DN

10-09-2001
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Soares disse a Mota Amaral, segundo relato deste ao DN, ser necessário "impedir que o problema dos Açores se internacionalizasse". Era a época em que a FLA encontrava algum eco na sociedade açoriana, conhecidas ligações da organização à Líbia (válidas também para a FLAMA, na Madeira) e o seu jornal, O Milhafre, se esgotava antes de ser distribuído. Quando, por sugestão de Mota Amaral, a publicação deixou de ser proibida, desapareceu. Mota Amaral queria reduzir o independentismo a uma questão de opinião, "desde que não colocassem bombas". Conseguiu.

Histórias ilustrativas das questões que envolveram a problemática das autonomias, em tempo de guerra fria, e a importância particular dos arquipélagos portugueses no Atlântico Norte _ nomeadamente os Açores e a sua vital Base das Lajes, eixo de ligação militar da América com a Europa.

A necessidade de manter os Açores calmos, nesses finais dos anos 70 e no início dos anos 80, fez com que o seu Estatuto Politíco-Administrativo fosse aprovado pelo Presidente Eanes, tal como a Assembleia Regional o votara, sem passar pelo Conselho da Revolução (que tinha, então, funções de Tribunal Constitucional) _ ao contrário do da Madeira.

Mota Amaral diz hoje que, depois das lutas travadas, a autonomia dos Açores é "uma autonomia feliz, uma autonomia que já não tem problemas de afirmação. Somos Portugal aqui, com as suas características próprias".

"Pelo acaso da geografia, estamos situados no paralelo 38, entre Lisboa e Nova Iorque, com projecção no Atlântico, com um milhão de quilómetros quadrados de Zona Económica Exclusiva, sem ninguém a disputar-nos nada", realça Mota Amaral. "Por via das nossas comunidades temos ligações importantes aos Estados Unidos, ao Canadá e ao Brasil, somos um filão. Connosco e com a Madeira, Portugal não é um pequeno rectângulo continental, somos bem mais importantes do que qualquer comunidade autónoma de Espanha".

Soares disse a Mota Amaral, segundo relato deste ao DN, ser necessário "impedir que o problema dos Açores se internacionalizasse". Era a época em que a FLA encontrava algum eco na sociedade açoriana, conhecidas ligações da organização à Líbia (válidas também para a FLAMA, na Madeira) e o seu jornal, O Milhafre, se esgotava antes de ser distribuído. Quando, por sugestão de Mota Amaral, a publicação deixou de ser proibida, desapareceu. Mota Amaral queria reduzir o independentismo a uma questão de opinião, "desde que não colocassem bombas". Conseguiu.

Histórias ilustrativas das questões que envolveram a problemática das autonomias, em tempo de guerra fria, e a importância particular dos arquipélagos portugueses no Atlântico Norte _ nomeadamente os Açores e a sua vital Base das Lajes, eixo de ligação militar da América com a Europa.

A necessidade de manter os Açores calmos, nesses finais dos anos 70 e no início dos anos 80, fez com que o seu Estatuto Politíco-Administrativo fosse aprovado pelo Presidente Eanes, tal como a Assembleia Regional o votara, sem passar pelo Conselho da Revolução (que tinha, então, funções de Tribunal Constitucional) _ ao contrário do da Madeira.

Mota Amaral diz hoje que, depois das lutas travadas, a autonomia dos Açores é "uma autonomia feliz, uma autonomia que já não tem problemas de afirmação. Somos Portugal aqui, com as suas características próprias".

"Pelo acaso da geografia, estamos situados no paralelo 38, entre Lisboa e Nova Iorque, com projecção no Atlântico, com um milhão de quilómetros quadrados de Zona Económica Exclusiva, sem ninguém a disputar-nos nada", realça Mota Amaral. "Por via das nossas comunidades temos ligações importantes aos Estados Unidos, ao Canadá e ao Brasil, somos um filão. Connosco e com a Madeira, Portugal não é um pequeno rectângulo continental, somos bem mais importantes do que qualquer comunidade autónoma de Espanha".

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