Natália Filipe passou para 12º lugar na lista de Lisboa

05-03-2002
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Natália Filipe Passou para 12º Lugar na Lista de Lisboa

Por HELENA PEREIRA

Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2002

Em Lisboa, Carvalhas continua em primeiro, mas Natália Filipe passou para 12ª

A deputada Natália Filipe, que também subscreveu o abaixo-assinado do PCP, foi remetida para o 12º lugar da lista de deputados por Lisboa. Os primeiros são Carlos Carvalhas, Bernardino Soares, António Filipe, Isabel de Castro, Margarida Botelho e Rita Magrinho.

Esta foi a proposta apresentada à reunião da Direcção da Organização Regional de Lisboa (DORL) anteontem ao final do dia pelo executivo, em que participou Domingos Abrantes. A maior parte das intervenções foi no sentido de criticar o abaixo-assinado. Vários militantes, como Modesto Navarro, Filipe Diniz e Rita Magrinho, defenderam o afastamento total das listas da deputada.

Contra o relegamento de Natália Filipe para um lugar não elegível da lista - posição muito minoritária -, estiveram pessoas como José Tavares, José Guilherme, Rui Duarte e Vítor Sarmento.

Segundo relatos feitos ao PÚBLICO, o tom da discussão foi quente tendo havido intervenções exaltadas.

A lista de nomes foi apresentada por Carlos Chaparro, responsável da concelhia da Amadora e dirigente da DORL. Domingos Abrantes explicou que não havia nada que impedisse Natália Filipe de integrar as listas, pois a direcção comunista não tinha aprovado nenhuma orientação no sentido de excluir das listas os subscritores do abaixo-assinado. O dirigente fez também a distinção entre os promotores daquele documento e os meros assinantes, considerando que a deputada foi apenas levada a assinar e que por isso o seu grau de responsabilidade era diferente do de outros.

Abrantes disse ainda que há uma campanha montada contra o partido por membros do PCP e que causa prejuízos enormes ao partido. E acrescentou que os militantes tem uma tarefa redobrada: combater os seus adversários e combater essa campanha criada no interior do partido. O dirigente terá reconhecido que o PCP está mais fraco, devido ao resultado das autárquicas, e também por causa da divisão interna.

Sem referir o nome de João Amaral, explicou ainda que o PCP não pode aceitar que um militante participe na campanha eleitoral quando as suas posições contrariam a orientação da direcção do partido.

Outros militantes denunciaram aquilo a que chamaram de "grupo com um projecto político autónomo do partido" e "trabalho fraccionário".

Natália Filipe Passou para 12º Lugar na Lista de Lisboa

Por HELENA PEREIRA

Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2002

Em Lisboa, Carvalhas continua em primeiro, mas Natália Filipe passou para 12ª

A deputada Natália Filipe, que também subscreveu o abaixo-assinado do PCP, foi remetida para o 12º lugar da lista de deputados por Lisboa. Os primeiros são Carlos Carvalhas, Bernardino Soares, António Filipe, Isabel de Castro, Margarida Botelho e Rita Magrinho.

Esta foi a proposta apresentada à reunião da Direcção da Organização Regional de Lisboa (DORL) anteontem ao final do dia pelo executivo, em que participou Domingos Abrantes. A maior parte das intervenções foi no sentido de criticar o abaixo-assinado. Vários militantes, como Modesto Navarro, Filipe Diniz e Rita Magrinho, defenderam o afastamento total das listas da deputada.

Contra o relegamento de Natália Filipe para um lugar não elegível da lista - posição muito minoritária -, estiveram pessoas como José Tavares, José Guilherme, Rui Duarte e Vítor Sarmento.

Segundo relatos feitos ao PÚBLICO, o tom da discussão foi quente tendo havido intervenções exaltadas.

A lista de nomes foi apresentada por Carlos Chaparro, responsável da concelhia da Amadora e dirigente da DORL. Domingos Abrantes explicou que não havia nada que impedisse Natália Filipe de integrar as listas, pois a direcção comunista não tinha aprovado nenhuma orientação no sentido de excluir das listas os subscritores do abaixo-assinado. O dirigente fez também a distinção entre os promotores daquele documento e os meros assinantes, considerando que a deputada foi apenas levada a assinar e que por isso o seu grau de responsabilidade era diferente do de outros.

Abrantes disse ainda que há uma campanha montada contra o partido por membros do PCP e que causa prejuízos enormes ao partido. E acrescentou que os militantes tem uma tarefa redobrada: combater os seus adversários e combater essa campanha criada no interior do partido. O dirigente terá reconhecido que o PCP está mais fraco, devido ao resultado das autárquicas, e também por causa da divisão interna.

Sem referir o nome de João Amaral, explicou ainda que o PCP não pode aceitar que um militante participe na campanha eleitoral quando as suas posições contrariam a orientação da direcção do partido.

Outros militantes denunciaram aquilo a que chamaram de "grupo com um projecto político autónomo do partido" e "trabalho fraccionário".

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