Por isso, na reunião que terminou no final da tarde de sábado, em Leiria, a distrital do PS optou por votar três listas diferentes, tendo ganho a apresentada por Rui Vieira, deputado, e Luís Monterroso, ex-presidente da Câmara da Nazaré, com 17 votos contra os 14 da lista de Cândido Ferreira, líder da federação distrital.
Para cabeça de lista existe algum consenso no nome de Henrique Neto. Mas a estratégia seguida, quer por Rui Vieira, quer por Cândido Ferreira, foi a de não avançarem com o seu nome, considerando que ele deve ser proposto pela direcção nacional do partido.
A terceira lista foi posta à votação por proposta de Telmo Ferraz, presidente da concelhia da Marinha Grande, onde se incluíam nomes como Henrique Neto, Cândido Ferreira, Rui Vieira e Osvaldo Castro. Esta, no entanto, não recebeu qualquer intenção de voto, muito embora apresentasse nos lugares considerados elegíveis - o PS pretende conseguir eleger quatro deputados por Leiria - os nomes que nas últimas semanas vinham a ser mais falados como prováveis para integrarem a lista de deputados por Leiria.
Entre as razões que estiveram na base desta falta de consenso contam-se os nomes de Luís Monterroso e Osvaldo de Castro. Este último, plataformista, surge apoiado sobretudo pela concelhia da Marinha Grande, Henrique Neto, porta-voz do PS para a indústria, e pela própria direcção nacional do partido. Mas Osvaldo Castro nunca foi aceite pela generalidade dos órgãos políticos distritais que ainda não esqueceram a forte oposição feita ao PS enquanto membro do PCP na Marinha Grande. De resto, a iniciativa da concelhia da Marinha Grande em propor uma lista com o nome de Osvaldo Castro foi considerado, à saída da reunião da distrital, com um "erro estratégico", uma vez que, ao não obter qualquer voto, limitou em muito a possibilidade do nome de Osvaldo Castro ser imposto pela direcção nacional do partido. Tanto mais que, os três primeiros lugares propostos pela Marinha Grande, Henrique Neto, Cândido Ferreira e Rui Vieira não suscitavam grandes problemas.
O nome para o quarto lugar foi, aliás, a razão da falta de consenso sobre as listas. Luís Monterroso conseguiu fazer valer o seu ponto de vista de que a lista deveria integrar o seu nome em representação da terceira sensibilidade na distrital do partido, integrando assim o quarto lugar. Mas Cândido Ferreira, o líder da distrital, recusou sempre participar numa lista com o nome do ex-presidente da Câmara da Nazaré.
As atenções estão agora voltadas para a direcção nacional nacional uma vez que ninguém na distrital acredita que a lista vencedora venha a ser aceite sem importantes mexidas.
Carlos Camponez