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23-11-2001
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15 de Novembro

Saúde - Médicos: Ministério e sindicatos não se entendem

O Ministério da Saúde está disposto a pagar aos médicos que realizem horas extraordinárias em urgência pelo regime remuneratório mais alto (42 horas), desde que os hospitais tenham aderido ao Programa de Promoção do Acesso e as consultas externas funcionem entre as 8 e as 18 horas. por DE Em relação aos centros de saúde, o Ministério propõe pagar as horas extraordinárias pelo mesmo regime, desde que estes funcionem entre as 8 e as 20 horas. Este modelo de pagamento foi anunciado ontem publicamente pelo secretário de Estado dos Recursos Humanos e Modernização da Saúde, Nelson Baltazar, mas não agrada aos sindicatos, que ameaçam fazer «uma revolta nacional» caso as horas extraordinárias não sejam pagas por igual a todos os médicos. O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), António Bento lembrou que o «pagamento justo» das horas extraordinárias foi uma das reivindicações que estiveram na origem da greve self-service, levada a cabo ainda com Maria de Belém Roseira. E se esta proposta for para a frente traduzir-se-á numa «grande injustiça», uma vez que os médicos que trabalharem em instituições que não estão dentro das condições exigidas irão receber «pouco mais de metade do que os outros» pelas horas extraordinárias. O secretário de Estado recusa esta ideia e garante: «Desde que sejam apresentadas justificações para a não adesão aos programas, os médicos receberão de igual forma». Nelson Baltazar admitiu, no entanto, que as justidicações terão de ser apoiadas em provas. O secretário de Estado dos Recursos Humanos disse ainda não compreender as críticas dos médicos, uma vez que «durante anos estiveram numa situação que queriam ver resolvida e, agora que está a ser negociada, impõem condições». Também a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz ter esgotado «a paciência negocial» e que, se Manuela Arcanjo não resolver a questão, então será tempo dos médicos não fazerem mais horas extraordinárias, segundo o presidente da federação, Cílio Correia. Esta tomada de posição da da FNAM suscitou igualmente um comentário crítico por parte do secretário geral do SIM. António Bento recordou que o pagamento progressivo das horas extraordinárias foi aceite pela FNAM na última legislatura. o líder do SIM não entende por isso «o aproveitamento da luta dos médicos» que a FNAM está a levar a cabo, ao ameçar com uma greve se a situação não for resolvida. Em relação ao SIM, António Bento não abriu o jogo, mas ameçou desde já com uma revolta nacional. «Se Manuela Arcanjo insistir em transformar legislação a proposta agora em discussão, pode contar uma revolta a nível nacional» por parte dos médicos. «Cabe à ministra da Saúde anular ou avançar o protesto dos médicos», concluiu. (Lusa) nO Ministério da Saúde está disposto a pagar aos médicos que realizem horas extraordinárias em urgência pelo regime remuneratório mais alto (42 horas), desde que os hospitais tenham aderido ao Programa de Promoção do Acesso e as consultas externas funcionem entre as 8 e as 18 horas. Em relação aos centros de saúde, o Ministério propõe pagar as horas extraordinárias pelo mesmo regime, desde que estes funcionem entre as 8 e as 20 horas. Este modelo de pagamento foi anunciado ontem publicamente pelo secretário de Estado dos Recursos Humanos e Modernização da Saúde, Nelson Baltazar, mas não agrada aos sindicatos, que ameaçam fazer «uma revolta nacional» caso as horas extraordinárias não sejam pagas por igual a todos os médicos. O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), António Bento lembrou que o «pagamento justo» das horas extraordinárias foi uma das reivindicações que estiveram na origem da greve self-service, levada a cabo ainda com Maria de Belém Roseira. E se esta proposta for para a frente traduzir-se-á numa «grande injustiça», uma vez que os médicos que trabalharem em instituições que não estão dentro das condições exigidas irão receber «pouco mais de metade do que os outros» pelas horas extraordinárias. O secretário de Estado recusa esta ideia e garante: «Desde que sejam apresentadas justificações para a não adesão aos programas, os médicos receberão de igual forma». Nelson Baltazar admitiu, no entanto, que as justidicações terão de ser apoiadas em provas. O secretário de Estado dos Recursos Humanos disse ainda não compreender as críticas dos médicos, uma vez que «durante anos estiveram numa situação que queriam ver resolvida e, agora que está a ser negociada, impõem condições». Também a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz ter esgotado «a paciência negocial» e que, se Manuela Arcanjo não resolver a questão, então será tempo dos médicos não fazerem mais horas extraordinárias, segundo o presidente da federação, Cílio Correia. Esta tomada de posição da da FNAM suscitou igualmente um comentário crítico por parte do secretário geral do SIM. António Bento recordou que o pagamento progressivo das horas extraordinárias foi aceite pela FNAM na última legislatura. o líder do SIM não entende por isso «o aproveitamento da luta dos médicos» que a FNAM está a levar a cabo, ao ameçar com uma greve se a situação não for resolvida. Em relação ao SIM, António Bento não abriu o jogo, mas ameçou desde já com uma revolta nacional. «Se Manuela Arcanjo insistir em transformar legislação a proposta agora em discussão, pode contar uma revolta a nível nacional» por parte dos médicos. «Cabe à ministra da Saúde anular ou avançar o protesto dos médicos», concluiu.

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Saúde - Médicos: Ministério e sindicatos não se entendem

O Ministério da Saúde está disposto a pagar aos médicos que realizem horas extraordinárias em urgência pelo regime remuneratório mais alto (42 horas), desde que os hospitais tenham aderido ao Programa de Promoção do Acesso e as consultas externas funcionem entre as 8 e as 18 horas. por DE Em relação aos centros de saúde, o Ministério propõe pagar as horas extraordinárias pelo mesmo regime, desde que estes funcionem entre as 8 e as 20 horas. Este modelo de pagamento foi anunciado ontem publicamente pelo secretário de Estado dos Recursos Humanos e Modernização da Saúde, Nelson Baltazar, mas não agrada aos sindicatos, que ameaçam fazer «uma revolta nacional» caso as horas extraordinárias não sejam pagas por igual a todos os médicos. O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), António Bento lembrou que o «pagamento justo» das horas extraordinárias foi uma das reivindicações que estiveram na origem da greve self-service, levada a cabo ainda com Maria de Belém Roseira. E se esta proposta for para a frente traduzir-se-á numa «grande injustiça», uma vez que os médicos que trabalharem em instituições que não estão dentro das condições exigidas irão receber «pouco mais de metade do que os outros» pelas horas extraordinárias. O secretário de Estado recusa esta ideia e garante: «Desde que sejam apresentadas justificações para a não adesão aos programas, os médicos receberão de igual forma». Nelson Baltazar admitiu, no entanto, que as justidicações terão de ser apoiadas em provas. O secretário de Estado dos Recursos Humanos disse ainda não compreender as críticas dos médicos, uma vez que «durante anos estiveram numa situação que queriam ver resolvida e, agora que está a ser negociada, impõem condições». Também a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz ter esgotado «a paciência negocial» e que, se Manuela Arcanjo não resolver a questão, então será tempo dos médicos não fazerem mais horas extraordinárias, segundo o presidente da federação, Cílio Correia. Esta tomada de posição da da FNAM suscitou igualmente um comentário crítico por parte do secretário geral do SIM. António Bento recordou que o pagamento progressivo das horas extraordinárias foi aceite pela FNAM na última legislatura. o líder do SIM não entende por isso «o aproveitamento da luta dos médicos» que a FNAM está a levar a cabo, ao ameçar com uma greve se a situação não for resolvida. Em relação ao SIM, António Bento não abriu o jogo, mas ameçou desde já com uma revolta nacional. «Se Manuela Arcanjo insistir em transformar legislação a proposta agora em discussão, pode contar uma revolta a nível nacional» por parte dos médicos. «Cabe à ministra da Saúde anular ou avançar o protesto dos médicos», concluiu. (Lusa) nO Ministério da Saúde está disposto a pagar aos médicos que realizem horas extraordinárias em urgência pelo regime remuneratório mais alto (42 horas), desde que os hospitais tenham aderido ao Programa de Promoção do Acesso e as consultas externas funcionem entre as 8 e as 18 horas. Em relação aos centros de saúde, o Ministério propõe pagar as horas extraordinárias pelo mesmo regime, desde que estes funcionem entre as 8 e as 20 horas. Este modelo de pagamento foi anunciado ontem publicamente pelo secretário de Estado dos Recursos Humanos e Modernização da Saúde, Nelson Baltazar, mas não agrada aos sindicatos, que ameaçam fazer «uma revolta nacional» caso as horas extraordinárias não sejam pagas por igual a todos os médicos. O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), António Bento lembrou que o «pagamento justo» das horas extraordinárias foi uma das reivindicações que estiveram na origem da greve self-service, levada a cabo ainda com Maria de Belém Roseira. E se esta proposta for para a frente traduzir-se-á numa «grande injustiça», uma vez que os médicos que trabalharem em instituições que não estão dentro das condições exigidas irão receber «pouco mais de metade do que os outros» pelas horas extraordinárias. O secretário de Estado recusa esta ideia e garante: «Desde que sejam apresentadas justificações para a não adesão aos programas, os médicos receberão de igual forma». Nelson Baltazar admitiu, no entanto, que as justidicações terão de ser apoiadas em provas. O secretário de Estado dos Recursos Humanos disse ainda não compreender as críticas dos médicos, uma vez que «durante anos estiveram numa situação que queriam ver resolvida e, agora que está a ser negociada, impõem condições». Também a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz ter esgotado «a paciência negocial» e que, se Manuela Arcanjo não resolver a questão, então será tempo dos médicos não fazerem mais horas extraordinárias, segundo o presidente da federação, Cílio Correia. Esta tomada de posição da da FNAM suscitou igualmente um comentário crítico por parte do secretário geral do SIM. António Bento recordou que o pagamento progressivo das horas extraordinárias foi aceite pela FNAM na última legislatura. o líder do SIM não entende por isso «o aproveitamento da luta dos médicos» que a FNAM está a levar a cabo, ao ameçar com uma greve se a situação não for resolvida. Em relação ao SIM, António Bento não abriu o jogo, mas ameçou desde já com uma revolta nacional. «Se Manuela Arcanjo insistir em transformar legislação a proposta agora em discussão, pode contar uma revolta a nível nacional» por parte dos médicos. «Cabe à ministra da Saúde anular ou avançar o protesto dos médicos», concluiu.

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