Presidente do MARL exige encerramento da Docapesca

17-07-2001
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Presidente do MARL Exige Encerramento da Docapesca

Quarta, 4 de Julho de 2001

No concelho de Loures

"Na Câmara de Lisboa entendemos que é altura do Governo assumir as suas responsabilidades neste processo", sublinhou o também socialista Vasco Franco

O residente do conselho de administração do Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), o socialista Nuno Baltazar Mendes, exigiu ontem ao Governo o encerramento da Docapesca, de forma a permitir a entrada em funcionamento do Pavilhão do Pescado existente naquela estrutura.

"Exigimos e reivindicamos uma decisão do Governo que permita que os operadores da Docapesca possam usufruir da estrutura mais moderna da Europa", frisou Nuno Baltazar Mendes, que falava durante a cerimónia de inauguração do novo entreposto frigorífico do MARL, uma estrutura que custou 1,8 milhões de contos. Para o responsável do mercado, a inauguração desta estrutura deita também por terra "o último argumento que era invocado por algumas pessoas para que no MARL não pudesse existir um pavilhão do pescado".

O pavilhão do pescado sempre foi considerado uma das estruturas mais importantes do MARL. Contudo, passado um ano da abertura ao público do MARL, no lugar do Quintanilho, concelho de Loures, este pavilhão continua fechado porque os operadores insistem em continuar a atender os seus clientes onde sempre o fizeram - em Pedrouços, na Docapesca. "Lamento que passados 365 dias da inauguração do MARL ainda não se tenha entendido o papel estruturante do MARL na modernização do sector", disse ainda Nuno Baltazar Mendes.

Igualmente crítico quanto à inexistência de uma decisão do Governo quanto ao encerramento da Docapesca foi o vice-presidente da Câmara de Lisboa e administrador do MARL, Vasco Franco. "Na Câmara de Lisboa entendemos que é altura do Governo assumir as suas responsabilidades neste processo", sublinhou o também socialista Vasco Franco, acrescentando ainda que "não faz sentido que uma estrutura como o MARL não esteja totalmente aproveitada". Para o administrador do mercado, a Docapesca é uma "estrutura pública decrépita", que deve ser definitivamente encerrada. Esta não é, no entanto, a opinião do secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, que, como o PÚBLICO já noticiou, chegou a admitir que a decisão de construir um pavilhão do pescado em Loures foi um "erro do Estado", um vez que existe um plano de modernização da Docapesca. Para o responsável do Governo, não há espaço para a coabitação da Docapesca e do pavilhão do MARL.

Quanto ao entreposto frigorífico ontem inaugurado, trata-se de uma estrutura com quatro câmaras frigoríficas, duas com uma área de 450 metros quadrados e a possibilidade de funcionarem com temperaturas negativas ou positivas, e outras duas com 1.600 metros quadrados cada, destinadas a produtos alimentares e que irão funcionar a 25 graus negativos. O investimento realizado neste espaço foi de 1,8 milhões de contos.

Embora na altura da construção do MARL tivesse ficado estabelecido que todos os mercados de venda a grosso localizados num raio de 50 quilómetros iriam também encerrar, a verdade é que tanto a Docapesca como os mercados da Malveira, no concelho de Mafra, e de Castanheira do Ribatejo, no concelho de Vila Franca de Xira, continuam abertos ao público.

Lusa

Presidente do MARL Exige Encerramento da Docapesca

Quarta, 4 de Julho de 2001

No concelho de Loures

"Na Câmara de Lisboa entendemos que é altura do Governo assumir as suas responsabilidades neste processo", sublinhou o também socialista Vasco Franco

O residente do conselho de administração do Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), o socialista Nuno Baltazar Mendes, exigiu ontem ao Governo o encerramento da Docapesca, de forma a permitir a entrada em funcionamento do Pavilhão do Pescado existente naquela estrutura.

"Exigimos e reivindicamos uma decisão do Governo que permita que os operadores da Docapesca possam usufruir da estrutura mais moderna da Europa", frisou Nuno Baltazar Mendes, que falava durante a cerimónia de inauguração do novo entreposto frigorífico do MARL, uma estrutura que custou 1,8 milhões de contos. Para o responsável do mercado, a inauguração desta estrutura deita também por terra "o último argumento que era invocado por algumas pessoas para que no MARL não pudesse existir um pavilhão do pescado".

O pavilhão do pescado sempre foi considerado uma das estruturas mais importantes do MARL. Contudo, passado um ano da abertura ao público do MARL, no lugar do Quintanilho, concelho de Loures, este pavilhão continua fechado porque os operadores insistem em continuar a atender os seus clientes onde sempre o fizeram - em Pedrouços, na Docapesca. "Lamento que passados 365 dias da inauguração do MARL ainda não se tenha entendido o papel estruturante do MARL na modernização do sector", disse ainda Nuno Baltazar Mendes.

Igualmente crítico quanto à inexistência de uma decisão do Governo quanto ao encerramento da Docapesca foi o vice-presidente da Câmara de Lisboa e administrador do MARL, Vasco Franco. "Na Câmara de Lisboa entendemos que é altura do Governo assumir as suas responsabilidades neste processo", sublinhou o também socialista Vasco Franco, acrescentando ainda que "não faz sentido que uma estrutura como o MARL não esteja totalmente aproveitada". Para o administrador do mercado, a Docapesca é uma "estrutura pública decrépita", que deve ser definitivamente encerrada. Esta não é, no entanto, a opinião do secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, que, como o PÚBLICO já noticiou, chegou a admitir que a decisão de construir um pavilhão do pescado em Loures foi um "erro do Estado", um vez que existe um plano de modernização da Docapesca. Para o responsável do Governo, não há espaço para a coabitação da Docapesca e do pavilhão do MARL.

Quanto ao entreposto frigorífico ontem inaugurado, trata-se de uma estrutura com quatro câmaras frigoríficas, duas com uma área de 450 metros quadrados e a possibilidade de funcionarem com temperaturas negativas ou positivas, e outras duas com 1.600 metros quadrados cada, destinadas a produtos alimentares e que irão funcionar a 25 graus negativos. O investimento realizado neste espaço foi de 1,8 milhões de contos.

Embora na altura da construção do MARL tivesse ficado estabelecido que todos os mercados de venda a grosso localizados num raio de 50 quilómetros iriam também encerrar, a verdade é que tanto a Docapesca como os mercados da Malveira, no concelho de Mafra, e de Castanheira do Ribatejo, no concelho de Vila Franca de Xira, continuam abertos ao público.

Lusa

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