EXPRESSO: Artigo

04-02-2002
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PCP em brasa

A PROPOSTA de realização de um Congresso Extraordinário do PCP antes das legislativas de 17 de Março foi incluída na agenda do Comité Central (CC) que se realiza hoje. Ainda que se preveja a rejeição da ideia, a discussão não deixará de ser acesa, apesar de serem minoritários aqueles que defendem a sua realização antes das legislativas. Em sua defesa estarão, previsivelmente, a deputada Natália Filipe (uma das subscritoras do abaixo-assinado nesse sentido) e Carlos Luís Figueira, o ex-membro da Comissão Política que remeteu para o Comité a definição da sua posição. Recorde-se que não foi procurada a subscrição do documento por parte de membros do CC, por se considerar que seriam «juízes em causa própria».

Posição que deverá também ser defendida é a de realizar uma discussão ampla e sem exclusões, conducente a um Congresso depois das legislativas. As listas de deputados - nomeadamente a exclusão dos subscritores do abaixo-assinado - e as eventuais punições àqueles que deram o seu apoio ao documento não deixarão, também, de criar grandes divisões no anfiteatro da Soeiro Pereira Gomes. Em causa vão estar, fundamentalmente, as posições de João Amaral e de Natália Filipe.

Aliás, no caso de Amaral, a vontade de não o recandidatar foi já anunciada pelo membro da Comissão Política (CP), Sérgio Ribeiro, numa reunião da Direcção da Organização Regional do Porto. Na altura, segundo foi relatado ao EXPRESSO, dois dos elementos que mais contribuíram para que o seu nome não fosse de imediato rejeitado foram o ex-membro da CP Emídio Ribeiro (que saiu no último Congresso) e Rui Sá, o vereador da Câmara do Porto - ambos membros do Comité Central. A decisão foi adiada para dia 23 e, entretanto, circula um abaixo-assinado (em especial na área da CDU mas fora do PCP) que defende a manutenção da candidatura do actual vice-presidente do Parlamento.

Por outro lado, até ao início da realização da reunião do CC, dará entrada na sede do PCP a restante lista dos subscritores do abaixo assinado, recolhidas desde o passado dia 6, e nas quais se inclui, nomeadamente, o presidente da Câmara do Redondo, Alfredo Barroso.

Pelo país continua muito tensa a situação interna: em Lisboa, em solidariedade com Bruno Carapinha e na reunião do plenário da Organização do Ensino Superior, demitiram-se oito membros da sua direcção (incluindo Carapinha) e outro suspendeu funções até que aquele seja readmitido. Nesta reunião esteve presente Domingos Abrantes (da CP), que terá chegado a ser acusado de comportamento «fraccionário».

No Algarve, a reunião do plenário da direcção da Organização Regional foi também muito polémica, sendo que uma decisão sobre o abaixo assinado e o Congresso Extraordinário foi adiada para terça-feira... depois da reunião do Comité, contrariando assim uma prática estatutária de os membros do CC exprimirem a posição dos militantes de base das suas organizações. .

PCP em brasa

A PROPOSTA de realização de um Congresso Extraordinário do PCP antes das legislativas de 17 de Março foi incluída na agenda do Comité Central (CC) que se realiza hoje. Ainda que se preveja a rejeição da ideia, a discussão não deixará de ser acesa, apesar de serem minoritários aqueles que defendem a sua realização antes das legislativas. Em sua defesa estarão, previsivelmente, a deputada Natália Filipe (uma das subscritoras do abaixo-assinado nesse sentido) e Carlos Luís Figueira, o ex-membro da Comissão Política que remeteu para o Comité a definição da sua posição. Recorde-se que não foi procurada a subscrição do documento por parte de membros do CC, por se considerar que seriam «juízes em causa própria».

Posição que deverá também ser defendida é a de realizar uma discussão ampla e sem exclusões, conducente a um Congresso depois das legislativas. As listas de deputados - nomeadamente a exclusão dos subscritores do abaixo-assinado - e as eventuais punições àqueles que deram o seu apoio ao documento não deixarão, também, de criar grandes divisões no anfiteatro da Soeiro Pereira Gomes. Em causa vão estar, fundamentalmente, as posições de João Amaral e de Natália Filipe.

Aliás, no caso de Amaral, a vontade de não o recandidatar foi já anunciada pelo membro da Comissão Política (CP), Sérgio Ribeiro, numa reunião da Direcção da Organização Regional do Porto. Na altura, segundo foi relatado ao EXPRESSO, dois dos elementos que mais contribuíram para que o seu nome não fosse de imediato rejeitado foram o ex-membro da CP Emídio Ribeiro (que saiu no último Congresso) e Rui Sá, o vereador da Câmara do Porto - ambos membros do Comité Central. A decisão foi adiada para dia 23 e, entretanto, circula um abaixo-assinado (em especial na área da CDU mas fora do PCP) que defende a manutenção da candidatura do actual vice-presidente do Parlamento.

Por outro lado, até ao início da realização da reunião do CC, dará entrada na sede do PCP a restante lista dos subscritores do abaixo assinado, recolhidas desde o passado dia 6, e nas quais se inclui, nomeadamente, o presidente da Câmara do Redondo, Alfredo Barroso.

Pelo país continua muito tensa a situação interna: em Lisboa, em solidariedade com Bruno Carapinha e na reunião do plenário da Organização do Ensino Superior, demitiram-se oito membros da sua direcção (incluindo Carapinha) e outro suspendeu funções até que aquele seja readmitido. Nesta reunião esteve presente Domingos Abrantes (da CP), que terá chegado a ser acusado de comportamento «fraccionário».

No Algarve, a reunião do plenário da direcção da Organização Regional foi também muito polémica, sendo que uma decisão sobre o abaixo assinado e o Congresso Extraordinário foi adiada para terça-feira... depois da reunião do Comité, contrariando assim uma prática estatutária de os membros do CC exprimirem a posição dos militantes de base das suas organizações. .

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